domingo, 28 de julho de 2013

REZANDO COM JESUS

     O 17º. domingo do TC ano C, no seu elenco de leituras nos ajuda a compreender o valor da oração "Nada se compara ao valor da oração, ela torna possível o que é impossuível, fácil o que é difícil" (São João Crisóstomo), ela nos leva a Deus para buscarmos seu auxílio, ele nos ouve, assim como ouviu o clamor contra Sodoma e Gomorra. O próprio Deus quis verificar a situação desse povo, temos um Deus que se interessa por nós. Abraão é o intercessor do povo junto a Deus em favor dos moradores , recorre dialogando com Deus apresentando a justiça como prática, meio de salvação, como uma força aceita por Deus.
  Deus o escuta atende, a justiça é a prática querida por Deus, assim como o justo, esses são os elementos da  da oração de Abraão, fica bem claro no refrão do salmo "Naquele dia eu gritei, e vós me escutastes ó Senhor" (Sl 139) um grito que sobe da terra aos céus pela a boca de quem reza clamando justiça.
   São Paulo na 2ª. leitura nos afirma, que no Cristo fomos sepultados através do  Batismo, também ressuscitados com ele.  O justo que Abraão apresentava a Deus na 1ª. leitura é revelado em Jesus Cristo, ele é a própria justiça presente no mundo, simbolizado na cidade de Sodoma e Gomorra. A justiça intercede pede, clama à Deus em favor de todos. Esta imagem fica mais compreensiva no relato do evangelista Lucas que descreve o Cristo rezando, atitude que toca os discípulos que o  pedem "Senhor ensina-nos a rezar!"
      Como eles, também devemos pedir. Na  pratica da oração somos convidados a rever nossas atitudes, mergulharmos em nossa consciência fortalecer as nossas boas experiencias  resgatar a imagem, semelhança de Deus que habita em todos nos a sermos Igreja orante, ao nos ensinar, a rezar Cristo quer que vivenciemos a transcendência, presente no Cristo, impulsionado pelo Espirito Santo, quem reza edifica a si próprio, Igreja, somos um outro cristo, divinizando-nos.
   A oração é um caminho que nós percorremos, para chegarmos à Deus. Atendendo aos discípulos Jesus os ensina o Pai-nosso, uma oração do próprio Cristo. No novo testamento há duas versões, em  Mt -6,9,13 e Lc-11,2,4.
  • Pai santificado seja o teu nome. O nome é a realidade profunda, identidade do ser. Deus, nome de poder, a força que tudo cria. 
  • Venha o teu reino. Pedir o reino de Deus,  desejar sua presença,a força do seu nome a justiça,  a fraternidade.
  • Dai-nos a cada dia o pão que precisamos. O pão só para o necessário do dia-a-dia e não para ser acumulado.
  • Perdoa os nossos pecados, pois nós perdoamos os nossos devedores. No perdão de Deus que desce à nós, em sua justiça, encontramos a força para perdoar o próximo.
  • Não nos deixe cair em tentação. Devemos recorrer a Deus buscando forças para nos equilibrarmos."Pois aquele que esta de pé, cuidado para não cair"(1-Cor.-10,12
  São Lucas também nos fala de como devemos ser insistentes na oração, insistir não para importunar, mas para receber, ser ouvido. Pedi, recebereis; procurais, encontrareis; batei, abrir-se-vos-a. O método de Lucas é este, orar com insistência. Apresentando para Deus a esperança de receber. A necessidade de encontrar, o desejo de ser aberta as oportunidades para o orante.
     ''A oração torna os nossos corações transparentes, só um coração transparente pode escutar a Deus" (Madre Tereza),
     Quem procura encontra; para quem bate se abrirá; batei e será aberto, pois Deus o nosso Pai que nos escuta, nos dará muito mais do que necessitamos, nos ajuda a enfrentar as dificuldade do dia-a-dia, ainda nos oferece muito mais, do que precisamos; o perdão de nossos pecados, o Espírito Santo, aquele que nos mostra as nossas necessidades, nos inspira a oração. 
     Peçamos por todos, Igreja, mundo, família, governantes, sem desanimar, não tenhamos medo de bater, para sermos atendidos. Temos aqui dois exemplos de orações: O Pai-nosso que universaliza a paternidade de Deus, a filiação divina para o bem do ser humano, a oração comunitária proferida, rezada por muitos, é como o começo de uma conversa. Em seguida temos o exemplo de oração pessoal, íntima, confiante, aquele que insiste no amor de Deus, nele esperando, batendo com confiança, aguardando em Deus que tudo pode oferecer.  Pratiquemos esses dois modelos não desistamos de ir ao encontro do Pai, nosso Deus criador e redentor, nossa justiça pois só nele encontraremos força e solução para nossa existência.
     
