O povo samaritano e o povo Israelita, tem a mesma origem ancestral, pois ambos procedem do pai Abraão. No ano 1.000 A.C., este povo chamado de Israelita, viviam nas terras identificadas como Vale do Rio Jordão, eram formados por doze tribos que rivalizavam entre si. As doze tribos são descendentes diretos de Jacó, filho de Abraão, são: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Neftali, Asser, Issaacar, Zebulon, Jose, Benjamim e Gaade. O rei Saul unifica essas tribos pacificando-as, as entrega ao rei Davi; com a morte do mesmo, Salomão filho de Davi com betesaba, assume o controle das tribos, recebe de seu pai um reino rico e pacífico.
Em 930 A.C, com a morte de Salomão, as tribos entram em crise e se separam. Duas tribos se juntam e formam o reino do Sul, essas tribos são: Judá e Benjamim, tinham Jerusalém como capital política, econômica e religiosa. O lugar sagrado do culto, era o templo de Jerusalém. Estavam sob o comando de Roboão filho de Salomão com Naamã, uma amonita, durou 359 anos, foram conquistados por Nabucodonosor, levados para o cativeiro da Babilônia.
As outras dez tribos:Rubens, Simeão, Dã ,Naftali, Gade, Aser, Issacar Zebulom, Efraim, Manasses, juntando-se formaram o reino do Norte chamado de Israel, tinham como capital Siquem, depois a Samaria sob o comando de Jeroboão que não era filho de Salomão, mas seu inimigo, o mesmo vinha da tribo de Efraim. Em 721 A.C. O reino do Norte foi conquistado pelos Assírios. Os sábios e doutores junto com os jovens, foram levados para o exílio Assírico por Salmanaser, no exílio perdem suas referências de fé e religião, adotam falsos deuses e uma prática religiosa pagã, miscigenando-se com o povo pagão, se tornam impuros. (esta era a acusação do reino do sul).
As outras dez tribos:Rubens, Simeão, Dã ,Naftali, Gade, Aser, Issacar Zebulom, Efraim, Manasses, juntando-se formaram o reino do Norte chamado de Israel, tinham como capital Siquem, depois a Samaria sob o comando de Jeroboão que não era filho de Salomão, mas seu inimigo, o mesmo vinha da tribo de Efraim. Em 721 A.C. O reino do Norte foi conquistado pelos Assírios. Os sábios e doutores junto com os jovens, foram levados para o exílio Assírico por Salmanaser, no exílio perdem suas referências de fé e religião, adotam falsos deuses e uma prática religiosa pagã, miscigenando-se com o povo pagão, se tornam impuros. (esta era a acusação do reino do sul).
Porém o povo Judeu, não consideravam os samaritanos como israelitas, pois a bíblia relata desavenças entre esses dois povos, tanto na primeira aliança, como também no tempo de Jesus. Os samaritanos não eram vistos como povo puro, autentico, embora originando-se do pai Abraão, rejeitado pelos Judeus os samaritanos eram acusados de idólatras e de um povo infiel, pois adoravam falsos deuses que conheceram na época do exílio.
O nome samaritano deriva de Semer, que foi o antigo proprietário de uma porção de terra comprada por Davi, onde foi construída a cidade de Samaria, vem também de Shamerim que significa observante da lei, coube ao rei Onri, sexto rei de Israel, a construção da Samaria que depois foi conquistada pelos Sírios e levada para o cativeiro.
Para o povo samaritano, a origem das divergências com os Judeus, surge quando o sacerdote Eli, estabelece o santuário em Siló, enquanto que segundo a lei de Moisés, o lugar de adoração era Jerazim, já os Judeus não aceitavam os samaritanos e os acusam de:
- Não prestarem culto em Jerusalém.
- Terem uma crença formada pelo judaísmo, religião pagã.
- Só aceitam os livros do Pentateuco: Gênesis Êxodo Números, Deuteronômio, Levítico.
- Observam o sábado, oferecem sacrifícios.
Estas brigas marcadas por sérios desentendimentos, é testemunhada por Jesus, que faz todo esforço para unir estes povos, superando o preconceito, diferenças históricas, ao mesmo tempo apresentando a boa nova da salvação, tanto para os Judeus, quanto para os samaritanos.
Três episódios emblemáticos são vivenciados por Jesus, um é o da mulher samaritana em João-4,9, quando Jesus pede água criando assim um diálogo com o povo samaritano, através desta mulher, a quem Jesus se identifica como água da vida, querendo desta forma aplacar a sede de salvação na vida desse povo. O outro episódio importante é chamado de O bom Samaritano, em Lucas-10, 30-37, onde o personagem de um samaritano viajante, socorre uma vítima de assaltantes, que foi ignorada por um sacerdote e um levita, mais uma vez a tentativa de mostrar para os judeus a bondade dos samaritanos, outra imagem apresentada por Lucas, foi a gratidão do leproso samaritano, que foi curado no grupo dos dez. (Lucas-17, 11-19)
Jesus universaliza a salvação, o sacrifício vivenciado na cruz é destinado à todos, também aos samaritanos, as diferenças entre esses dois povos, servem para nos dizer que, o perdão deve acontecer, as barreiras devem ser destruídas, para que o amor possa triunfar, operando o grande milagre da paz e da fraternidade.
Pe. Antonio Gouveia