sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ADVENTO TEMPO DE DEUS, PRESENTE PARA HUMANIDADE

  É  ADVENTO! CELEBREMOS!

               Advento é uma palavra latina que significa chegada, é um período de expectativa, um tempo de caráter religioso onde somos convidados a esperar algo novo, benéfico, como é o caso de se aguardar o nascimento de Jesus. O advento nos prepara para celebrarmos o natal, um período místico, com profundo valor religioso repleto de misericórdia, piedade, devoção. Nos tempos antigos durante o advento se praticava o jejum, abstinência, uma intensa vida de oração.
              Nos fins de século VII, este costume é reinterpretado, assume uma caráter escatológico (algo que diz respeito a nossa salvação), é compreendido como um tempo espiritual, que nos prepara para a vinda do Senhor, tornando-se como o momento de necessidade para o ser humano e toda a natureza, pois tudo, todos existem em Deus.
          Aparece nesse tempo os mais puros exemplos confiança em Deus o criador, a começar pela Virgem Maria, que espera e confia em Deus; São Jose, aquele que será o guardião do tesouro de Deus na terra, Jesus; São João Batista, grande missionário que convoca todos para preparar os caminhos pelos quais o Senhor passará, ou seja, nossos corações; a igreja com sua catolicidade e unicidade.
               O advento mostra claramente a urgência da missão que se cumpre na espera, não como algo estático, mas uma espera em movimento, atitude, expectativa, um lugar onde devemos celebrar, cantando, rezando, meditando a palavra de Deus, que é a própria luz, o fogo crepitante que rompe as trevas, destruindo tudo o que nela reside, dissipando o mal, forjando o bem.
            Na noite em que o verbo foi soprado, junto desse sopro divino o hálito da vida, refrigerando tudo e todos, aconteceu a revelação do sorriso de Deus presente no pequeno ser o menino Jesus que veio alegrar a humanidade, enchendo a "anima" (alma) do ser humano com uma esperança de possuir reino de Deus. Com uma visível, viva espiritualidade, o advento nos convida à práticas que devemos viver, por exemplo: 

  • A vigilância, presente na figura de São João Batista, que nos remete à nossa própria condição de criaturas necessitadas, da grandeza do criador, vigiar sempre. 
  • A alegria presente na atitude da Virgem Maria, que canta "minha alma se alegra no Senhor e exulta meu espírito em Deus meu salvador", também nós simples mortais, devemos nos alegrar, pois Deus que vem é o Emanuel "Deus Conosco", nos envolve com sua obra, nos faz partícipes de seu poder. 
  • A esperança, a certeza de um futuro promissor, um bem que vence o mal, um Deus que nos abraça. 
  • A pobreza, não no sentido material, mas como seres que dependem de Deus, pois o mesmo nos enriquece, nos dar força espiritual, hálito de vida, a própria eternidade, que desde já é presença em nosso existir. 
  • A conversão, necessidade de cada dia aproximarmo-nos de Deus, mudar nossa conduta para melhor. Nos deixar conduzir na graça, no amor que vem até nós por Jesus Cristo, caminho, verdade e vida. 
  • A oração, experiência do envolvimento no todo, que é Deus. Essa prática deve ocupar a maior parte do nosso tempo, rezar, confiar, esperar sempre com alegria, esta é a mística do terceiro domingo do advento.
  • A santa obediência de são José, o justo pai terreno do filho de Deus. 
              Quando no advento a liturgia usa a cor rosa nas vestes sacerdotais, no ambão, nas discretas flores, indica o "gáudio" que é a alegria, força revitalizadora que brota da centralidade do mistério que é Deus, derramado como orvalho na aridez dos corações humanos, a alegria é fartamente semeada, afim de que brote vida em plenitude; "Alegrai-vos sempre no Senhor" esta é a proposta do advento, recorramos aos santos intercessores que esperaram confiantes: Virgem Maria, São Jose, São João Batista, Santa Izabel, São Zacarias, São Simão, Santa Ana e São Joaquim ... que não nos deixem desanimar, pois o prometido virá, basta esperar.