Pe. Antonio Gouveia     

domingo, 21 de julho de 2013

ACOLHER PARA CRESCER

        O 16º. domingo do tempo comum, nos fala de um Deus que visita seu povo. Na 1ª. leitura (Gn-18,1-10), Abraão recebe a visita de três anjos, nos remete a trindade, ao pé de uma árvore, um carvalho,simbolo da eternidade, imortalidade, lhes oferece acolhida, aguá, pão, carne assada. Para Abraão vem a promessa: "Sara tua mulher terá um filho".quando Deus nos visita tem algo a oferecer, sejamos confiantes. 
    Na 2ª. leitura, São Paulo fala da sua alegria, de ter acolhido Jesus, por tudo que sofreu, diz que esse sofrimento é uma forma de solidariedade com o corpo de Cristo - a igreja - que ele serve transmitindo a palavra de Deus. Assim revelando o mistério,palavra de Deus, destinados aos santos, Deus rico, glorioso, presente no Cristo, visita seu povo ele é a esperança, glória de todos, aquele na união com Cristo, fazem a igreja, anunciadora da boa nova.
     Sabemos que a palavra de Deus,  é inspirada pelo Espírito Santo, acolhida pelos profetas, discípulos evangelistas. São Lucas no seu evangelho proclamado hoje (16º D.TC. ), nos descreve uma cena simples, corriqueira no dia-a-dia das pessoas, uma visita. Jesus sendo recebido por Maria e Marta, duas irmãs.
     Muitas mensagens podem ser percebidas neste quadro que por inspiração do Espírito Santo, Lucas eternizou com a sua sabedoria. O texto diz que Jesus entrou na casa de uma mulher, Marta, que significa senhora, patroa, dona, é a anfitriã. Com ela morava,  Maria cujo nome significa, mulher soberana. Podemos interpretar este acontecimento, compreendendo, a simbologia presente, na casa, Marta, Maria, Jesus. No relato literal, reside mensagem escondida, vamos descobri-la:
  • A casa, pode ser interpretada primeiramente como o mundo, que recebe a visita de Deus presente em Jesus, visitando a terra, nascendo no nosso meio.
  • Marta, aquela que é atarefada, desassossegada, atormentada pelo corre-corre, é a humanidade que ainda não percebeu Deus o nosso criador, visitando constantemente o mundo, as pessoas, obras primordiais de suas mãos.
  • Maria, é aquela que dedica atenção, escuta, ao sentar-se aos pés de Jesus, não está presa aos comandos opressores do mundo, é a própria contemplação, ela nos diz que devemos parar, escutar, meditar, refazer as forças em Deus.
  • Jesus, é a sabedoria, Senhor do tempo e espaço, aquele que tem tudo em suas mãos, está disposto a ensinar a quem com ele quer aprender.
     Uma outra forma de entendermos esta visita é compreender a casa de Marta como a igreja,que acolhe recebe inclui. Marta como aquele lado do serviço cotidianamente realizado para manter,  edificar uma igreja-serviço. Maria é a igreja orante que medita, alimenta-se aos pés do Cristo para depois ser presença missionária, obediente, sendo no meio da humanidade aquela que apesar da necessidade do trabalho, espera, confia na graça, sabe que Jesus é o fundamento, alicerce de uma igreja-serviço. O Cristo é a cabeça da igreja que recebe como oferta as duas atitudes: o trabalho de Marta; a escuta, atenção de Maria, que nos lembra da importância da, oração. 
     Ambas são primordiais, Jesus nos orienta através de Marta, que o trabalho não seja simplesmente, ocupação, que sobretudo não seja fonte de preocupação, agitação, quando for executado seja com planejamento, foco, objetivos, para que tenha bons resultados, por isso, Jesus elogia Maria que ficou com a melhor parte, escutar a Jesus, descansar aos seus pés. "Não há lugar para a sabedoria, onde não há paciência". (Santo Agostinho).
      Paciência,  tranquilidade... foram as atitudes que levaram Maria a aprender com Jesus, essa foi a melhor parte reconhecida por Jesus. Podemos também apreender com o evangelista Lucas neste episódio da visita de Jesus à casa de Maria e Marta, fato que só ele escreve. É o próprio Jesus visitando a nossa alma, entrando em nossa casa, o eu  humano, a individualidade, perceber que dentro de cada pessoa mora uma Marta, uma Maria, por vezes uma ou outra dirige a nossa vida. Há momentos em que somos como Marta mecanicamente atarefados, sem sossego, trabalhando, até mesmo para fugir do encontro conosco mesmo, escondendo-nos para que o tempo passe rápido, muitas vezes essa atitude é engano, ilusão, muito se trabalha e nada produz "trabalhei muito e ainda tem tanta coisa para fazer", é nesses momentos que não percebemos a visita ilustre de Jesus, que estando em nós pede contemplação, silêncio, oração, descanso, aprendizado.
     Dentro de nós também existe a Maria que nos leva ao encontro com o Cristo, que grita dentro da nossa realidade humana, quer a nossa atenção, não simplesmente para ser visto, mas para nos fazer perceber a nós mesmos, nos mostrar o caminho, nos levar a ver o valor das coisas, dos acontecimentos, sentir o  outro como imagem,  semelhança de Deus, que se encontra, comigo, contigo, conosco. Marta é a matéria, o imediatismo, impulso natural, masculino, a força. Maria é a alma,  perfeição,  delicadeza, a verdadeira beleza, o equilíbrio,o feminino em Deus aquilo que faz o todo parar diante da verdade presente no Cristo.
     São Lucas faz um apelo, para que nos esforcemos, equilibremos percebamos que Marta, Maria mora em nós, com este equilíbrio possamos caminhar na estrada da vida, que é o próprio Jesus. Essas duas mulheres são importantes, ricas em simbologia, muito mais podemos descobrir neste fato simples, corriqueiro, uma visita! "Uma e outra receberam o verbo (Jesus) Maria no espírito, Marta na carne". (São Bernardo Claraval), Jesus é o poder supremo, sobrenatural, extraterreno, que tem a grandeza de encher Maria com sabedoria, mas ao mesmo tempo não despreza a atribulada Marta, que no seu trabalho também aprendia,  se ofertava continuamente.
     O salmo 14 proclamado nesta liturgia, expressa a grandeza de quem acolhe o Cristo. "Senhor que morará em vossa casa", estejamos sempre de coração aberto,como Maria para recebermos o Cristo, trabalhemos como Marta, para que o mundo abra as portas para esta visita ilustre, que é Jesus, construamos uma igreja de serviço e oração.

