Deus parece se comover com a solidão de Moisés e suas ovelhas no deserto (1ª leitura) e lhe aparece na sarça ardente, com isso compreendemos que Deus quer estar presente na nossa solidão, para preencher nosso vazio e fazer florir o deserto interior que existe em cada ser humano. Fala conosco como fogo vivo, nós somos a sarça que ardemos na procura do Senhor, escancarando o nosso coração para que o nosso deserto seja iluminado com este fogo abrasador que não nos queima, mas nos purifica, Deus ouve o nosso clamor, conhece nossos sofrimentos e vai nos libertar do mal, como libertou os israelitas do poder do Faraó, hoje Deus quer e vai nos libertar do poder do mal, do poder da discórdia, do poder do prepotente e criar no nosso deserto uma terra verdejante com rios de leite e mel, o leite faz referência àquele que nutre a sua vida em Deus e o mel sinal de fortaleza, pureza, edificação, é o próprio Deus nutrindo o nosso ser.
Na visão Moisés é convidado a se aproximar com os pés descalços, este convite significa para nós superarmos todos os empecilhos e percalços na nossa proximidade com Deus. Paulo fortalece esta compreensão nos convidando a reconhecer a bondade de Deus e nos encorajando para atravessarmos sempre os mares que se coloca a nossa frente e nos lembrando de que Cristo é a nossa força (2ª leitura). Lucas (no evangelho) nos faz compreender através da figueira que a tres anos não dava frutos, mas o Cristo não desiste e quer cuidar de cada pessoa que é uma figueira plantada no mundo, com a finalidade de produzir bons frutos, o próprio Cristo se propõe a cuidar das figueiras, adubando-as, regando-as para que produzamos frutos a cada etapa da nossa vida. Infância frutos de pureza e inocência, jovens e adultos frutos da conversão e do conhecimento derramado sobre nós, nas nossas raízes, mais precisamente na nossa origem, na vida de velhice até nesse último momento da nossa existência Deus espera colher algo da figueira que somos nós. Façamos este caminho rompendo o deserto, nos deixando purificar no fogo abrasador que arde na figueira que somos nós, nos dando santidade e ardor para adorarmos a Deus, aquele que quer nos resgatar do nossos deserto nos lavando para a convivência que é o jardim das figueiras que produzem frutos para edificação do mundo, aí compreendemos a Igreja de Jesus Cristo que na sua catolicidade robustece e aduba a humanidade com a boa nova de Jesus Cristo: o santo evangelho, que nos leva a conversão, evitando que morramos no império de Pilatos que matou os Galileus ou que sejamos destruídos pelas torres da prepotência e da indiferença, simbolizados na torre de Siloé, quando Cristo nos relembra estes fatos Ele nos diz: "a vida pode ser diferente", os bons frutos irão aparecer, a boa nova será o fogo que purificará as almas, porém é necessário nos convertermos para que não pereçamos, mas cresçamos na terra fértil da fé e do amor.
Postado por Pe. Antonio Gouveia
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