sexta-feira, 17 de julho de 2015

REFORMA PROTESTANTE E O REFORMADOR CALVINO

   

João Calvino nasceu em Noyon, na França. Seu pai foi um advogado da Igreja Católica. Em 1533 Calvino se declarou protestante, influenciado por Lutero. Foi um dos reformadores religioso do seculo XVI, deixou a França estabeleceu-se em Basileia, na Suíça. Calvino desenvolveu a igreja que atualmente é chamada de presbiteriana. Uma religião que tinha como princípio a predestinação absoluta. Segundo ele, Deus escolhia seus salvos antes de nascerem, estes por sua vez seriam grandes trabalhadores e teriam uma boa quantidade de dinheiro.
São muitos os que atribuem a Calvino a invenção do capitalismo. Lógico que esta doutrina ele criou para agradar a classe crescente da época, os burgueses, que eram combatidos na época pela Igreja Católica. No movimento reformista, Lutero não concordou com o "estilo" de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja católica enquanto João Calvino acreditava que a Igreja estava tão degenerada que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se desse objetivo, fundando, então, o protestantismo que não seguia tradições, mas apenas a doutrina registrada na bíblia .
Na reforma protestante, houve intolerância religiosa dos calvinistas. O pai dos Presbiterianos era intolerante e não tinha piedade. Entretanto, apreciava passar os seus tempos livres no lago de Genebra, lendo as escrituras e bebendo vinho tinto. Mandou para a fogueira um grande sábio, o humanista e médico Miguel Servet Grizar, que descobrira a circulação do sangue, por dizer que tal descoberta era anti-bíblica, por manifestar simpatia pelos Anabatistas. Calvino mandou à fogueira também muitos outros estudiosos e cientistas. Sem dúvida, não são poucos os exemplos de intolerância religiosa nos variados espaços que vivenciaram a Reforma Protestante.
Em 1560 o Parlamento Escocês influenciado por Calvino decretou PENA DE MORTE a todos os católicos, na Escócia. O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja “calvinista presbiteriana“. Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. (Westminster Review, Tomo LIV, p. 453)
Em 1570 foram enviados ao Brasil para evangelizar os índios, o Pe. Inácio de Azevedo e mais 40 jesuítas vinham a bordo da nau “S. Tiago“ quando em alto mar os interceptou o “piedoso“ calvinista Jacques Sourie, como prova de seu “EVANGÉLICO" zelo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978).
Os calvinistas eram os mais abomináveis piratas de todos os tempos... A sua cupidez era sem igual. Queriam fazer ressoar em toda parte o seu grito de guerra: A palavra de Deus segundo Calvino. "Saqueavam igrejas e conventos e infligiam aos Religiosos um trato tal que poucos paralelos se encontram na história dos povos" (Kervin de Lettenhove, Lês Huguenots et lês Gueux, tomo II Bruges, p. 408) Caiu nas mãos dos algozes um sacerdote chamado Vicente, de 85 anos de idade; meteram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos, e puse­ram-lhe no ombro uma cruz confeccionada às pressas, após o quê atre­laram o padre a uma carroça para que a puxasse; tendo assim tratado o ancião, deram-lhe o golpe mortal. No ano de 1547, James Gruet atreveu-se a publicar uma nota criticando Calvino e por isso foi preso, torturado duas vezes ao dia durante um mês e sentenciado à morte por blasfêmia, tendo os pés pregados a uma estaca e sua cabeça cortada.
Em Genebra, um dos berços da Reforma Protestante e onde ela se mostrou bastante radical, funcionou uma verdadeira “polícia da fé”. João Calvino (1509-1564), devido à sua autoridade sobre os protestantes suíços, era conhecido como o “papa de Genebra”. “João Calvino governou Genebra tão brutalmente quanto Josef Stalin, na Rússia” Robert Wrigh(1) - Ensaísta e escritor americano Ao organizar a Igreja Presbiteriana, instaurou comissões compostas de religiosos e leigos:
-A Venerável Companhia, responsável pelo magistério,
-O Consistório, que zelava pela disciplina religiosa.
-Promovia confissões,
-Denúncias,
-Espionagens
-Visitas às residências, levando muitos à prisão, à tortura, ao julgamento, em alguns casos, à morte.
Na Inglaterra, promoveu uma verdadeira caça às bruxas levou à morte centenas de mulheres acusadas de feitiçaria. A experiência persecutória inglesa foi ainda “exportada” para as colônias na América do Norte, como no famoso episódio das “bruxas de Salem”, ocorrido em Massachusetts, em fins do século XVII, em que várias adolescentes foram mortas, acusadas de promover reuniões em torno de uma fogueira nas quais, supostamente, invocavam espíritos.
Nos seus últimos anos de vida, a saúde de Calvino começou a vacilar. Sofrendo de enxaquecas, hemorragia pulmonar, gota e pedras nos rins. O mesmo morreu em Genebra em 1564. Relata-se que, no fim de sua vida, ele agradeceu aos seus colegas religiosos “por terem dado tanta honra a uma pessoa que com certeza não merecia”, implorou perdão por suas persistentes franquezas, impaciência, intolerância, ira.
O protestantismo nasceu dentro de um contexto de conflitos sangrentos, falta de comunhão entre os líderes, governos eclesiásticos incompatíveis entre si. A Bíblia é interpretada escandalosamente, cismas, heresias continuam a dividir o cristianismo. Foi com muita razão que o intelectual inglês e ex-protestante John Henry Newman afirmou: “Aprofundar o conhecimento a cerca da história é abdicar do protestantismo”.


Informações retiradas da internet






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