Pe. Antonio Gouveia

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O EU, ENCONTRANDO-SE COM DEUS

       Senhor! ensina-nos a rezar (Lc-11,1-2), é um pedido expresso feito à Jesus que, reflete a necessidade de seus discípulos para experimentarem uma profunda união com Deus, os mesmos presenciam muitos momentos, onde o Cristo se retirava para estar a sós rezando, viam também como belo se tornava o semblante de Cristo depois de um momento de oração. "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca". (Mt-16,41).
   A oração propõe um olhar constante sobre nossas atitudes, um alerta para que não sejamos derrubados em tentação,"a vitoria mais bela, que se pode alcançar é vencer a si mesmo" nos lembra santo Inácio. O espírito está pronto, mas a carne, o natural passando pelo processo de fortalecimento, muitas vezes é tombado pela fraqueza que lhe acomete,  em nosso socorro está Deus que se aproxima através do Cristo, ele escuta nossa oração, nos  vários momentos de nossa existência. "Dai-me alma para te servir, e alma para te amar, da-me vistas para te ver sempre no céu e na terra, ouvido para te ouvir sempre no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome"(Fernando pessoa), quando devemos orar?
      Devemos orar de manhã, "no outro dia muito antes de amanhecer, ele se levantou, saiu para um lugar deserto e se pôs em oração" (Mc-1,35). Devemos orar na igreja, "todos permaneciam unânimes na oração com algumas mulheres, Maria mãe de Jesus e seus irmãos (igreja)". (At-1,14). Devemos orar a sós, "mas quando rezares entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao Pai que está oculto" (Mt-6,6). O quarto é a realidade mais profunda da pessoa. Assim estreitamos os nossos laços, através desta prática encomendada por Deus, à todos que de boa vontade querem fortalecer-se."Sem a oração não se pode conservar a vida da alma" (Santo agostinho)
       A oração é uma atitude de grandeza,  elevação, que brota da pequenez do ser humano que, deseja experimentar Deus em si, "Devemos estar livres, não somente da cólera  mas de toda pertubação da alma, quando nos entregamos a oração, que há de ser feita com o espirito semelhante, ao Espirito ao qual se dirige" (Tertuliano de Cartago), é necessário na oração, silêncio, meditação, contemplação, simplicidade, "As mais lindas palavras de amor, são tidas no silêncio de um olhar" (Leonardo da Vinci), a mesma deve ser sentida, vivida por quem ora ou reza. O centro da oração é o próprio Cristo, que também é seu modelo, a própria oração viva embalando a natureza humana, todo universo. 
     Podemos rezar de forma particular, quando dialogando com Deus, apresentado o nosso ser, muitas vezes sem palavras, mas contemplando. Ou na forma comunitária, vivendo a experiência de igreja, povo de Deus que caminha. Com o próximo. Com o Cristo sacerdote, na celebração da vida que acontece na santa missa. No louvor, agradecendo, pedindo, buscando em Deus esperanças, ao mesmo tempo nos fortalecendo pela palavra, pelo pão, sangue e corpo de Cristo - a eucaristia -, força extraordinária para o bem do mundo.
    Diuturnamente a oração é exercida nos mosteiros, na necessidade do povo, no agradecimento de tantos bens recebidos, na intercessão de tantos santos e santas, através do próprio Cristo, maior orante que a humanidade conhece.     Tudo é apresentado ao Pai-Criador, Deus eterno, que estabelece comunhão entre o céu e a terra, através do Cristo mediador, que nos une à Deus, recebendo a nossa oração, move seu poder para nos socorrer. A oração age sobre a nossa vida que é o lugar do possível, age no mundo, age na alma que é o início da vida, também sua continuidade, a mesma é indivisível, espiritual, incorruptível, age na matéria que é o corpo, a forma, o material, intimamente ligada com a nossa realidade de filhos e filhas de Deus, a oração quer nos recordar a cada hora os feitos de Deus:
