A palavra de Deus, nos recorda a bondade de nosso Criador, diante dos sagrados relatos abramos nossa inteligencia à luz fulgurosa da ciência divina, que vem ao nosso encontro através da ação profética, missionaria da Igreja, que na Trindade santa nos edifica em Deus, ele nos envolve em nossa pequenez, levando-nos à participar de sua vida bem aventurada, através de Jesus Verbo encarnado, Pão da Vida Eterna, vindo a nós na plenitude dos tempos, nos redime, edifica, recriando-nos para Salvação.
A santa Igreja portadora da fé recebida diretamente de Jesus, e dos apóstolos celebra bondade de Deus chamando-nos à participar da missão, ajuda-nos a entender a revelação divina em nossa vida. As leituras do 15 domingo do T.C descreve a generosidade de Deus, com o profeta e missionário Elias, em um momento de desespero, solidão, aridez espiritual, caminhando em seu deserto pessoal, humanamente dessolado enfrentando suas fraquezas pede a morte para si "Agora basta, Senhor! tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais" (1Rs-19,3,4).
Recordemos que Elias foi um homem forte, pertence a Deus: corajosamente, ele enfrentou a maldade do rei Acabe (1Rs-18,18), orou e Deus mandou fogo do céu, contra os profetas de deus Baal (1Rs-18-30,38), orou e choveu sobre a terra (1Rs-18-4,46) totalmente ao contrario do pedido de Elias, Deus cuida dos seus até leva-los à perfeição, envia milagrosamente um anjo que o acorda do sono do desanimo "Levanta-te e come" o mesmo lhe oferece pão e água.
"A gloria de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus" (Santo Irineu) Deus conserva a vida, dela cuida. Este sagrado relato serve para nos fortalecer quando formos tombado pelo desanimo, fracasso, medo, desolação, nesses momentos, o ser humano assassina Deus dentro de si, sejamos corajosos enfrentemos o nosso deserto.
O salmo 33 mostra- nos que Deus é suave "provai e vede quão suave é o Senhor" ele escuta os humildes, livra-os dos temores, liberta-os das angustias, por tudo isso e muito mais nunca devemos duvidar do poder de Deus, pois a duvida é igual a contrista-lo.
São Paulo, pede na segunda leitura "Irmãos: não contristeis o Espirito Santo" ele é a marca, o selo de Deus em nós, é nossa libertação. Paulo nos convida sermos imitadores de Deus, evitando toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injurias, tudo que é mal, essas atitudes entristece o Espirito santo, corroí a alma. O antidoto poderosismo para esses males é o amor, porém, configurado com o mesmo amor que Cristo nos amou, entregando-se santamente por nós em um sacrifício de suave odor, perfumado com as mais elevadas, puríssimas fragrâncias celestiais de santidade.
No Evangelho São João mostra os Judeus a sua cegueira; vendo Jesus apenas à partir de sua linhagem humana, "não é este o filho de José e de Maria" iam contra Jesus, pois ele afirmara "Eu sou o pão que desceu do céu". Aquele alimento celeste que Elias provara na primeira leitura quando Deus o socorre, agora é oferecido à todos, em Jesus "Eis o pão que desce do céu". O filho amado de Deus desejava, deseja quebrar a divisão, unir vida material com vida espiritual, o céu com a terra, o ser humano com Deus, o espiritual com o temporal, realizando a nova aliança, que se cumprirá definitivamente na eterna páscoa Obediente às palavras de Jesus, a Igreja alimenta o povo de Deus peregrino neste mundo, com o Pão Eucarístico "Na Eucaristia, partimos o mesmo Pão, que é remédio de imortalidade, antidoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo" (Santo Inácio de Antioquia).
Pe. Antonio Gouveia
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