As leituras do 15º. domingo do tempo comum ano C, nos ajuda a compreender a bondade de Deus, disponibilizada ao ser humano, porém, exige daqueles que querem desfrutar desta bondade, empenho, compromisso.
Na 1ª. leitura Dt.30,10-14, Moisés se dirige ao povo dizendo: "ouve a voz do teu Deus e observa todos os seus mandamentos e preceitos que estão na lei." Ouvir, observar, são atitudes de quem quer conhecer Deus, "Converte-te para o Senhor Deus com todo teu coração e tua alma", este é o compromisso que todos devemos ter, ouvir, praticar, converter-se, para cumprir a palavra de Deus que está ao nosso alcance, "Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos; e o vosso coração reviverá".
Na 2ª. leitura Cl-1, 15-20, Paulo apresenta Jesus Cristo como a imagem do Deus invisível, aquele que é primeiro em toda criação, por causa dele foram criadas todas as coisa no céu e na terra. O Cristo, reconcilia tudo na terra, no céu através do sacrifício da cruz.
O evangelho narrado, nos ajuda a compreender o amor de Deus, nos ensina a ouvir seus ditos, cumprir seus mandamentos, como também o Cristo apresentado por São Lucas, é a própria misericórdia do Senhor Deus.
Um homem da lei questiona Jesus; perguntando o que deve fazer para ter em herança vida eterna? Jesus pergunta se o mesmo conhece a lei; importante notar que Jesus quer saber como ele compreende a lei, não basta só ler! ele responde aquilo que a lei pede, que é a mesma exigência da 1ª. leitura, amar a Deus com o coração, alma, força, inteligência e ao próximo como a si mesmo, ou seja, amar a Deus com o nosso todo, observando no outro o Deus que habita em mim. Jesus o elogia, mas o mesmo o questiona acerca de quem é o seu próximo. Para faze-lo compreender, Jesus conta a história do bom samaritano, fato este relatado apenas por Lucas.
Orígenes, nas suas homilias sobre o evangelista Lucas, nos diz que o homem que desce de Jerusalém representa Adão, assim como toda a humanidade que cai em pecado, a Jerusalém é a cidade paraíso, o lugar da paz que o homem perdera com a desobediência. Ele vinha descendo de Jerusalém para Jericó. Jericó representa a terra, o mundo que vive em pecado, ladrões, mentirosos, as próprias forças do mal que atacam, batem, ferem, este homem sem nome, que desceu da Jerusalém, é tomado pelas mãos dos assaltantes, podemos também ver neste homem, aquele filho pródigo, que abandona a casa do pai; as feridas abertas em seu corpo pela violência dos ladrões, são as marcas putrefatas, abertas, difíceis de serem curadas, as mesmas são provocadas pelos pecados, arrancaram-lhe tudo, devemos compreender, a perda dos princípios divinos que revestem aqueles que antes habitava em Jerusalém. Estando em corrupção, a humanidade em queda,é abandonada à própria sorte. Tirar tudo significa também a perda das virtudes. O homem ficou quase morto, abandonado, nu, ferido, este é o estado daqueles que perdem o convívio do paraíso, descem de Jerusalém. Semi-mortos, nem totalmente vivos nem totalmente mortos, mas se arrastando de forma deplorável entre esses dois estados, vida e morte; é assim que vive a humanidade.
O levita vê a vítima mas não a socorre, é a própria lei que não reage contra o pecado. Em seguida o sacerdote que neste texto quer mostrar aquela religião ritualista, normativa, que não socorre aqueles que necessitam, o sistema religioso do templo farisaico, (e dos tempos atuais), porém, a vítima é socorrida por um samaritano, um ser excluído, a sua preocupação reflete o próprio agir do Cristo que socorre a humanidade em queda. O Cristo é aquele que sente compaixão dos fracos, derramou vinho, óleo em suas feridas, o vinho é a Palavra de Deus encarnada em Jesus, o bom samaritano de todos nós. O óleo é a perfeita simbologia da benevolência, da misericórdia. Diz o texto que esta vítima foi levada no animal do samaritano, é o próprio corpo de Cristo que carrega nossos pecados até o altar da santa cruz. Este samaritano bondoso, deixa a vítima em uma pensão, que neste contexto é compreendida como a igreja, o lugar que deve acolher os espoliados, os deserdados, os machucados pelo pecado. Pagou com duas moedas o dono da pensão que podem ser compreendidas como misericórdia e salvação.
Misericórdia é o próprio coração de Deus, que vem ao encontro de nossas misérias, é o penoso, sofrido, trabalho de conversão, realizado pelos apóstolos no passado, sobretudo nos dias de hoje, por padres, religiosos e religiosas, leigos, bispos que com muita paciência não se cansam de dar continuidade ao anúncio da boa nova.
Salvação, é a realização da misericórdia destinada aos pecadores.