  • A oração da manhã:  aquela que é feita no nascer do sol, quando nos acordamos, aqui é relembrado a origem de tudo, a criação, o nosso despertar para as ocupações do cotidiano, resgata a nossa origem, nosso ser, o renascimento em Jesus, o sol da vida.
  • A oração das nove: nos faz reviver a nossa edificação , nosso crescimento em Deus, nos relembra o pentecostes, o próprio Espírito Santo, derramando largamente os seus sete dons, com a finalidade de sempre renovar na criatura, o agir de Deus.
  • A oração da tarde: nos relembra a consumação dos tempos, que tudo reside em Deus, o fim do dia, o cansaço físico depois de um dia de trabalho, este momento de oração da tarde nos recorda a brevidade de nossa existência, o fluxo do tempo.
  • A oração das três horas: é o momento do confronto do amor de Cristo vivido em sua paixão, condenação, crucifixão, morte, ressurreição. Com a rebeldia, o pecado, a desobediência, o mal, é o amor triunfando, mostrando esperança, vitória através do sacrifício livre, espontâneo, confiante do redentor Jesus Cristo, em favor dos redimidos.
  • A oração da noite: nos lembra do abandono em Deus, a entrega total de tudo que somos e temos, a origem e a continuidade no eterno que tudo abraça. O corpo tomado pelo cansaço, vencido pela fadiga da labuta cotidiana, vencido pelo sono, simbolo da morte, nos recorda que o nosso espírito é para sempre envolvido por Deus. O despertar do corpo na aurora seguinte, nos recorda a ressurreição, entrada do espírito na eternidade.
  • É comum rezar de madrugada: este momento orante nos relembra o antes da ressurreição, onde as trevas foi visitada pelo Cristo que desce à mansão dos mortos, para de lá libertar os cativos,  aqueles que adormeceram na esperança da ressurreição, no sol da justiça, na eternidade, promessa direcionada aos herdeiros da vida eterna, aos marcados com o batismo.
      A postura do orante, deve ser antes de tudo de justa, pois o apóstolo Tiago nos alerta que a oração do justo tem valor. "Confessai vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. Muito pode a oração do justo". (Tg-5,16). O justo é aquele que gera amor para com o próximo, procura se purificar de seus pecados a fim de que a sua oração, além de ser ouvida por Deus, sirva também para o próximo, "a oração da fé, salvará o enfermo e o Senhor o levantará, e se estiver cometido pecado será perdoado", (Tg-5,15) A oração deve ser feita com fé, confiança, esperança em Deus, em favor das mais urgentes necessidades, "façam preces, orações, súplicas e ações de graça, por todos os homens". (1Tm-2,1-50).
        O ministério da oração está destinado à todos os filhos e filhas de Deus, como um serviço, uma pastoral, para edificar construir a igreja de Deus em nosso meio. É a oração a primeira ocupação da igreja, dos padres, dos religiosos, religiosas, leigos, antes de tudo vem a oração, a base que edifica o sólido fundamento, é mesmo na oração que a igreja se constrói, se fixa ao longo dos tempos, a oração é caminho de perfeição, fortaleza espiritual, motivação contínua, para todos os filhos e filhas de Deus.

