sexta-feira, 28 de agosto de 2015

UMA LEI PARA A ALMA

             

Moisés na primeira leitura conclama o povo de Israel para ouvir as leis, decretos de Deus. O missionário Moisés tem como missão dialogar com o povo que lhes foi confiado por Deus através da lei. Trata-se da lei divina "A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma!"
( Sl-18,8) que tem como principio ordenar para o bem todos os que são dependentes da lei natural. Cumpri-la é um modo de fortalecer a alma para vencer o pecado, as fraquezas do natural compreendido como carne, "Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei." (I-João 3:4) e superar a debilidade para viver na nova terra prometida, ou seja, um lugar onde o espirito tenha autonomia e a lei do amor, seja o principio de superação das paixões, causa de desequilíbrio no ser humano.
Como um mapa que guia o caminhante no tempo rumo a eternidade, a lei de Deus nos aponta, o caminho espiritual, nos leva agir de forma prudente conduzindo a consciência para a retidão. É lei perfeita que imprime na alma o amor a Deus, guia o humano para a graça divina, ao cumpri-la corrigimos nossa vida moral, a mesma é plena isto é, completa "Nada acrescenteis e nada tireis" a lei vem ao encontro o humano para dar-lhe sabedoria, inteligencia. O pedido que Moisés faz ao povo, cabe perfeitamente aos dias atuais. Praticar a lei do Senhor é buscar a justiça. Não por mero legalismo, farisaísmo a lei deve ser observada, sim com fidelidade, amor, liberdade, nela se encontra verdade libertação e salvação.
Na segunda leitura São Tiago mostra a lei como dadiva que vem do alto, do pai das luzes, verdade preciosa fundada em Deus que sustenta vida edificando-a, na obediência, a mesma é para o bem do humano, obra de Deus portanto deve ser observada, acolhida, a ponto de ultrapassar os nossos sentidos da audição, os nossos ouvidos carnal "não sejamos meros ouvintes" com abertura de alma deixemos que a lei do Senhor encontre guarida em nossa vida interior, nos conduza à verdadeira religião aquela que é pura, sem mancha diante de Deus, ou seja, o cuidado com os pobres, apresentado por Tiago através dos termos órfãos e viúvas. O amor é o vinculo que nos religa a Deus, sua lei caminho perfeito.
No evangelho, os fariseus interrogam Jesus à cerca da lei grupo conservador, uma força politica que manipulava o povo, tinham uma pratica religiosa individualista, cegamente obedeciam os mais de seiscentos preceitos da lei, mas não mudavam interiormente, permanecendo com a alma debilitada ,corroída. "A Lei foi dada para que se implore a graça, a graça foi dada para que se observe a lei"
(S. Agostinho de Hipona).
Jesus mostra que a lei de Deus tem se destina à alma ,constrói vida espiritual, fortalece o humano, santifica-o. Antes abatido enfraquecido pelo pecado sem forças de viver a lei, usa falsidade, aparência, daí a queixa de Jesus "Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração esta longe de mim" (Mc-,7,6) a superficialidade na pratica da lei os torna cada vez mais impuro diante do Senhor.
Jesus deseja que abracemos sua lei para sermos recriados no amor de Deus pai, transformados, renovados interiormente. É no interior humano que se aloja as impurezas que deformam o caráter. Jesus chama o ser humano à responsabilidade de suas ações colocando diante de si a origem de todo tipo de impurezas "Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidade, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calunia, orgulho, falta de juízo". O vigésimo segundo domingo do tempo comum nos convida a arrancarmos as mascaras do descompromisso com Deus, com sua igreja com sua lei, o amor, com docilidade de espirito, rompamos com todo tipo de farisaísmo, vivamos a santa lei pra edificarmos um mundo novo.

Pe. Antonio Gouveia

sábado, 22 de agosto de 2015

PERMANEÇAMOS SEMPRE COM CRISTO

        

As leituras da santa missa do vigésimo domingo do tempo comum, apresenta o ato de servir Deus, como fruto de liberdade humana. Deus com o selo de sua misericórdia marca os seus, para eleva-los da situação de derrotados; à herdeiro da vida eterna.

