sábado, 22 de fevereiro de 2014

PROPOSTA DE DEUS À TODOS

                 A santa igreja apela, convoca todos a partir da palavra de Deus a serem santos. "A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade" (Bento XVII). O sétimo domingo do tempo comum, traz na primeira leitura tirada de livro de levítico, o convite para toda a comunidade humana "sede santos, por que, o senhor vosso Deus é santo". É um mandamento de Deus, tem como proposito redimir os homens e mulheres caídos por causa do pecado. Obedecendo a Deus, cumprindo o ministério da santidade, a igreja orienta, conduz todos,  todas à perfeição desejada por Deus.
            QADOSH, é a palavra no hebraico, para designar o termo santo, que pode ser compreendido como algo, alguém separado do mundo profano, com a reta intenção de dedicar-se ao serviço de Deus e sua lei, em favor do povo. Deus é a fonte de toda santidade que se derrama em direção de seus filhos e filhas, fortalecendo, convidando o ser humano a lutar cotidianamente contra o pecado e vence-lo, deixando-se converter, salvar-se, por meio de Jesus Cristo redentor e salvador. Realizando neste mundo as virtudes da fé, esperança, caridade, dons que Deus nos oferece para a nossa santificação, pois foi para a santidade que Deus nos escolheu. Em Jesus Cristo, "Deus sempre nos abençoou, nos escolheu em Cristo, para sermos santos, irrepreensíveis em seu amor" somos convidados a nos separarmos das realidades de pecado, para servirmos a Deus em santidade, este mandamento sai de Deus, pela boca de Moisés, através da igreja chega aos nossos ouvidos alojando-se em nossos corações. O caminho da santidade é: não ter ódio contra o irmão, orientar o próximo para que o mesmo não peque, amar o outro como extensão de si próprio.
      O refrão do salmo 102, descreve a imagem amorosa de Deus, "bendize ó minha alma ao Senhor, pois ele é bondoso e compassivo" bondade, compaixão, traduz a beleza paterna de Deus, que se estende à toda humanidade através do perdão, cura, carinho, proteção. Abramos a nossa alma para a santidade, fazer viva a nossa comunidade paroquial, alicerçando-a na santidade, purificando o coração de todo ódio contra o semelhante. "Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade" (1Tes.12:14).
      Na segunda leitura, Paulo catequizando a comunidade, reafirma que devemos ser santos. Pois somos  a casa, santuários de Deus, o Espirito Santo mora em nós, "acaso não sabeis que sois santuários de Deus, e que o Espirito de Deus mora em vós''(1Cor-3,16).  O  amor de Deus torna-se visível através da revelação em Jesus Cristo, que pede para amarmos os nossos inimigos; inimizade não combina com santidade. "Eu, porem vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!" (Mt 5,44).  Amor é a santidade, como nos lembra são João, "quem ama permanece em Deus". Pelo batismo somos introduzidos na comunidade dos santos, convidados à perfeição, "portanto sedes perfeitos como o vosso pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48).
                Rezemos à Deus-Criador, em Jesus Cristo nosso salvador, com o Espírito Santo; peçamos disposição para vencermos o egoísmo com o coração sincero busquemos a santidade praticando-a no dia-a-dia, em nossa casa, em nosso trabalho, em nossa comunidade paroquial, que a Virgem Maria, São José, intercedam por nós, Amem!

Pe. Antonio Gouveia


sábado, 8 de fevereiro de 2014

AMOR QUE GERA O SER HUMANO PARA SER SAL E LUZ


Na primeira leitura da missa deste quinto domingo do tempo comum, a igreja reflete o valor da caridade, a coragem do discípulo, e a importância de ser sal e luz. O profeta Isaías destaca a grandeza da caridade, é como um combustível, é luz para quem a prática, "Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos, quando encontrardes um nu cobre-o e não desprezas a tua carne. Então brilhará a tua luz como a aurora e tua saúde a de recuperar-se mais depressa", (Is-58, 7-8) a caridade ilumina, quem dá e recebe, é luz que resplandece, nas trevas do egoismo. 
O salmo segue o mesmo raciocínio do profeta Isaías afirmando no refrão, "Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que faz", o ser humano caridoso é descrito como, prestativo, aquele que age com justiça, correto, generoso, compassivo, sua existência é lembrada pelo bem que fez. 
Na segunda leitura, Paulo descreve sua experiência de missionário, pregador realiza o seu ministério sem recorrer a sabedoria humana, apenas com auxilio da graça. Ele encontra forças para superar o medo, prega o Cristo crucificado com a intenção de vivificar a fé e o poder, na sabedoria de Deus, não nas filosofias.
O evangelista Mateus descreve Jesus catequizando a comunidade o discipulado o povo de Deus. Para se fazer compreender, Jesus usa imagem de dois elementos comum no dia-a-dia do povo, o sal e a luz, à partir dai conduz o povo a fazer leitura das realidades de sofrimento, dor, trevas. O povo andava triste, humilhado, para enaltece-los, Jesus os identifica com o sal: "sois o sal da terra" no mundo antigo o sal era valorizado, uma especiaria de grande importância para o dia-a-dia das pessoas, pois preservava a carne da podridão. Ao chamar os discípulos de sal da terra, Jesus deseja que os de ontem os de hoje sejam capazes de preservar o mundo da podridão do pecado, das injustiças e opressões.
O sal realça o sabor dos alimentos. Cada discípulo, discípula de Jesus seja capaz de realçar as coisas do mundo temperando-as, com fé, amor, esperança, manifestações do agir de Deus. Com esses elementos a vida se torna mais saborosa. Porem Alerta Jesus: se o sal perde sabor, ele não serve para nada!, assim é uma pessoa que perdendo a fé torna-se vazia, insipida, inodora, não encontra sentido para a vida, desanimada não sente prazer em nada, vive nas trevas. Para melhor destacar a riqueza, valor dos discípulos, discípulas, Jesus identifica-os com a luz, "vós sois luz do mundo". Duas realidades simples sal e luz, porém uma depende da outra, as duas assim como tudo esperam em Deus. O sal surge da cristalização da água feita pela luz do sol. A luz, faz gerar o sal. Sejamos o que Jesus nos pede: Sal e Luz na vida da comunidade, igreja, povo de Deus em constante missão.
Sendo luz na vida do próximo, a luz de Deus habita em nós, assim todos encontremos sabor, alegria, abracemos a vida dom de Deus. Praticando caridade como nos pede o profeta Isaías, as trevas são consumidas. Sendo como Paulo pregadores da boa nova, o Evangelho. Deus é revelado ao mundo no Cristo Nosso Senhor. Seremos luzes a partir da grande luz que é Jesus, o filho de Deus, amigo e salvador dos seres humanos.


Pe. Antonio Gouveia