Pe. Antonio Gouveia

terça-feira, 16 de julho de 2013

AS SETE MARIAS

     O nome Maria aparece 54 vezes no N.T fazendo  referência a várias mulheres, pois era nome muito comum na época de Jesus, de origem hebraica pode ser traduzido por Senhora, Soberana, mulher que ocupa o primeiro lugar. As várias Marias citadas no N.T. tem importância dentro do contesto da boa nova. Sete marias são identificadas: Maria mãe de Jesus; Maria Madalena; Maria de Betânia; temos além dessas, Maria mãe de Tiago, Maria mãe de João Marcos, Maria uma discípula romana, Maria de Cleófas.
         Maria mãe de Jesus, é a mais importante no contexto da História da Salvação, citada pelos quatro evangelistas:

  • Lucas a indica no evangelho, 12 vezes. 
  • Mateus, cinco vezes. 
  • Marcos uma vez.
  • João duas vezes. 
      Repleta de virtudes, é escolhida por Deus "O anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus para uma cidade da Galileia chamada Nazaré a uma virgem prometida nem casamento a um homem chamado Jose da casa de Davi o nome da virgem era Maria" (Lc-1, 26).
         Esta Maria, é  cheia de graça, obediente é possuída pelo Espírito Santo, gera o Filho de Deus, o Santo. Mas acima de tudo se torna escrava por amor. Disse então Maria: "Eis aqui a escrava do Senhor" (Lc-1, 38), é a maior mulher entre todas as mulheres da terra, "Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto de teu ventre", (Lc-1, 42). 
   As virtudes que repousa em Maria faz sua alma engrandecer o Senhor, Maria falou: "Minha alma engrandece ao Senhor" (Lc-1, 46),  a escolhida de Deus, é visitada pelo anjo Gabriel, gera o fruto bendito, nunca mais será esquecida pela humanidade "eis que, desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações". A esta Maria, a igreja venera, reconhecendo, seu valor. Durante o ano litúrgico é lembrada com os mais variados títulos, que ressaltam a sua importância, chamada de Nossa, Nossa Senhora, pelo o povo católico, é venerada desde o final do século I, identificada, como:mãe, protetora, advogada ..., tão forte, é sua presença que milhões de vezes foi, continua, sendo retratada por famosos artistas, são inúmeros os poetas que escreveram belíssimas poesias a seu respeito. "És filha, mãe, és esposa. E se alcançastes, três tão altas dignidades, foi porque a três e um só tanto agradaste" (os Lusíadas, Luiz de Camões) "De teu povo veio o Cristo. Veio a Virgem Maria, vieram os profetas e os evangelistas"(Cora Coralina) " Eu vi minha mãe rezando, aos pés da Virgem Maria, era uma mãe escutando, o que outra Santa dizia" (Catulo da Paixão cearense). 
      Escultores a retratam sempre mostrando a sua santa maternidade; milhões de bilhões de anjos extasiam-se com  a Virgem, a Senhora do céu,  rainha da terra; muitos são os filhos de Deus irmanados no Cristo que por extensão são filhos da Virgem Maria, continuamente dos mais variados modos rogam à Mãe de Deus, sendo a mesma Mãe de Jesus, Deus Filho, pode, deve ser chamada de Mãe de Deus, aquela que ouve os rogos, súplicas, pedidos, daqueles que a contemplam como protetora da humanidade. Infinitas são as orações, ladainhas, preces criadas para indicar sua poderosa intercessão. Uma destas grandes orações veio do céu,  foi derramada na terra pela boca do Anjo Gabriel, "Ave Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo".(Lc-1,28) A outra parte que compõe esta oração bíblica  tradicional, católica, saiu da boca de uma Santa-Santa Izabel-mãe de São João Batista,"Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus"(Lc-1,42). A terceira parte, é o pedido de toda natureza humana que clama pela santidade depositada por Deus nesta mulher "Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".
        O santo rosário que desde tempos antigos é verbalizado nos mosteiros, nas catedrais, em família, de forma particular ou grupal, nos momentos de aflições, agradecimento, louvor, nas mais variadas línguas por pessoas simples,  cultas, pobres, ricos, em ação de graça a tão grande mistério divino, materno. Em veneração à Virgem Maria Mãe de Jesus, foi composta uma das mais belas, populares orações rezada desde de sempre, com dignidade, fé, veneração, por milhões de pessoas devotas desta Senhora eleita por Deus, visitada pelo anjo, possuída pelo Espírito Santo,  sobretudo mãe do único Filho de Deus Jesus, mediador, sumo sacerdote, nosso redentor. 
        Chama-se esta, Salve Rainha, reza a tradição,  que foi composta por um monge de nome Germano Contracto no ano de 1.050 na Alemanha, em um período de muito sofrimento. Este monge desde cedo sofria de problemas ósseos causando-lhe deformidade física, era tomado por muitas dores, vivia em constante sofrimento, mas com paciência apoiando-se na oração compôs este hino de confiança à Mãe de Jesus na qual encontrava certeiro alívio para as suas dores. O monge não chegou a terminar a oração, agonizando de tantas dores disse: "Depois deste desterro mostrai-nos Jesus" e morreu. A frase "Ó clemente, Ó piedosa, Ó doce e sempre Virgem Maria", foi pronunciada por São Bernardo Claraval, depois introduzida como conclusão da Salve Rainha. As outras seis Marias.
     Maria Madalena foi aquela foi aquela de quem jesus expulsa sete demônios: "Maria chamada, Madalena de quem tinha saído sete demônios"(Lc-8,2)
       Maria de Betânia irmã de Lázaro e Marta "Lázaro caiu doente em Betânia onde estava Maria e sua irmã Marta" (Jo- 11,1).
        Maria,  Mãe de Tiago "e Maria mãe de Tiago e outras que com elas andavam" (Lc - 24, 10). 
         Maria mãe de João Marcos "Refletindo um momento foi para casa de Maria mãe de João, de sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos em oração" (At 12,12).
   Maria uma discípula romana "Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós" (Rm - 16, 6).
       Junto da cruz de Jesus, estava de pé, sua mãe e a direita de sua mãe Maria de Cleófas (Jo-19,5).


