Os relatos registrados na bíblia descrevem fatos, acontecimentos, dos seres humanos que buscam à Deus, meio ao cair e levantar-se, derrotas e conquistas, é neste ambiente que Deus intervem com sua força de criador, como nos ensina São Paulo em (1Cor 15,46), "Mas não é primeiro o espírito e sim o animal depois o espiritual".
Ao socorrer-nos em nossa fraqueza, somos reanimados no espírito, Deus vem ao encontro de nossa fragilidade, vem para caminhar conosco nas encruzilhadas da vida. Os fatos registrados nas Sagradas Escrituras, vivenciados por personagens que experimentam a ação de Deus no dia-a-dia, devem ser compreendidos, vistos com o olhar da fé, só dessa forma podemos sentir, entender o agir de Deus nos comunicando o seu amor, pois é somente para a pessoa que Deus fala, o seu modo de operar vai ser entre as pessoas, envolvendo as pessoas, eu, tu, ele, nós, a comunidade humana.
Entre tantos acontecimentos descritos na bíblia, temos o relato de uma família que aparece no livro de genesis, o livro das origens do mundo, da humanidade. A citada família é composta por Isaac e Rebeca sua esposa, seus dois filhos Esaú e Jacó. Não podendo ter filhos, Isaac e Rebeca fazem um pedido orante à Deus para os terem; Deus os ouviu, ela gerou gemeos, porém já no ventre de Rebeca os dois brigavam entre si, isto para dizer à nós que na origem a humanidade já está em conflito.
Entre tantos acontecimentos descritos na bíblia, temos o relato de uma família que aparece no livro de genesis, o livro das origens do mundo, da humanidade. A citada família é composta por Isaac e Rebeca sua esposa, seus dois filhos Esaú e Jacó. Não podendo ter filhos, Isaac e Rebeca fazem um pedido orante à Deus para os terem; Deus os ouviu, ela gerou gemeos, porém já no ventre de Rebeca os dois brigavam entre si, isto para dizer à nós que na origem a humanidade já está em conflito.
O primeiro a nascer foi Esaú cujo nome significa peludo, era tido como ruivo (avermelhado mais para o moreno) por isso tinha o apelido de Edom que quer dizer vermelho da cor da terra. Este era o preferido de seu pai Isac. O segundo filho a nascer foi Jacó, que segurou o calcanhar do primeiro como que querendo evitar seu nascimento.
O nome Jaco significa suplantador, usurpador. Ambos eram diferentes no físico e no caráter; Esaú tornou-se caçador, era grosseiro, dado à festas e orgias, materialista, buscava o prazer pelo prazer, mas era o preferido de seu pai, pois trazia carne de caça para sustentar a casa. Jacó era bondoso, refinado, manso, caseiro, o preferido de sua mãe Rebeca, por ser o segundo a nascer não tinha a benção primogenita do pai, que por direito esta benção pertencia a Esaú, ele ocuparia o lugar do pai, esta realidade entristecia a Jacó, o mesmo sentia-se humilhado.
A partir desses fatos a vida desta família fica dividida, filhos divididos, o pai Isac prefere Esaú, a mãe Rebeca prefere Jacó. Não é o primeiro conflito familiar, pois os filhos do casal Adão e Eva conhecidos como Caim e Abel brigavam entre si , neste caso houve o fratricídio, o primeiro da terra. Será que a história se repete em Esaú e Jacó?. Se na primeira família o invejoso era Caim, na família de Isac e Rebeca, o invejoso é Jacó, por causa da progenitura que repousava em Esaú o preferido do pai,desprezava a jacó.
A desavença entre os dois, deve ser compreendida como a desavença da humanidade, sobretudo entre duas nações, dois povos distintos que se originam de cada um dos irmãos. Os Edomitas cuja origem é Esaú e os Israelitas cuja origem é Jacó, não são dois irmãos em conflito, mas a humanidade marcada por guerras, prepotências, invejas. O desfecho desta desunião se dá quando Esaú, tomado pela fome sente-se dominado por um prato de lentilha preparado pelo caseiro Jacó, que troca o seu prato de comida pelos direitos que residia na primogenitura de Esaú. O que fica de lição para nós? O forte peludo, robusto Esaú se torna frágil, pequeno diante da fome, não tem disciplina para enfrentar esta situação, cego não observa a grandeza da benção, o amor do pai, abre mão de valores espirituais, divinos, para sanar a fome.