Cabe ao ser humano decidir com o recurso da razão, conhecer Deus beleza suprema, infinita. Na primeira leitura (Js-24), profeta Josué falando em nome de Deus convoca, anciãos, chefes, juízes, magistrados, lhes questiona: quem quereis servir? os deuses mesopotâmicos dos amorreus.
Sabendo dos feitos miraculosos de Deus: sua bondade manisfestada já em nossos pais Adão e Eva, agindo em favor do seu povo, à todos concede sua benção como por exemplo, estabelecendo uma aliança com os seres vivos em Noé, unindo todos em Abrão, libertado-os da escravidão do Egito, é um Deus que caminha com o povo, um Deus que se faz presente, deixa-se conhecer, a plenitude desse conhecimento se dá em Cristo, verbo encarnado na vida, o Messias descendente de Davi. O sirvamos!
Tomemos para a nossa vida o questionamento do profeta Josué, perguntemo-nos de forma honesta, verdadeira, quem serviremos? o deus do superego, da auto-suficiência o deus dinheiro, deus egoismo.... Já o salmo faz um belo convite "Provai e vede quão suave é o senhor" é uma experiencia sensorial da real presença de Deus na historia, "O Senhor pousa o olhar sobre o justo", na vida pessoal do ser humano de fé "do coração atribulado ele está perto". O sirvamos!
Na segunda leitura, Paulo destaca a solicitude da igreja para com Cristo, imagem do amor, serviço afirma que Cristo amou e ama Igreja por ela entregou-se. Nesse modelo Paulo propõe edificação da comunidade familiar, pelo vinculo do santo matrimonio, um mistério vocacional para alguns homens e mulheres, que forem capazes de abraçar esse dom que o vivam na paz, concórdia, amor, são partícipes da criação, "Sedes fecundos e multiplicai". Dentro do contexto de sua época, Paulo destaca a mulher como aquela que é capaz de obedecer, assim todos os casados tenham uma vida de santidade. Sirvamos a Deus que convida, homem e mulher à obra da criação.
No evangelho, Jesus enfrenta a resistência de alguns de seus discípulos "Esta palavra é dura quem consegue escuta-la" embrutecidos, com um coração esclerosado, surdos espiritualmente preferem culpar a palavra. Em, Jesus a palavra é viva, edificante "Uma palavra escrita é muda, mas o verbo encarnado é vivo" (S. Bernado Claraval)
Jesus sabia que muitos não tinha capacidades para crer na palavra, o Verbo. Paciente, amoroso o supremo e bom pastor, os convida a buscarem realidades sublimes, ultrapassarem os limites da matéria "a carne não adianta nada". Pobre matéria, tomada pela debilidade, culpa, atormentado na corrupção o ser humano é incapaz, de acolher o verbo a palavra, "As palavras que vos falei são Espírito e vida" recusando uma vida alimentada na palavra do divino mestre, salvador, muitos discípulos a ignoram "A ignorância das Escritura, é ignorância de Cristo" (São Jeronimo). Por amor Jesus, Verbo de Deus se fez Carne para redimir, nossa carne corrompida.
Alguns discípulos abandonam Jesus, isso não o abala, ele pergunta aos doze "Vós também quereis ir embora?", Pedro assumindo o grupo responde "A quem iremos Senhor?" lembrando-se que Jesus lhes afirmara em outra ocasião "eu sou o caminho" já experimentando a eternidade afirma "Tu tens palavras de vida eterna" o mistério da fé nos mostra que Jesus é o Santo de Deus, pois só ele realiza na obra criada, a obra da redenção. Sirvamos, permaneçamos sempre com Cristo.

