terça-feira, 7 de maio de 2013

JESUS PALAVRA DE VIDA

          A 1ª leitura do 6º domingo da Páscoa tirada de Atos dos Apóstolos, nos apresenta Paulo e Barnabé importantes missionários, acolhendo àqueles que vinham do paganismo "Nós os apóstolos e anciãos vossos irmãos, saudamos os irmãos vindo do paganismo...", não querendo lhes dar nenhum fardo, mas sim apresentar-lhes as boas novas em nome de Jesus Cristo. Assim a igreja vai sendo edificada na medida em que algumas dificuldades iam sendo superadas.
          O refrão do salmo 63, indica que todos os que acolhe a boa nova pregada pelos apóstolos na 1ª leitura, glorificam o poder de Deus "Que as nações vos glorifique Ó Senhor!". torman-se um povo ,uma nação
          Na 2ª leitura, a visão de João, é uma cidade Santa, aquela construída na Boa Nova, edificada na própria palavra de Deus, guardada com esplendor majestoso de Deus todo poderoso, que é a própria luz surgindo do cordeiro, o mesmo João que contempla a cidade santa existindo na glória de Deus cercado por anjos escreve o evangelho.  Dá um destaque todo especial para a palavra dizendo: "Se alguém me ama, guardará minha palavra", podemos nos remeter para o princípio onde o verbo (palavra) organizava o caos, também na palavra que se desdobrava no Fiat criacional , ainda na palavra enquanto carne que em Jesus Cristo vem habitar no nosso meio.  Guardar a palavra de Deus é deixar que a calmaria se estabeleça em nós, e o caos interior de cada pessoa seja organizado, é deixar que a criação de Deus nos renove a cada dia, levando-nos a um novo caminhar, uma conversão cotidiana ,é deixar que Cristo perpasse a existência humana.
          João também afirma que o Pai fará morada em quem guarda sua palavra, na verdade somos convidados a nos lembrar-mos de que somos templo, morada do Espírito Santo, aquele que João apresenta como defensor enviado no nome de Jesus, Ele virá porque a palavra de Deus foi acolhida  é exatamente esta palavra que Ele nos faz recordar, o Espírito é defensor  nos introduz numa realidade de paz que vem do próprio Jesus, esta é envolvente, restabelecedora, exatamente porque não é a paz do mundo, passageira, sem efeitos permanentes, esta oferecida por Jesus, segundo o evangelista João nos livra das perturbações, das dúvidas, gerando naquele que a acolhe intimidade, experiência com o Pai que nos cria, com filho Jesus, que nos redime, com Espírito defensor que nos ensinará a confiança, ao recordamos as palavras verbalizadas por Jesus e guardada naquele que a ouve.
           Jesus tranquiliza o coração dos seus quando diz "Vou, mas voltarei". O sinal daquele que fica na expectativa do retorno do mestre é o amor,  a alegria vinda do tesouro guardado: A PALAVRA, não simplesmente o som, mas  Cristo encarnado na experiência cotidiana dos que ansiosamente espera a volta daquele que foi para o Pai. Esperamos  Cristo com a conversão cotidiana, formando comunidades vivas e atuantes, edificando nossa existência na palavra de Deus que se encontra conosco no único e eterno sinal perpétuo da misericórdia divina, diante de nossos olhos: A Eucaristia, o pão que é corpo, carne, sangue, vida, divindade do Jesus amoroso, que dando-se a nós na santa comunhão, nos enche de esperança, alegria, paz e fé, apontando para nós o caminho da Jerusalém celeste, a cidade que brilha na glória de Deus  que abriga todas as nações onde eternamente o glorificarão, o poder, a honra e a majestade de Deus o Senhor da nossa história.

Padre Antônio Gouveia.

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