Pe. Antonio Gouveia

domingo, 14 de julho de 2013

JESUS NOS ENSINA A VER O PRÓXIMO

    As leituras do 15º. domingo do tempo comum ano C, nos ajuda a compreender a bondade de Deus, disponibilizada ao ser humano, porém, exige daqueles que querem desfrutar desta bondade, empenho, compromisso.
  Na 1ª. leitura Dt.30,10-14, Moisés se dirige ao povo dizendo: "ouve a voz do teu Deus e observa todos os seus mandamentos e preceitos que estão na lei." Ouvir, observar, são atitudes de quem quer conhecer Deus, "Converte-te para o Senhor Deus com todo teu coração e tua alma", este é o compromisso que todos devemos ter, ouvir, praticar, converter-se, para cumprir a palavra de Deus que está ao nosso alcance, "Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos; e o vosso coração reviverá".
   Na 2ª. leitura Cl-1, 15-20, Paulo apresenta Jesus Cristo como a imagem do Deus invisível, aquele que é primeiro em toda criação, por causa dele foram criadas todas as coisa no céu e na terra. O Cristo, reconcilia tudo na terra, no céu através do sacrifício da cruz. 
     O evangelho narrado, nos ajuda a compreender o amor de Deus, nos ensina a ouvir seus ditos, cumprir seus mandamentos, como também o Cristo apresentado por São Lucas, é a própria misericórdia do Senhor Deus.
   Um homem da lei questiona Jesus; perguntando o que deve fazer para ter em herança vida eterna? Jesus pergunta se o mesmo conhece a lei; importante notar que Jesus quer saber como ele compreende a lei, não basta só ler! ele responde aquilo que a lei pede, que é a mesma exigência da 1ª. leitura, amar a Deus com o coração, alma, força, inteligência e ao próximo como a si mesmo, ou seja,  amar a Deus com o nosso todo, observando no outro o Deus que habita em mim. Jesus o elogia, mas o mesmo o questiona acerca de quem é o seu próximo. Para faze-lo compreender, Jesus conta a história do bom samaritano, fato este relatado apenas por Lucas.
    Orígenes, nas suas homilias sobre o evangelista Lucas, nos diz que o homem que desce de Jerusalém representa Adão, assim como toda a humanidade que cai em pecado, a Jerusalém é a cidade paraíso, o lugar da paz que o homem perdera com a desobediência. Ele vinha descendo de Jerusalém para Jericó. Jericó representa a terra, o mundo que vive em pecado, ladrões, mentirosos, as próprias forças do mal que atacam, batem, ferem, este homem sem nome, que desceu da Jerusalém, é tomado pelas mãos dos assaltantes, podemos também ver neste homem, aquele filho pródigo, que abandona a casa do pai; as feridas abertas em seu corpo pela violência dos ladrões, são as marcas putrefatas, abertas, difíceis de serem curadas, as mesmas são provocadas pelos pecados, arrancaram-lhe tudo, devemos compreender, a perda dos princípios divinos que revestem aqueles que antes habitava em Jerusalém.          Estando em corrupção, a humanidade em queda,é abandonada à própria sorte. Tirar tudo significa também a perda das virtudes. O homem ficou quase morto, abandonado, nu, ferido, este é o estado daqueles que perdem o convívio do paraíso, descem de Jerusalém. Semi-mortos, nem totalmente vivos nem totalmente mortos, mas se arrastando de forma deplorável entre esses dois estados, vida e morte; é assim que vive a humanidade. 
    O levita vê a vítima mas não a socorre, é a própria lei que não reage contra o pecado. Em seguida o sacerdote que neste texto quer mostrar aquela religião ritualista, normativa, que não socorre aqueles que necessitam, o sistema religioso do templo farisaico, (e dos tempos atuais), porém, a vítima é socorrida por um samaritano, um ser excluído,  a sua preocupação reflete o próprio agir do Cristo que socorre a humanidade em queda. O Cristo é aquele que sente compaixão dos fracos, derramou vinho, óleo em suas feridas, o vinho é a Palavra de Deus encarnada em Jesus, o bom samaritano de todos nós. O óleo é a perfeita simbologia da benevolência, da misericórdia. Diz o texto que esta vítima foi levada no animal do samaritano, é o próprio corpo de Cristo que carrega nossos pecados até o altar da santa cruz. Este samaritano bondoso, deixa  a vítima em uma pensão, que neste contexto é compreendida como a igreja, o lugar que deve acolher os espoliados, os deserdados, os machucados pelo pecado. Pagou com duas moedas o dono da pensão que podem ser compreendidas como misericórdia e salvação.
    Misericórdia é o próprio coração de Deus, que vem ao encontro de nossas misérias, é o penoso, sofrido, trabalho de conversão, realizado pelos apóstolos no passado, sobretudo nos dias de hoje, por padres, religiosos e religiosas, leigos, bispos que com muita paciência não se cansam de dar continuidade ao anúncio da boa nova.
    Salvação, é a realização da misericórdia destinada aos pecadores.
   O dono da pensão, são todos aqueles que de braços abertos acolhem os excluídos. Diz o texto que este samaritano prometeu voltar, pagar os cuidados oferecidos à vítima. Nos alegra, a promessa da volta, devemos esperar, pois o próprio Cristo, voltará e saudará nossas dívidas com o sacrifício da redenção.
    Historicamente os samaritanos, foi um grupo formado por duas tribos que se separaram, das doze tribos de Israel, após a morte do rei Salomão, formaram o reino do sul: Judá, cuja capital era Samaria, criaram a sua religião, se afastaram da cultura judaica. As outras dez tribos formaram o reino do norte: Israel, tendo como capital Jerusalém, é dai que vem a briga e diferença entre Judeus e Samaritanos, esta divisão é presente no tempo de Jesus e persistem até os dias de hoje.   Toda a humanidade, desce da Jerusalém celeste, combalida pelos pecados, sofrem ataques contínuos. Devemos tomar consciência, de que todos juntos caminhemos pela terra, ajudando-nos mutuamente,  reconhecer o Cristo como o Bom Samaritano, a igreja de Jesus como lugar de acolhida.
     Que a Virgem Maria Mãe de Jesus e São Jose, venham sempre nos socorrer, nos assaltos e temores da vida, nos faça percebermos que o nosso próximo, é aquele que precisa de ajuda e de socorro.

