Orientado pelo Senhor, o profeta Samuel, foi à casa de Jessé, levando consigo óleo consagratório a fim de sagrar um novo rei. Disse-lhe o Senhor: "não olhes para a sua aparência, e nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei, não julgo segundo os critérios dos homem: o homem vê as aparências mas o Senhor olha o coração" (1-Sm-16,3), com isso, Samuel rejeitou Eliab seu escolhido. A visão distorcida do profeta é um tipo de cegueira muito comum, o milagre é saber enxergar além das aparências e do aparente, o profeta pede que Jessé lhe apresente todos os seus filhos. O Senhor não escolheu nenhum deles, restava um que estava no campo cuidando das ovelhas, tratava-se de Davi o escolhido, esse fora ungido por Samuel. O Espírito do Senhor apodera-se de Davi, assim também todo batizado, crismado é um ungido, pertence ao Espírito de Senhor, disponível para a bem da comunidade.
O salmo 22, fala-nos de Deus através da simbologia do pastor. Deus é o bom pastor. A poesia presente no salmo, descreve os campos verdes, águas repousantes, como trajeto que conduz para o descanso, o conduzido por Deus, ainda que enfrentando regiões tenebrosas não há o que temer, será servido em uma mesa de vitória, felicidade. Deus bom, eterno, pastor se fará presente não só nesta vida mas também na eternidade, onde habitarão para sempre por tempos infinitos, os que se deixam por ele conduzir.
Paulo, segunda leitura, fala da luz (visão) como antagonista das trevas (cegueira). Devemos viver na luz, diz Paulo, gerando frutos de luz: fé, justiça, verdade... já apontando para o cego que foi curado por Jesus, esse recebeu fé, abraçou, a verdade desfrutou da justiça. As trevas, será perpassadas pela luz do Cristo ressuscitado, nos atrairá para si "desperta tu que dormes, levanta-te (sair das trevas) dentre os mortos, e sobre ti o Cristo resplendecerá" (Ef-5,14).
Paulo, segunda leitura, fala da luz (visão) como antagonista das trevas (cegueira). Devemos viver na luz, diz Paulo, gerando frutos de luz: fé, justiça, verdade... já apontando para o cego que foi curado por Jesus, esse recebeu fé, abraçou, a verdade desfrutou da justiça. As trevas, será perpassadas pela luz do Cristo ressuscitado, nos atrairá para si "desperta tu que dormes, levanta-te (sair das trevas) dentre os mortos, e sobre ti o Cristo resplendecerá" (Ef-5,14).
O evangelho do quarto domingo quaresmal, vem da sensibilidade de João evangelista. Mostra Jesus tirando um homem das trevas, curado-o de sua cegueira, inserido-o na comunidade."Ó Deus, luz de todo ser humano que vem a este mundo, iluminai nossos corações com o esplendor de vossa graça, para pensarmos sempre o que vos agrada e amar-vos de todo coração. Por Cristo nosso senhor" (M.r. pag-206) a igreja una, santa, católica, é intercessora junto a Deus em favor da humanidade, reconhece as trevas, seus efeitos nefastos, trevosos, tanto na historicidade, quanto na alma do ser humano. As trevas simbolizada na cegueira, é a incapacidade de visão espiritual, que amarra o ser humano na escuridão, situação que favorece o opressor. Jesus enfrenta essa realidade, dando luz aos cegos, abrindo-lhes a consciência, ao cura-los aponta-lhes um novo horizonte, novas possibilidades de vencer o sistema opressor que o escraviza, cega.
O cego de nascença é curado, com cuspe de Jesus, e com terra. Cuspe (saliva), sinal da vida, sopro de Deus. Terra (transitório) pó, poeira, fragilidade. A terra é umidificada na saliva de Jesus, (o poder de Deus atua no fraco) daí surge uma lama que limpa os olhos, é vida nova!. Foi num sábado, a cura do cego, uma afronta para lei mosaica em vigência. Os fariseus ainda que sadios dos olhos carnais, eram cegos espiritual, prisioneiros de uma lei ultrapassada, "o sábado foi feito para o homem; não o homem para o sábado" (Mt-2-27), que era observada sem valorizar a vida, assim Jesus acrescenta à lei, o amor que liberta destacando o ser, a pessoa, o humano.