Pe. Antonio Gouveia

domingo, 16 de agosto de 2015

O céu como gloria

           

Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja, não se encontra explicitamente nas Sagradas Escrituras, mas implícita. Os protestantes acreditam que a Mãe de Deus, apesar de ter sido Tabernáculo vivo da Divindade, devia conhecer a podridão do túmulo, a voracidade dos vermes, o esquecimento da morte, o aniquilamento de sua pessoa.
Vamos analisar o fato histórico, contado pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste. Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, dirigira a infância do Filho de Deus. Ela terminou sua “carreira mortal” na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum. A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de “dormição”. Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima, aos seus apóstolos, discípulos que assistiram a “dormição” de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de S. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o mesmo conservou a narração desse fato.
Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.
S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Do túmulo exalava um perfume de suavidade celestial! Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram seu corpo imaculado o transportaram ao céu, goza de uma glória inefável.
Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus. Encontradas nos escritos dos Santos Padres, Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451. Como Nossa Senhora era isenta do "pecado original", ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à “árvore da vida” (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma “morte suave” ou uma “dormição”. Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à “árvore da vida”.
Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem. Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem“. É certo que Nossa Senhora escolheu passar pela morte, mesmo não tendo necessidade. Quais foram, então, as razões da escolha da morte por Nossa Senhora?
Pode-se levantar várias hipóteses. O Pe. Júlio Mria (da década de 40) assinala quatro: 


1) Para refutar, de antemão, a heresia dos que mais tarde pretenderiam que Maria Santíssima não tivesse sido uma simples criatura como nós, mas pertencesse à natureza angélica.
2) Para em tudo se assemelhar ao seu divino Filho.
3) Para não perder os merecimentos de aceitação resignada da morte.
4) Para nos servir de modelo e ensinar a bem morrer.

Podemos, pois, resumir esta doutrina dizendo que Deus criou o homem mortal. Deus deu a Maria Santíssima não o direito (por não ter acesso à “Árvore da vida”), mas o privilégio, de ser imortal. Ela preferiu ser semelhante ao seu Filho, escolhendo voluntariamente a morte, não padecendo como castigo do pecado original que nunca tivera. Analisemos, agora, Ressurreição de Maria Santíssima.
Os Apóstolos, ao abrirem o túmulo da Mãe de Deus para satisfazer a piedade de São Tomé e ao desejo deles todos, não encontrando mais ali o corpo de Nossa Senhora, deduziram, perceberam que Ela havia ressuscitado! Não era preciso ver à ressurreição para crer no fato, era uma dedução lógica decorrente das circunstâncias celestiais de sua morte, e sua santidade, da dignidade de Mãe de Deus, sua Imaculada Conceição, sua união com o Redentor, tudo isso constituía uma prova irrefutável da Assunção de Nossa Senhora.
A Assunção difere da ascensão de Nosso Senhor no fato de que, no segundo caso, Nosso Senhor subiu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao Céu pelo poder de Deus. Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora. Primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse de forma sobrenatural, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus. Se Deus a quis privilegiar com a Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa. Depois, a morte, como diz o ditado latino: “Talis vita, finis ita“, é um eco da vida. Se Deus guardou vários santos da podridão do túmulo, tornando os seus corpos incorrupto quanto muito mais deveria ter feito pelo corpo que o guardou durante nove meses, pela pele que o revestiu em sua natureza humana, etc.
Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe. Sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe, etc. Como permitir que sua carne, presente na carne de sua santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes tragada pela terra? Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas mesmas entranhas sofressem a podridão do túmulo o esquecimento da morte? Seria atentar contra o amor filial mais perfeito que a terra já conheceu. Seria romper com o quarto mandamento da Lei de Deus, que estabelece “Honrar Pai e Mãe“.
Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte? A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne. Ainda podemos levantar o argumento da relação imediata da paixão do Filho de Deus e da compaixão da Mãe de Deus, promulgada, de modo enérgico, no Evangelho, pela profecia de S. Simeão falando à própria Mãe: “Eis que este menino está posto para a ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada transpassará a tua alma” (Luc. 2, 34, 45).
Esta tradução em vernáculo (português, no caso) é larga. O texto latino (em latim) tem uma variante que parece ir além do texto em português. “Et tuam ipsius animam pertransibit glaudius” – o que quer dizer literalmente: o mesmo gládio transpassará a alma dele e a vossa. Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória? Tudo isso se levanta dos Evangelhos.
Assunção de Maria Santíssima foi sempre ensinada em todas as escolas de teologia não há voz discordante entre os Doutores. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo. Se a Virgem Imaculada recebeu outrora o Salvador Jesus Cristo, é justo que o Salvador, por sua vez, a receba. Não tendo Nosso Senhor desdenhado descer ao seu seio puríssimo, deve elevá-la agora, para partilhar com Ela a sua glória. Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho. Além de conservar a harmonia em sua própria obra, Deus devia continuar favorecendo a Virgem Imaculada, como Ele o fez, desde a predestinação até a hora de sua morte.
Ora, podendo preservar da corrupção do túmulo sua santa Mãe, tendo poder para fazê-la ressuscitar, para levá-la ao céu em corpo e alma, Deus devia fazê-lo, pois Ele devia coroar na glória aquela que já coroara na terra… Dessa forma, a Santíssima Mãe de Deus continuava ser, na glória eterna, o que já fora na terra: “a mãe de Deus e a mãe dos homens“. Tal nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: “Sentada à direita de seu Filho querido” (3 Reis, 2, 19), “revestida do sol” (Apoc. 12, 1), cercada de glória “como a glória do Filho único de Deus” (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave, terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que indo a Ela possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!