Um homem da lei questiona Jesus; perguntando o que deve fazer para ter em herança vida eterna? Jesus pergunta se o mesmo conhece a lei; importante notar que Jesus quer saber como ele compreende a lei, não basta só ler! ele responde aquilo que a lei pede, que é a mesma exigência da 1ª. leitura, amar a Deus com o coração, alma, força, inteligência e ao próximo como a si mesmo, ou seja, amar a Deus com o nosso todo, observando no outro o Deus que habita em mim. Jesus o elogia, mas o mesmo o questiona acerca de quem é o seu próximo. Para faze-lo compreender, Jesus conta a história do bom samaritano, fato este relatado apenas por Lucas.
Orígenes, nas suas homilias sobre o evangelista Lucas, nos diz que o homem que desce de Jerusalém representa Adão, assim como toda a humanidade que cai em pecado, a Jerusalém é a cidade paraíso, o lugar da paz que o homem perdera com a desobediência. Ele vinha descendo de Jerusalém para Jericó. Jericó representa a terra, o mundo que vive em pecado, ladrões, mentirosos, as próprias forças do mal que atacam, batem, ferem, este homem sem nome, que desceu da Jerusalém, é tomado pelas mãos dos assaltantes, podemos também ver neste homem, aquele filho pródigo, que abandona a casa do pai; as feridas abertas em seu corpo pela violência dos ladrões, são as marcas putrefatas, abertas, difíceis de serem curadas, as mesmas são provocadas pelos pecados, arrancaram-lhe tudo, devemos compreender, a perda dos princípios divinos que revestem aqueles que antes habitava em Jerusalém. Estando em corrupção, a humanidade em queda,é abandonada à própria sorte. Tirar tudo significa também a perda das virtudes. O homem ficou quase morto, abandonado, nu, ferido, este é o estado daqueles que perdem o convívio do paraíso, descem de Jerusalém. Semi-mortos, nem totalmente vivos nem totalmente mortos, mas se arrastando de forma deplorável entre esses dois estados, vida e morte; é assim que vive a humanidade.
O levita vê a vítima mas não a socorre, é a própria lei que não reage contra o pecado. Em seguida o sacerdote que neste texto quer mostrar aquela religião ritualista, normativa, que não socorre aqueles que necessitam, o sistema religioso do templo farisaico, (e dos tempos atuais), porém, a vítima é socorrida por um samaritano, um ser excluído, a sua preocupação reflete o próprio agir do Cristo que socorre a humanidade em queda. O Cristo é aquele que sente compaixão dos fracos, derramou vinho, óleo em suas feridas, o vinho é a Palavra de Deus encarnada em Jesus, o bom samaritano de todos nós. O óleo é a perfeita simbologia da benevolência, da misericórdia. Diz o texto que esta vítima foi levada no animal do samaritano, é o próprio corpo de Cristo que carrega nossos pecados até o altar da santa cruz. Este samaritano bondoso, deixa a vítima em uma pensão, que neste contexto é compreendida como a igreja, o lugar que deve acolher os espoliados, os deserdados, os machucados pelo pecado. Pagou com duas moedas o dono da pensão que podem ser compreendidas como misericórdia e salvação.
Misericórdia é o próprio coração de Deus, que vem ao encontro de nossas misérias, é o penoso, sofrido, trabalho de conversão, realizado pelos apóstolos no passado, sobretudo nos dias de hoje, por padres, religiosos e religiosas, leigos, bispos que com muita paciência não se cansam de dar continuidade ao anúncio da boa nova.
Salvação, é a realização da misericórdia destinada aos pecadores.
O dono da pensão, são todos aqueles que de braços abertos acolhem os excluídos. Diz o texto que este samaritano prometeu voltar, pagar os cuidados oferecidos à vítima. Nos alegra, a promessa da volta, devemos esperar, pois o próprio Cristo, voltará e saudará nossas dívidas com o sacrifício da redenção.
Historicamente os samaritanos, foi um grupo formado por duas tribos que se separaram, das doze tribos de Israel, após a morte do rei Salomão, formaram o reino do sul: Judá, cuja capital era Samaria, criaram a sua religião, se afastaram da cultura judaica. As outras dez tribos formaram o reino do norte: Israel, tendo como capital Jerusalém, é dai que vem a briga e diferença entre Judeus e Samaritanos, esta divisão é presente no tempo de Jesus e persistem até os dias de hoje. Toda a humanidade, desce da Jerusalém celeste, combalida pelos pecados, sofrem ataques contínuos. Devemos tomar consciência, de que todos juntos caminhemos pela terra, ajudando-nos mutuamente, reconhecer o Cristo como o Bom Samaritano, a igreja de Jesus como lugar de acolhida.
Que a Virgem Maria Mãe de Jesus e São Jose, venham sempre nos socorrer, nos assaltos e temores da vida, nos faça percebermos que o nosso próximo, é aquele que precisa de ajuda e de socorro.
Pe. Antonio Goveia
Que a Virgem Maria Mãe de Jesus e São Jose, venham sempre nos socorrer, nos assaltos e temores da vida, nos faça percebermos que o nosso próximo, é aquele que precisa de ajuda e de socorro.
Pe. Antonio Goveia
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