Orientado por Jesus o cego vai lavar-se na piscina de Siloé, tirar a lama que Jesus aplicou-lhe nos seus olhos. O nome Siloé quer dizer enviado. Jesus ver no cego e sua limitação, um meio de revelar ao mundo a luz, o amor de Deus. Ao lavar-se nas águas de Siloé, cumpre-se o milagre, o ex-cego agora tornou-se um enviado de Jesus. Podemos ver aqui o sacramento do batismo que nos insere na vida cristã, na igreja, nos purifica, escolhe-nos em Deus, como aconteceu com Davi, unge-nos, para enfrentar-mos os caminhos tenebrosos na luz de Deus. Diante da cura o miraculado é Interrogado pelos fariseus, opositores de Jesus: quem é que te curou? fui curado por um profeta, Jesus!, isso não agradou alguns fariseus que diziam: "este homem não vem de Deus pois não guarda o sábado" dividindo-se, outros diziam: "como pode um pecador fazer tantos sinais", um raio de luz já dividia-os, o ex-cego é expulso, pois afirmara que Jesus é um profeta, algo muito forte para os fariseus. Jesus o encontra já em perfeita visão e pergunta: "acreditas no filho do homem?", quem é para que eu creia? sou eu que fala contigo respondeu-lhe Jesus; disse-lhe, o agraciado; eu creio senhor! "rios de água viva, correrão do coração de quem crê em min"(Jo-7-38), prostrou-se diante de Jesus, neste gesto se completa a purificação que teve inicio com a lama, feita da terra com saliva de Jesus, depois, no mergulho da piscina de Siloé. Ao prostrar-se mergulhou ele em Jesus, fonte de água viva. A santa missa reza, com o povo de Deus "Pelo mistério da encarnação, Jesus conduziu a luz da fé a humanidade que caminhava nas trevas, elevou a dignidade de filhos e filhas, os escravos do pecado, fazendo-os renascer das águas do batismo"(M.r.pag.205) .
Vamos como povo orante pedir que Deus limpe os nossos olhos para que construamos um mundo com a prática e olhar de justiça.
Pe. Antonio Gouveia
O cego de nascença é curado, com cuspe de Jesus, e com terra. Cuspe (saliva), sinal da vida, sopro de Deus. Terra (transitório) pó, poeira, fragilidade. A terra é umidificada na saliva de Jesus, (o poder de Deus atua no fraco) daí surge uma lama que limpa os olhos, é vida nova!. Foi num sábado, a cura do cego, uma afronta para lei mosaica em vigência. Os fariseus ainda que sadios dos olhos carnais, eram cegos espiritual, prisioneiros de uma lei ultrapassada, "o sábado foi feito para o homem; não o homem para o sábado" (Mt-2-27), que era observada sem valorizar a vida, assim Jesus acrescenta à lei, o amor que liberta destacando o ser, a pessoa, o humano.
Orientado por Jesus o cego vai lavar-se na piscina de Siloé, tirar a lama que Jesus aplicou-lhe nos seus olhos. O nome Siloé quer dizer enviado. Jesus ver no cego e sua limitação, um meio de revelar ao mundo a luz, o amor de Deus. Ao lavar-se nas águas de Siloé, cumpre-se o milagre, o ex-cego agora tornou-se um enviado de Jesus. Podemos ver aqui o sacramento do batismo que nos insere na vida cristã, na igreja, nos purifica, escolhe-nos em Deus, como aconteceu com Davi, unge-nos, para enfrentar-mos os caminhos tenebrosos na luz de Deus. Diante da cura o miraculado é Interrogado pelos fariseus, opositores de Jesus: quem é que te curou? fui curado por um profeta, Jesus!, isso não agradou alguns fariseus que diziam: "este homem não vem de Deus pois não guarda o sábado" dividindo-se, outros diziam: "como pode um pecador fazer tantos sinais", um raio de luz já dividia-os, o ex-cego é expulso, pois afirmara que Jesus é um profeta, algo muito forte para os fariseus. Jesus o encontra já em perfeita visão e pergunta: "acreditas no filho do homem?", quem é para que eu creia? sou eu que fala contigo respondeu-lhe Jesus; disse-lhe, o agraciado; eu creio senhor! "rios de água viva, correrão do coração de quem crê em min"(Jo-7-38), prostrou-se diante de Jesus, neste gesto se completa a purificação que teve inicio com a lama, feita da terra com saliva de Jesus, depois, no mergulho da piscina de Siloé. Ao prostrar-se mergulhou ele em Jesus, fonte de água viva. A santa missa reza, com o povo de Deus "Pelo mistério da encarnação, Jesus conduziu a luz da fé a humanidade que caminhava nas trevas, elevou a dignidade de filhos e filhas, os escravos do pecado, fazendo-os renascer das águas do batismo"(M.r.pag.205) .
Vamos como povo orante pedir que Deus limpe os nossos olhos para que construamos um mundo com a prática e olhar de justiça.
Pe. Antonio Gouveia