Pe. Antonio Gouveia

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O REINO DE DEUS JÁ ESTÁ NO MEIO DE NOS


                  A igreja una santa católica proclama a realeza de Cristo o adora como Rei eterno; reconhecendo sua majestade ."Seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino é um reino que não se dissolverá" (Dn.7,14) esse reinado rompeu, romperá sempre com o natural, sobressaindo-se das coisas, para entrar na realidade espiritual. Na realeza do Pai o filho legisla. É Rei com autoridade, amor, misericórdia, em comunhão com o Espirito Santo definido por ele mesmo como Defensor desse reino edificado por Cristo nos homens e mulheres de fé.
                 Na disposição do supremo Criador, o filho é amado, adorado por muitos na terra, aclamado eternamente pelos anjos no céu. Restaura tudo, todos, seu reinado é de libertação pois as criatura cativas ingressão na soberana liberdade para servir, glorificar, hoje e sempre a suprema majestade revestida de poder e gloria. Poder: é o amor que destrói o mal, essa é a vestimenta real, que como um manto se derrama sobre tudo. A gloria: é a oferta sublime é a unção que nosso eterno e bom pai através do seu sublime filho Jesus Cristo derrama profusamente sobre tudo e todos, assim somos resgatados para sempre da garras das trevas e levados ao Rei da luz.
               Sabes o por que desse ato estrondoso que rompe as trevas, detona o pecado, eleva o pobre o abatido destrói o mal e seu mentor? porque "Deus é rei e se vestiu de majestade" para viver na humanidade, com a humanidade através de seu filho, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, soberano de todos os reis, ele nos libertou com o seu poderosíssimo sangue esse foi o eterno decreto de libertação e criação do novo reino, o de sacerdotes para glorificar nosso Deus Pai, no Espirito Santo, em Jesus o Cristo, Alfa e Omega, aquele que desde sempre é, foi, será o todo Poderoso.
                 O reinado de Jesus foi gerado no sacrifício de amor. Não foi conquistado através de conchavos políticos, tráfegos de influencia, mentiras... outras atitudes que marcam o poder nesse mundo de morte, desigualdades, misérias, fome, dor, morte, corrupção... O conceito de rei enquanto figura politica deve ser ignorado quando o termo Rei é associado a Jesus, por que? porque, ele é a autentica testemunha da verdade! Ao ser vítima é também oferta agradável para Deus, é humilhação para satanás e todo seu reinado de trevas. O reino de Jesus não é desse mundo, porem já, aqui, agora, na vida de cada batizado, batizada, homem, mulher o reino de Cristo se faz realidade. Sua imagem é a Igreja, aquela da perfeita caridade, do perdão, misericórdia, compaixão com, pobres e desvalidos que grita pela paz e a promove, igreja que deseja cada dia se distanciar do poder e se aproximar do servir. 
                Todo rei tem suas credenciais, faixas, palácios, coroa, cetro, discurso, trono... Jesus como rei também tem suas credenciais, uma unica túnica, sua coroa um emaranhado de pontiagudos espinhos, sua veste foi todo seu corpo dilacerado, seu trono a cruz, o manto real, seu próprio sangue, as saudações de boas vinda ao seu reinado foram grossos pregos cravando-lhes mãos, pés, o brinde inaugural de seu reinado foi um cálice amargo de fel, a aclamação foi vaias deboches, seu discurso de posse foi "Pai perdoa-lhes eles não sabem o que fazem" dessa forma o reino de Deus foi, é forjado entregue ao seu filho, que generosamente o deposita na minha, na sua, na vida de todos que se fazem discípulos, discípulas, seguidores, seguidoras de Cristo Rei e Senhor do universo.

Pe. Antonio Gouveia

sábado, 14 de novembro de 2015

GLORIA ETERNA


O evangelho do trigésimo terceiro T.C ano B (Mc. 1324-32) descreve Jesus alertando seus discípulos, sobre sua segunda vinda. Esse acontecimento incidirá sobre realidades como morte, juízo, inferno, paraíso, as forças do céu, da terra serão abaladas. As almas dos bons e dos maus receberam do filho do altíssimo o destino, uns despertarão para vida eterna, outros para o opróbrio eterno, "Deus não nos ameaça com o inferno porque quer condenar-nos, mas para que nós livremos-nos dele" (São João Crisóstomo)
Durante essa manifestação sobrenatural do justo Juiz, a justiça será derramada para alegria de uns, o céu para tristeza de outros o inferno "o inferno é o sofrimento eterno, que consiste na privação de Deus, nossa felicidade, e no fogo com todos os outros males sem bem algum." (São Pio x), Jesus voltará trunfante, glorioso revestido de poder e majestade, para todos julgar. Uma grande tribulação marcará esse acontecimento, o sol vai escurecer, a lua perderá o brilho, as estrelas cairão. Tudo será ofuscado, abalado as realidades naturais ficarão sem forças, os grandes astros do universo se apagarão diante do inefável brilho gloriosíssimo do filho de Deus, que em sua vinda majestosa aplicará sua justiça.
Os eleitos de Deus serão reunidos pelos anjos, postos diante de Deus e seu filho. Para a glória dos justos esse dia será radiante, repleto de felicidade. "muitos dos que dormem no pó da terra despertarão para a vida eterna", as almas dos justos, santos, que repousam no solo criado por Deus, o pó da terra, triunfantemente serão despertos com a suave voz do justíssimo Senhor, Juiz dos séculos, dos tempo "Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo." (Mt 25-34), esses brilharão no firmamento como estrelas por toda eternidade, como em dia de eterno verão, tudo será restaurado o odor de santidade os envolverá, receberão delicias eternas e felicidades sem limites. "O Céu é o gozo eterno de Deus, nossa felicidade e nele a posse de todos os outros bens sem mal algum; e merece o Céu quem é bom, isto é, quem ama e serve fielmente a Deus e morre na sua graça". (São Pio x).
As almas que suportando tribulações sustentam a fé com o coração aberto aguardam, esperam o Cristo, Eterno Supremo Juiz, não serão entregues à morte não conhecerão a corrupção "Bem Aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5,8). Louvemos, agradeçamos ao nosso bom Deus que através de sua eterna palavra nos alerta quanto o dia do juízo. Com humildade abramos nossa alma para  eternidade preparemo-nos para esse grande dia. .