Pe. Antonio Goveia

segunda-feira, 8 de julho de 2013

CRESCENDO E APRENDENDO COM A HISTÓRIA

     O termo católico vem do grego profano, Aristóteles (322 AC) "Kath'holon" compreendia esta palavra como um conjunto geral de coisas existentes em vários lugares. Zenon (+ 262 AC) "Katholika" definia esta palavra como princípios gerais universal, Políbio, o geografo (+ 122 AC) falou que a história universal e comum é "Katholikes", para Filon de Alexandria Katholikos é compreendida como algo que é geral para todos. A compreensão grega de católico indicava algo comum e universal. Santo Inácio (+107) bispo de Antioquia no início do século II apresentava o termo católico com referência a igreja "Onde quer que se apresente o bispo, ali esteja também a comunidade, assim a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da igreja católica", escrevia aos Hermineses.
    Já no século III, o termo católico, é compreendido em relação à verdadeira igreja espalhada pelo mundo inteiro. Em 28/02/380 o imperador Teodósio I, torna oficial a fé católica. "Transmitida aos romanos pelo apóstolo Pedro professada pelo pontífice Dâmaso e pelo bispo de  Alexandria, ou seja, o reconhecimento da Santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Teodósio I é o último líder do império Romano, seu reinado é reconhecido como o reinado que instituiu o cristianismo como religião oficial do império Romano. O imperador Constantino, tornou lícito o cristianismo em 313, isto é, permitiu liberdade do culto apenas. 
      O outro nome que compõe a identidade desta fé nascente é apostólica, para definir o caráter pastoral dos apóstolos, homens que estão sempre apostos para realizar o anúncio da boa nova, pois a fé não chega diretamente às pessoas, vem do Cristo que a recebe do Pai e passa aos apóstolos, estes ao povo. O outro termo que completa essa identidade é a palavra romana, não por causa da região, mas para definir uma origem fixa no mundo. O nome romano diz muito mais sobre a unidade que acompanhava e acompanha todos aqueles que, no amor ao evangelho unidos à igreja, sé romana, estão intimamente participando na evangelização católica, ou seja, universal.
     A igreja se inicia no século IV, recebendo de Constantino liberdade para atuar livremente, deste recebe também algumas propriedades. No século V os Bárbaros invadiram o Ocidente destruindo cidades, enfraquecendo a política, provocando violência, anarquia, o território mais prejudicado foi o da Itália. O único poder que se manteve firme diante da invasão dos Bárbaros foi o Papa, por isso todos recorriam à ele, pedindo para que restabelecesse a  ordem e a justiça.
    De 786 a 1.870 era vasto o território chamado de pontifício, territórios do Papa, formado principalmente por doações de ricas famílias e imperadores, parte dessas doações estavam sob o domínio do imperador Bisâncio, daí surge várias lutas. Os Longobardos, tribos germânicas, pretendiam tomar Roma, o Papa Estevão II pede ajuda a Bisâncio, mas não tendo recorre ao rei dos Francos Pepino III, o breve, pai de Carlos Magno, o mesmo além de ajudar o Papa faz uma grande doação, com esta doação o imperador Bisâncio protesta, Pepino afirma que entrou em guerra em favor da igreja católica por amor a São Pedro, pelo perdão de seus pecados, todas as suas conquistas era para o Papa (igreja).
