O Evangelho de São Lucas 9-18;24, é proclamado na missa dominical do 12º. domingo do tempo comum, ano C para iluminar nossa caminhada espiritual. Nos deparamos com um momento orante de Jesus em lugar retirado junto com os seus discípulos, algo muito comum na vida de nosso salvador, ao retirar-se para a oração, deixa-nos este exemplo. "Não podemos possuir a oração pura, estando perturbado com as coisas materiais, e agitado por inquietações contínuas, pois a oração é o abandono do pensamento" (Evângrio Prôntico - monge aceta 399), esta era a prática de Jesus, abandonar-se completamente em si mesmo, de forma onisciente, onipresente, onipotente, para encontrar-se com as necessidade daqueles que lhes foi confiados, "Pai rezo por eles; não pelo mundo, mas por aqueles que me deste, por que são teus"(Jo-17,9), assim Jesus prescrutava na profundidade de sua oração a existência humana, não a sua, mas de todos aqueles que estavam aos seus cuidados, mergulhava na pobreza da criatura, rezava não para si, mas colocava no centro de seu clamor, seu amor a fraqueza humana, a tibieza da alma, a dureza do coração, a contrição dos pecadores, muitas outras deficiências se tornava motivo de orações, meditada em favor dos homens e mulheres, durante seus momentos de intenso abandono orante.
Após um longo período de preces benéficas frutuosa para o mundo, para o humano, Cristo, como que retornando para a nossa situação pergunta aos seus discípulos: "quem diz o povo que eu sou", Jesus não está preocupado com a sua imagem, pois ele tem plena consciência da sua missão, do seu Ser, o que de fato ele quer saber é se o povo o estava compreendendo, aceitando sua palavra, acolhendo-a na mente, no coração, os discípulos que de forma comum se aproximavam do povo, sabiam o que eles pensavam.
Certamente Jesus percebera a dificuldade de compreensão, pois o mesmo falava de realidades sublimes até então desconhecidas - a boa nova da salvação que é o evangelho - através das respostas Jesus se doaria de forma esmerada, caridosamente com sua pedagogia amorosa, com dinâmica inclusiva, afim de fazer-se acolhido de forma direta, simplesmente para que todos abraçassem seus ensinamentos, os praticassem, surge as respostas: dizem que és João Batista, Elias, um profeta antigo ressuscitado. Com isso podemos perceber que o povo via em Jesus a continuidade da palavra pregada anteriormente, pois ele foi comparado aos maiores nomes da tradição: João Batista, Elias e os profetas.
"A fonte acessível, à casa de Davi que serve para a ablução e purificação", o profeta Zacarias na primeira leitura, destaca a casa de Davi pre-descendente de Jesus, revelando o futuro do povo de Deus, como destinatários da graça, da oração do nosso salvador: "O que vale não é mais ser Judeu, nem Grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher, pois todos vós sois um só em Jesus Cristo". (Gl-3,28), é este o Cristo anunciado por paulo na segunda leitura, que une a todos, revestindo-os com o batismo em si."Vos todos, que fostes batizados em Cristo, vos revestistes do Cristo"(Gl-3,27).
Jesus pergunta agora aos seus, "e vos, quem dizeis que eu sou"? São Pedro responde: "O Cristo de Deus" Uma proibição expressa de Jesus ao grupo, "Não contem isto a ninguém". Na verdade ao pedir que não contassem acerca do Cristo de Deus, ele quer que todos, cada um faça essa descoberta, investigando a si mesmos, confrontando as suas vidas com ele Jesus. "O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes, doutores da lei, deve ser morto, ressuscitar ao terceiro dia". (Lc-9, 22)
Qual o motivo de tanta rejeição?, rejeitado pelos anciãos que são os mais velhos no poder, sabemos o motivo, é o jeito novo de Jesus comunicar-se, estar com o povo, acolhe-los, seu jeito especial de amar, dar carinho, atenção à todos através da delicadeza de seus gestos, suavidade de suas palavras, música divina a ouvidos tão calejados, surdos, devido o autoritarismo arrogante dos anciãos.
Rejeição vinda dos sacerdotes, classe responsável pelo culto, que devia servir para libertar, tranquilizar, purificar, remir os pecados, as culpas das pessoas, algo que não acontecia, porque se prestavam apenas para ritualizar, teatralizar a fé, recolher o dízimo, desfrutar do ofício sacerdotal. Jesus nunca foi de tradição sacerdotal, mas celebrava um culto de amor, concedendo o perdão, misericórdia, reunindo todos, celebra fora do templo, leva o povo para Deus, tocando a alma, curando as feridas, realizando tudo isso de graça, suas regras, normas, não escravizam, mas liberta, Jesus é o sacerdote simples que partilha o pão, o vinho, seu corpo e seu sangue, dá sua vida para todos, está junto do povo.