  www.lepanto.com.br/catolicismo/ciencia-e-fe/a-assuncao-gloriosa-de-nossa-senhora/


sábado, 15 de agosto de 2015

DOR




Metherell, médico pela Universidade de Miami, dá detalhes da morte de Jesus Cristo
Ele possui diploma de médico pela Universidade de Miami, na Flórida. E.U.A doutorado em engenharia pela Universidade de Bristol, na Inglaterra. È reconhecido como diagnosticador pelo American Board of Radiology foi consultor do National Heart, Lung, e do Blood Institute dos National Institutes of Health de Bethesda, em Maryland. Foi cientista pesquisador, professor na Universidade da Califórnia, Seus estudos engenhosos das contrações musculares foram publicados em The Physiologist e Biophysics Journal
o mesmo interpreta as dores de Cristo, sofrimento, tortura, anterior à cruz .
Os açoitamentos romanos eram famosos por serem terrivelmente brutais. O comum é que consistissem em 39 chicotadas, mas com freqüência esse número era ultrapassado, dependendo do humor do soldado que as aplicava. O soldado usava um chicote de tiras de couro trançadas, com bolinhas de metal amarradas. Quando o açoite atingia a carne, essas bolinhas causavam hematomas ou contusões profundas, que se abriam nas chicotadas seguintes. Havia também, presos ao açoite, pedaços afiados de ossos, que cortavam a carne profundamente. As costas ficavam tão maltratadas que às vezes os cortes profundos chegavam a deixar a espinha exposta. As chicotadas cobriam toda a extensão do dorso, desde a nuca até o traseiro e as pernas. Era terrível...
Um médico que estudou os castigos infligidos pelos romanos disse: "À medida que o açoitamento continuava, as lacerações atingiam os músculos inferiores que seguram o esqueleto, deixando penduradas tiras de carne ensangüentada". Um historiador do século III de nome Eusébio descreveu um açoitamento nestes termos: "As veias do sofredor ficavam abertas, e os músculos, tendões e órgãos internos da vítima ficavam expostos". Sabemos que algumas pessoas morriam desse tipo de suplício antes de chegar a ser crucificadas. No mínimo, a vítima sofria dores terríveis e entrava em choque hipovolêmico.
A agonia da cruz
Ele, Cristo deve ter sido deitado de costas, para que suas mãos pudessem ser pregadas em posição estendida na viga horizontal. Essa viga era chamada patibulum, até então separada da viga vertical, que estava fixada no chão de modo permanente...Os romanos usavam pregos grandes, com cerca de 15 centímetros, bem afiados. Com eles, atravessavam os pulsos...
Essa era uma posição firme que prendia a mão. Se os pregos furassem apenas a palma da mão, o peso do corpo a rasgaria e ele teria caído da cruz. Por isso perfuravam os pulsos, que eram considerados parte da mão, na linguagem da época. E é importante entender que o prego atravessava o lugar por onde passa o nervo central. Esse é o maior nervo que vai até a mão, e era esmagado pelo prego...
A dor era totalmente insuportável... Na verdade, ela está além da descrição por palavras. Foi necessário inventar uma nova palavra: dor excruciante. Essa palavra significa literalmente "da cruz". Veja só: foi necessário criar uma nova palavra, porque não havia nenhuma na língua que pudesse descrever a angústia terrível provocada pela crucificação. Depois de ter as mãos pregadas na viga transversal, Jesus foi erguido para que esta pudesse ser colocada sobre a viga vertical, e seus pés foram pregados nesta. Também os nervos dos pés foram esmagados, a dor era semelhante à das mãos...
Uma vez que a pessoa está pendurada em posição vertical... a crucificação é, em essência, uma lenta agonia até a morte por asfixia.
A razão para isso é que a tensão dos músculos e do diafragma deixa o peito na posição de inalar. Para exalar, a pessoa tem de firmar-se sobre os pés, para aliviar por um pouco a tensão dos músculos. Ao fazer isso, o prego rasga o pé, até se prender contra os ossos do tarso. Depois de conseguir exalar, a pessoa pode relaxar e inalar novamente.
Depois tem de empurrar-se novamente para cima, para exalar, esfregando suas costas esfoladas contra a madeira áspera da cruz. Isso se repete até que a exaustão total toma conta, e a pessoa não consegue mais se erguer para respirar. Ao diminuir a respiração, ela entra no que é chamado acidose respiratória: o dióxido de carbono no sangue é dissolvido em ácido carbônico, fazendo a acidez do sangue aumentar. Isso faz o coração bater de modo irregular. Quando seu coração começou a bater irregularmente, Jesus deve ter entendido que estava chegando a hora da morte, e disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Depois morreu de ataque cardíaco.
Uma questão para o coração
Francamente, não creio que uma pessoa comum teria feito isso... Mas Jesus sabia o que estava por vir, e se dispôs a passar por isso, porque essa era a única maneira de nos redimir: servindo como nosso substituto e sofrendo a pena de morte que nós merecemos pela rebelião contra Deus. Esse foi o motivo de sua missão ao vir à terra.