     Em 1.115 a duquesa Matilde, doa de uma só vez os territórios de: Toscana, Espoleto, Bréscia, Parma, Módena, Mantuá, Ferrara e Cremona. O Estado Pontifício chegou a medir 41 mil km², é a partir desta realidade que o Papa começa a se envolver com o poder temporal. Por onze séculos houve constante luta, de um lado para se manter o estado pontifício, do outro lado o povo tentando reconquistá-lo, isto provocou brigas, disputas territorial e política, confusão, sobre a atuação da igreja, os sacerdotes eram simplesmente funcionários eclesiásticos.
      Com a chegada da renascença (séc. XIV a XVI), veio mudanças de comportamento na vida do povo, o individualismo, o desprezo pelos valores espirituais, críticas ao poder da igreja, suas riquezas. No século XVII o Estado Papal entra em decadência política, econômica, espiritual e por quatro vezes o governo papal foi deposto. Em 1789, a revolução francesa prende o Papa Pio VI, o mesmo morre como prisioneiro. Em 1849 no reinado de Pio IX, os italianos cria uma só República Romana, renegando o Estado Pontifício. Em 1870 tropas italianas toma o território papal, proclama Roma como a capital do novo reinado da Itália. Em 1898 Napoleão quebra o Estado Papal prende Pio VII.
      Em 11/02/1929, no palácio de Latrão, (São João de Latrão) é assinado  um documento chamado de o Tratado de Latrão, Benito Mussoline, facista, ministro italiano  de 1922-1943, enfrenta a questão Romana, a igreja se compromete a cuidar dos assuntos espirituais, o povo desejava unidade nacional, daí surge três guerras lideradas por Camilo Benson de Cavoar,  Vitor Emanuel II e o General Giuseppe Garibaldi, tomam Roma que pertencia ao Papa e reintegram a Itália. O Papa se torna súdito das autoridades e o Vaticano se torna o menor país do mundo com 44 mil m², ou seja, a milésima parte do que fôra o antigo Estado Pontifício. A cidade do Vaticano é o espaço físico e a Santa Sé é a origem da fé. O Vaticano está construído sobre as sete colinas de Roma, já antes da Roma pré-cristã era o local dos oráculos.
       A origem da palavra vaticano, vem do mito vagitanos "deus etrusco que "abria a boca das crianças" recém-nascidas para que dessem o primeiro choro e o primeiro grito". Também nesta colina foi erguida a grande construção chamada de o Circo de Nero, onde muitos cristãos foram martirizados, entre eles São pedro, aí sacrificado e enterrado. Em 326 é construída a primeira Basílica de Constantino.
     A igreja depois dessas fases históricas do passado aprendeu muito, centralizando a sua missão na evangelização, nos últimos tempos observamos como a igreja tem se estruturado na sua vocação de semeadora da Palavra de Deus, exercendo no mundo todo o ministério da caridade, da fraternidade e com muita assistência do Espírito Santo, a cada dia vem tomando consciência da sua verdadeira missão, viver a boa nova de Jesus Cristo, conduzir a humanidade pelos caminhos da fé, afim de que tenhamos dias de paz duradoura. Rezemos pelo Santo Padre, Bispos, Religiosos e Religiosas, Padres e Leigos, por todos os poderes constituídos, pedindo que luz da fé católica e apostólica brilhem em todos os lugares. Que a Virgem Maria Mãe de Deus e São Jose seu castíssimo esposo, intercedam por todo povo de Deus que forma a Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica.

Pe. Antônio Gouveia