Rejeição vinda dos sacerdotes, classe responsável pelo culto, que devia servir para libertar, tranquilizar, purificar, remir os pecados, as culpas das pessoas, algo que não acontecia, porque se prestavam apenas para ritualizar, teatralizar a fé, recolher o dízimo, desfrutar do ofício sacerdotal. Jesus nunca foi de tradição sacerdotal, mas celebrava um culto de amor, concedendo o perdão, misericórdia, reunindo todos, celebra fora do templo, leva o povo para Deus, tocando a alma, curando as feridas, realizando tudo isso de graça, suas regras, normas, não escravizam, mas liberta, Jesus é o sacerdote simples que partilha o pão, o vinho, seu corpo e seu sangue, dá sua vida para todos, está junto do povo.
Os doutores da lei também o odiavam, eram meros juridicistas, profissionais da obrigatoriedade, exigiam dos outros o cumprimento da lei, os mesmos não as cumpriam, a causa da rejeição à Jesus é que ele veio dar pleno cumprimento à lei, sem revogá-la, a reveste de amor, ternura, compaixão, ele é o novo legislador para os estropiados, cansados, para os pecadores, aleijados, viúvas, empobrecidos, aprisionados na lei dos homens, pois a lei pregada, vivida por Jesus os liberta. É portanto, por causa da delicadeza, dinâmica, amor aos mais fracos, atitudes inclusiva de Jesus, que os anciãos, sacerdotes, doutores da lei, o rejeitavam, como mesmo profetizara Jesus.
Esses três grupos, embravecidos pela prática fraterna de Jesus, tramam, armam, concretizam a morte do divino mestre. O que morre de fato é:
- lei antiga, petrificada nos anciãos encarquilhados, rabugentos;
- culto sem vida, sem efeito de fé, oficializados por sacerdotes entristecidos e sem compromisso com a caridade;
- doutores da lei, a lei sem efeito, aplicadas pelos que não tinham solidariedade com os pobres, pecadores, por isso não serviam para nada a não ser para intimidar, oprimir o povo, tudo isso foi levado à morte no Cristo, essas formas de pecado muitas outras.
No terceiro dia Cristo ressuscitará, podemos nos remeter aos três primeiros dia da criação do mundo:
- primeiro dia, a luz é criada, ao ressuscitar, toda natureza recebe uma luz radiante que agora guia a comunidade humana por novos caminhos;
- segundo dia, o firmamento que é o céu, com a ressurreição de Cristo o céu é destinado para todos e todas;
- terceiro dia, a terra com toda variedade de cores, cheiros, sabores, criaturas de todas as espécies; na ressurreição, uma nova terra, um novo homem passa a existir no clarão de Cristo ressuscitado, nova luz, novo céu, nova terra, nos diz Lucas, chega até nós com a ressurreição.
"Se alguém me quer seguir renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perde-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará". (Lc-9,29). Jesus convida todos a segui-lo de uma forma corajosa, com renuncia a si mesmo, com a cruz de cada dia. Aqueles que vivem sem renunciar a si mesmos, tornam suas vidas fúteis, esquecendo a cruz buscando viver comodamente, querendo salvar a vida de forma egoísta, simplista, sem Deus, sem compromisso com o outro, lamentavelmente vai perde-la.
Afirma Jesus. Já aquele que vive na angustia por amor à Deus, que sofre humilhação por causa da fé, é perseguido por causa da Igreja, Una, Santa, Católica, vivem na loucura de abraçar a cruz enfrentando o sofrimento por causa dos ensinamentos, gerando realidades cristãs, como a paz o perdão se tornam santos aos olhos de Deus, carolas para quem não conhecem a fé, são atormentados cotidianamente, mas não vencidos, estes é que se salvam.
Afirma Jesus. Já aquele que vive na angustia por amor à Deus, que sofre humilhação por causa da fé, é perseguido por causa da Igreja, Una, Santa, Católica, vivem na loucura de abraçar a cruz enfrentando o sofrimento por causa dos ensinamentos, gerando realidades cristãs, como a paz o perdão se tornam santos aos olhos de Deus, carolas para quem não conhecem a fé, são atormentados cotidianamente, mas não vencidos, estes é que se salvam.
Lucas nos apresenta Jesus muito íntimo do ser humano, "O Filho do Homem", cuja proximidade se dá por sua geração no seio da Santíssima Virgem Maria, São José pai boníssimo de Jesus, esses dois ajudam compreender e identificar Jesus como aquele que está com os seres humanos.
Quem é Jesus pra você!?.
Pe. Antonio Gouveia
Quem é Jesus pra você!?.
Pe. Antonio Gouveia
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