RETIRADA DA INTERNET - site origem e destino

sábado, 8 de agosto de 2015

A GLORIA DE DEUS É O SER HUMANO VIVO.

              

A palavra de Deus, nos recorda a bondade de nosso Criador, diante dos sagrados relatos abramos nossa inteligencia à luz fulgurosa da ciência divina, que vem ao nosso encontro através da ação profética, missionaria da Igreja, que na Trindade santa nos edifica em Deus, ele nos envolve em nossa pequenez, levando-nos à participar de sua vida bem aventurada, através de Jesus Verbo encarnado, Pão da Vida Eterna, vindo a nós na plenitude dos tempos, nos redime, edifica, recriando-nos para Salvação.
A santa Igreja portadora da fé recebida diretamente de Jesus, e dos apóstolos celebra bondade de Deus chamando-nos à participar da missão, ajuda-nos a entender a revelação divina em nossa vida. As leituras
do 15 domingo do T.C descreve a generosidade de Deus, com o profeta e missionário Elias, em um momento de desespero, solidão, aridez espiritual, caminhando em seu deserto pessoal, humanamente dessolado enfrentando suas fraquezas pede a morte para si "Agora basta, Senhor! tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais" (1Rs-19,3,4).
Recordemos que Elias foi um homem forte, pertence a Deus: corajosamente, ele enfrentou a maldade do rei Acabe (1Rs-18,18), orou e Deus mandou fogo do céu, contra os profetas de deus Baal (1Rs-18-30,38), orou e choveu sobre a terra (1Rs-18-4,46) totalmente ao contrario do pedido de Elias, Deus cuida dos seus até leva-los à perfeição, envia milagrosamente um anjo que o acorda do sono do desanimo "Levanta-te e come" o mesmo lhe oferece pão e água.
"A gloria de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus" (Santo Irineu) Deus conserva a vida, dela cuida. Este sagrado relato serve para nos fortalecer quando formos tombado pelo desanimo, fracasso, medo, desolação, nesses momentos, o ser humano assassina Deus dentro de si, sejamos corajosos enfrentemos o nosso deserto.
O salmo 33 mostra- nos que Deus é suave "provai e vede quão suave é o Senhor" ele escuta os humildes, livra-os dos temores, liberta-os das angustias, por tudo isso e muito mais nunca devemos duvidar do poder de Deus, pois a duvida é igual a contrista-lo.
São Paulo, pede na segunda leitura "Irmãos: não contristeis o Espirito Santo" ele é a marca, o selo de Deus em nós, é nossa libertação. Paulo nos convida sermos imitadores de Deus, evitando toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injurias, tudo que é mal, essas atitudes entristece o Espirito santo, corroí a alma. O antidoto poderosismo para esses males é o amor, porém, configurado com o mesmo amor que Cristo nos amou, entregando-se santamente por nós em um sacrifício de suave odor, perfumado com as mais elevadas, puríssimas fragrâncias celestiais de santidade.
No Evangelho São João mostra os Judeus a sua cegueira; vendo Jesus apenas à partir de sua linhagem humana, "não é este o filho de José e de Maria" iam contra Jesus, pois ele afirmara "Eu sou o pão que desceu do céu". Aquele alimento celeste que Elias provara na primeira leitura quando Deus o socorre, agora é oferecido à todos, em Jesus "Eis o pão que desce do céu". O filho amado de Deus desejava, deseja quebrar a divisão, unir vida material com vida espiritual, o céu com a terra, o ser humano com Deus, o espiritual com o temporal, realizando a nova aliança, que se cumprirá definitivamente na eterna páscoa Obediente às palavras de Jesus, a Igreja alimenta o povo de Deus peregrino neste mundo, com o Pão Eucarístico "Na Eucaristia, partimos o mesmo Pão, que é remédio de imortalidade, antidoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo" (Santo Inácio de Antioquia).


