É ADVENTO! CELEBREMOS!
Nos fins de século VII, este costume é reinterpretado, assume uma caráter escatológico (algo que diz respeito a nossa salvação), é compreendido como um tempo espiritual, que nos prepara para a vinda do Senhor, tornando-se como o momento de necessidade para o ser humano e toda a natureza, pois tudo, todos existem em Deus.
Aparece nesse tempo os mais puros exemplos confiança em Deus o criador, a começar pela Virgem Maria, que espera e confia em Deus; São Jose, aquele que será o guardião do tesouro de Deus na terra, Jesus; São João Batista, grande missionário que convoca todos para preparar os caminhos pelos quais o Senhor passará, ou seja, nossos corações; a igreja com sua catolicidade e unicidade.
O advento mostra claramente a urgência da missão que se cumpre na espera, não como algo estático, mas uma espera em movimento, atitude, expectativa, um lugar onde devemos celebrar, cantando, rezando, meditando a palavra de Deus, que é a própria luz, o fogo crepitante que rompe as trevas, destruindo tudo o que nela reside, dissipando o mal, forjando o bem.
Na noite em que o verbo foi soprado, junto desse sopro divino o hálito da vida, refrigerando tudo e todos, aconteceu a revelação do sorriso de Deus presente no pequeno ser o menino Jesus que veio alegrar a humanidade, enchendo a "anima" (alma) do ser humano com uma esperança de possuir reino de Deus. Com uma visível, viva espiritualidade, o advento nos convida à práticas que devemos viver, por exemplo:
- A vigilância, presente na figura de São João Batista, que nos remete à nossa própria condição de criaturas necessitadas, da grandeza do criador, vigiar sempre.
- A alegria presente na atitude da Virgem Maria, que canta "minha alma se alegra no Senhor e exulta meu espírito em Deus meu salvador", também nós simples mortais, devemos nos alegrar, pois Deus que vem é o Emanuel "Deus Conosco", nos envolve com sua obra, nos faz partícipes de seu poder.
- A esperança, a certeza de um futuro promissor, um bem que vence o mal, um Deus que nos abraça.
- A pobreza, não no sentido material, mas como seres que dependem de Deus, pois o mesmo nos enriquece, nos dar força espiritual, hálito de vida, a própria eternidade, que desde já é presença em nosso existir.
- A conversão, necessidade de cada dia aproximarmo-nos de Deus, mudar nossa conduta para melhor. Nos deixar conduzir na graça, no amor que vem até nós por Jesus Cristo, caminho, verdade e vida.
- A oração, experiência do envolvimento no todo, que é Deus. Essa prática deve ocupar a maior parte do nosso tempo, rezar, confiar, esperar sempre com alegria, esta é a mística do terceiro domingo do advento.
- A santa obediência de são José, o justo pai terreno do filho de Deus.
Pe. Antonio Gouveia
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