A igreja mãe e mestra participa da vida dos seus filhos, filhas, nos acolhe, é assim quando nos introduz nos mistérios divinos através do santo batismo que nos tira da incorrupção, nos torna filhos, filhas de Deus, herdeiros da vida eterna. Nos nutre com o pão da vida, a eucaristia, fazendo-nos crescer em Cristo. Com o crisma confirmação da nossa decisão de continuar na fé, nos educa, com a palavra do criador, nos santifica, quebra o nosso orgulho nos fazendo experimentar, viver o amor de Deus.
A igreja nos leva a viver com Cristo, ele nos acompanha por toda vida, sobretudo nos momentos difíceis como enfermidades, crises, dor, desespero, nos encorajando a não termos medo "Ainda que eu passe pelo o vale da morte, nenhum mal temerei, por que o Senhor está comigo!" (Sl-23) também no momento de nossa morte ultima experiencia do ser humano, fato que deve ser enfrentado com fé, com um olhar de confiança na misericórdia, ainda que abalados, sofridos, tristes, nas luzes da esperança rezemos com o santo apostolo Paulo "Porquanto, para mim, viver é Cristo, é morrer é lucro" (Fl-7,2).
A vida é o tempo de graça, amor, descoberta e vivencia da fé na eternidade, pois somos criados para imortalidade "Deus criou o homem para a imortalidade" (Sl-2) somente em Jesus Cristo, a morte como consequência do pecado será vencida, em consequência do amor de Deus que se faz presente através de Jesus que morrendo aos poucos, aos poucos também foi nos mostrando a vitória "Se alguém guarda a minha palavra jamais verá a morte" (Jo-8,51) a igreja lembra o homem a importância de guardar a palavra de Deus, como ela rompe a nossa fragilidade, "De pele e de carne me revestiste, de ossos e de nervos me consolidaste. Deste-me a vida e favoreceste-me, a Tua providência conservou-me o alento" (Jo 10,11-12) o povo de Deus vive o eterno alento, a plena ressurreição, ao celebrar o dia do finados, em favor dos mesmos ora em prece, testemunha a eternidade de Deus, e a finitude humana.
Já século II, era comum fazer preces em favor dos falecidos, costume vindos de tempos imemoráveis pois é apresentado na bíblia como um costume santo "É um pensamento santo e salutar orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”. (2 Macab. 12, 46). No séc. XIII o dia dois de novembro é celebrado como o dia da ressurreição, não da morte, dia santo pois a igreja proclama, a obra redentora que Cristo realizou em favor da humanidade, a vida eterna “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1Cor 15,14). Centro da fé cristã, católica.
A fé nos vem do próprio Cristo, é vivida e celebrada pela igreja corpo mistico de Jesus. Façamos de tudo para sairmos deste mundo com a alma edificada na fé cristã. Lembremo-nos que no nome de Deus Pai onipotente fomos criados, em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo salvos, no Espírito Santo defendidos, teremos sim uma morada de paz, no céu, junto de Deus com a Virgem Maria, São José, os Anjos e Santos. "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já morreram, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele." (Ts-4,13) Irmãos, irmãs na fé em Cristo, louvemos e agradeçamos a Deus pai que na eterna bondade, nos permite celebrar ainda na terra, os acontecimentos vindouros como a nossa salvação, que as almas dos fieis defuntos pela misericórdia de Deus descanse em paz, Amém!.
Pe. Antonio Gouveia
Pe. Antonio Gouveia