Pe. Antonio Gouveia

sábado, 1 de agosto de 2015

PÃO DA VIDA ETERNA

    
A primeira leitura desse domingo é de (Ex-16,2-4.12-15) destaca a bondade de Deus, em contraste com a incompreensão daqueles que eram guiados por Moisés e Aarão no deserto rumo a libertação prometida por Deus, preferiam viver como escravos "Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito,...comíamos pão e carne com fartura". Essa é a situação do pecador, uma vez dependente do pecado, não encontrando forças para sair do mesmo, se acostumam com privilégios do mal, porem a ilimitada bondade de Deus os socorre. Ouvindo queixas,dos revoltosos contra Moisés, Aarão o Senhor faz chover um pão vindo do céu, carne, codornizes (aves) para que se alimentem se fartem, reconhecem a bondade de Deus, diante de tão grande graça exclamam "que é isso!" Moisés lhes diz "isto é o pão que o Senhor lhes deu como alimento" esse comportamento se fez presente na vida de muitos que não conseguem ver a bondade de Deus cativos aprisionados no pecados, cegos na dependência do mal, blasfemam contra Deus e seus profetas, essa rebeldia é vencida no poder amoroso de Deus "O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundancia" (Sl-77).
A Igreja celebra a caridade divina que sempre socorre o ser humano em suas aflições e confiante pede a Deus, orando com o povo "Manifestai ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada" (M.R, pg ,362).
São Paulo na segunda leitura (Ef.4) convida o ser humano para que seja um homem novo que renuncie o passado de pecado "Renunciando a vossa existência do passado, despojai-vos do homem velho que se corrompe sobre o efeito das paixões enganadoras renovai o vosso espirito e a vossa mentalidade" O que Paulo deseja vem de Deus, um ser humano renovado capaz de refletir a imagem e semelhança de Deus e seja sinal de justiça e santidade.
O evangelho descreve uma grande multidão indo ao encontro de Jesus, que os recebe, os adverte, não estão aqui por causa dos sinais, mas por causa do alimento (fazendo referencia a multiplicação dos pães e dos peixes) nosso Senhor Jesus Cristo os procure não pelo o alimento material, mas com fé. Jesus é o verdadeiro alimento "Eu sou o pão da vida, Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede" com olhar de fé descubramos a presença de Deus que conduz o seu povo meios aos acontecimento da vida. Ofertemo-nos a Deus como oferenda restauradas, edificadas no pão da vida, saciados no amor de Deus Pai .
Pe. Antonio Gouveia