O delicado Jacó, é o contrário, apresenta-se forte nesse momento, reconhece a grandeza, o valor da benção e cede o seu alimento para ter algo maior do que um prato de lentilha, é com esta moeda que Jacó conquista a benção. No futuro vamos ter um comportamento de fraqueza presente em Judas, que vende a confiança, o amor que tinha por Cristo, olhando bem para Esaú, Caim e para Judas, devemos tomar cuidado para não abrirmos mão das coisas de Deus, trocá-las por banalidades a ponto de perder a nossa filiação divina, não há nada neste mundo comparável ao que Deus reserva para nós. São Paulo na carta aos Hebreus, enriquece o seu discurso catequético usando o acontecido com Esaú, "Que não haja entre vós ninguém sensual, mem profanador como Esaú que, por um prato de comida, vendeu seu direito de primogenitura" (Hb 12,16).
Jacó ajudado pela mãe Rebeca, conquista a benção que Deus concedeu a Esaú, benção que o mesmo não quis, enquanto Esaú caçava, Rebeca orienta que Jacó faça um cozido, leve ao pai moribundo que cubra sua mão com pelo de cabra, a estenda em direção do pai, para que ele o toque e veja que é peludo como Isac, e assim lhe abençoe.
Enganado o pai moribundo abençoa Jacó, pensando que é Esaú, depois da benção concedida, não pode ser retirada; ao saber disto Esaú se revolta, promete matar Jacó, este foge, trabalha sete anos para casar com Raquel filha de Labão, que o acolhe na fuga, mas foi enganado pelo mesmo (quem engana é enganado), recebe Léa a filha mais velha que segundo a tradição devia casar-se primeiro. Trabalha mais sete anos para depois casar-se com sua preferida Raquel. Ainda tem de lutar com o anjo que é Deus, esta luta representa a prepotência, a arrogância humana que quer medir força com Deus, querendo muitas vezes caminhar à distância do mesmo, é o combate espiritual do homem com o divino.
Jacó foi ferido na coxa, ficou manco, com este fato, compreendemos que Deus determina o caminhar humano, depois disso foi abençoado por Deus, recebe um novo nome ISRAEL e gera doze filhos: Ruben, Semeão, Levi, Judá, Zebulon, Issacar, Dan, Gade, Asser, Jose, Efraim e Nafatali, origina as doze tribos e Israel; Esaú casa-se com tres esposas: Ada, Oolibama, Bassemate e gera cinco filhos: Elefazer, Jeus, Jalão, Coré, Revel. Os dois irmãos depois de muitos conflitos se encontram se perdoam, fazem as pazes.
Assim é a história dos povos, das nações, de todas a humanidade, cair, levantar, brigar, perdoar, mas sobretudo observar as oportunidades e não desperdiçá-las como fez o caseiro e sensível Jacó, preferido por Deus. Esaú despezou de forma torpe, vulgar, os valores divinos de sua progenitura. Busquemos á Deus com fervor, com fé para que os nossos instintos selvagens sejam abrandados, que Deus nos dê sabedoria, conhecimento para abraçarmos as realidades celestes, divinas. Diante desta história com quem parecemos mais???
Pe. Antonio Gouveia
A partir desses fatos a vida desta família fica dividida, filhos divididos, o pai Isac prefere Esaú, a mãe Rebeca prefere Jacó. Não é o primeiro conflito familiar, pois os filhos do casal Adão e Eva conhecidos como Caim e Abel brigavam entre si , neste caso houve o fratricídio, o primeiro da terra. Será que a história se repete em Esaú e Jacó?. Se na primeira família o invejoso era Caim, na família de Isac e Rebeca, o invejoso é Jacó, por causa da progenitura que repousava em Esaú o preferido do pai,desprezava a jacó.
A desavença entre os dois, deve ser compreendida como a desavença da humanidade, sobretudo entre duas nações, dois povos distintos que se originam de cada um dos irmãos. Os Edomitas cuja origem é Esaú e os Israelitas cuja origem é Jacó, não são dois irmãos em conflito, mas a humanidade marcada por guerras, prepotências, invejas. O desfecho desta desunião se dá quando Esaú, tomado pela fome sente-se dominado por um prato de lentilha preparado pelo caseiro Jacó, que troca o seu prato de comida pelos direitos que residia na primogenitura de Esaú. O que fica de lição para nós? O forte peludo, robusto Esaú se torna frágil, pequeno diante da fome, não tem disciplina para enfrentar esta situação, cego não observa a grandeza da benção, o amor do pai, abre mão de valores espirituais, divinos, para sanar a fome.
O delicado Jacó, é o contrário, apresenta-se forte nesse momento, reconhece a grandeza, o valor da benção e cede o seu alimento para ter algo maior do que um prato de lentilha, é com esta moeda que Jacó conquista a benção. No futuro vamos ter um comportamento de fraqueza presente em Judas, que vende a confiança, o amor que tinha por Cristo, olhando bem para Esaú, Caim e para Judas, devemos tomar cuidado para não abrirmos mão das coisas de Deus, trocá-las por banalidades a ponto de perder a nossa filiação divina, não há nada neste mundo comparável ao que Deus reserva para nós. São Paulo na carta aos Hebreus, enriquece o seu discurso catequético usando o acontecido com Esaú, "Que não haja entre vós ninguém sensual, mem profanador como Esaú que, por um prato de comida, vendeu seu direito de primogenitura" (Hb 12,16).
Jacó ajudado pela mãe Rebeca, conquista a benção que Deus concedeu a Esaú, benção que o mesmo não quis, enquanto Esaú caçava, Rebeca orienta que Jacó faça um cozido, leve ao pai moribundo que cubra sua mão com pelo de cabra, a estenda em direção do pai, para que ele o toque e veja que é peludo como Isac, e assim lhe abençoe.
Enganado o pai moribundo abençoa Jacó, pensando que é Esaú, depois da benção concedida, não pode ser retirada; ao saber disto Esaú se revolta, promete matar Jacó, este foge, trabalha sete anos para casar com Raquel filha de Labão, que o acolhe na fuga, mas foi enganado pelo mesmo (quem engana é enganado), recebe Léa a filha mais velha que segundo a tradição devia casar-se primeiro. Trabalha mais sete anos para depois casar-se com sua preferida Raquel. Ainda tem de lutar com o anjo que é Deus, esta luta representa a prepotência, a arrogância humana que quer medir força com Deus, querendo muitas vezes caminhar à distância do mesmo, é o combate espiritual do homem com o divino.
Jacó foi ferido na coxa, ficou manco, com este fato, compreendemos que Deus determina o caminhar humano, depois disso foi abençoado por Deus, recebe um novo nome ISRAEL e gera doze filhos: Ruben, Semeão, Levi, Judá, Zebulon, Issacar, Dan, Gade, Asser, Jose, Efraim e Nafatali, origina as doze tribos e Israel; Esaú casa-se com tres esposas: Ada, Oolibama, Bassemate e gera cinco filhos: Elefazer, Jeus, Jalão, Coré, Revel. Os dois irmãos depois de muitos conflitos se encontram se perdoam, fazem as pazes.
Assim é a história dos povos, das nações, de todas a humanidade, cair, levantar, brigar, perdoar, mas sobretudo observar as oportunidades e não desperdiçá-las como fez o caseiro e sensível Jacó, preferido por Deus. Esaú despezou de forma torpe, vulgar, os valores divinos de sua progenitura. Busquemos á Deus com fervor, com fé para que os nossos instintos selvagens sejam abrandados, que Deus nos dê sabedoria, conhecimento para abraçarmos as realidades celestes, divinas. Diante desta história com quem parecemos mais???
Pe. Antonio Gouveia
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