Pe. Antonio Gouveia

sábado, 7 de novembro de 2015

UM PROFETA, DUAS VIUVAS E JESUS

          

Reza a oração da coleta da missa trigésimo segundo domingo do tempo comum ano b "Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstaculo para que inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço"
(Mr.376), em conformação com essa prece que a santa igreja eleva à Deus estão as leituras:
-O profeta Elias, sinal de vida na aridez da seca.
-A viúva, sinal de partilha.
-Deus age com misericórdia não deixando faltar alimento.
-O pleno sacerdócio de cristo, fonte, origem do sacerdócio comum e ministerial.
-A corajosa e autentica observação de Jesus que condena a opulência religiosa, elogia a simplicidade e o despojamento da pobre viúva
O profeta Elias cujo nome significa "meu Deus é o Senhor", foi um feroz opositor de Acabe
-873-853. A.C, rei rebelde, duro de coração, que permitiu por influencia de sua mulher Jezabel permitiu adoração ao deus Baal, deus da chuva, paganismo, suprimiu a lei de Deus... Elias convocava o povo para ser fiel a Deus, sua santa lei, por essas atitudes em defesa do monoteísmo, foi perseguido por o tal rei Acabe. O episodio da primeira leitura (1Rs-17,10-16) tem como cenário um forte período de seca, fome, morte e descreve o santo profeta Elias fugindo da fúria de Acabe, a mando de Deus vai a cidade de Sarepta, lá por providencia Divina Deus usa uma viúva que partilha o pouquíssimo alimento entre ela, seu filho e o profeta. A partilha se torna na vida dessa viúva um forte sinal de Deus, pois nunca mais faltou-lhes alimento, até o fim da seca. A bondade de Deus é uma torrente, fonte viva auxilio, socorro na secura dos tempos, para os que nele confia.
Reza o salmo "Bendize minha alma bendize ao Senhor"
(Sl-145) bendigamos a Deus em Cristo sacerdote eterno ele ascendeu ao céu no próprio sacrifício de amor, diante de Deus age em nosso favor, irriga as almas secas com seu preciosíssimo sangue é a belíssima mensagem da segunda leitura (Hb- 9-24,28) mostra a generosidade Sacerdotal de Cristo "Ele é o sacerdote verdadeiro que sempre se oferece por nós todos". Os sacrifícios antigos, não tem mais eficacia, a redenção de Cristo plenifica os tempos com o eterno. Seu amor incorpora a humanidade em Deus fazendo-a participar do autentico sacerdócio de Cristo. Diante de tantas graça, respondamos com as boas obras, vivendo, testemunhando a santa palavra de Deus, suportando com paciências as provações no Espirito Santo. Servindo com alegria ao próximo, em Cristo Jesus.
O evangelho revela uma pobre viúva e a confiança na providencia divina, o maior dos tesouros. Jesus Cristo a elogia "Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmola" e faz um alerta contra aqueles que usam o templo, a religião, para se destacarem dos demais, com roupas vistosas, que buscam os primeiros lugares, gostam de serem cumprimentados, exploram as viúvas, o povo com longas orações, comportamento muito próprio dos fariseus e doutores da lei, uma religião como meio de sobrevivência, uma fé falsa que se esconde detrás de ritualismos, como os antigos sacrifícios oferecidos com sangue de animais.
Uma observação de Jesus; as multidões, ricos depositavam grandes quantias nos cofres, grandes ofertas para receberem grandes milagres, essa atitude mantinha o autoritarismo religioso dos doutores da lei, a boa vida sacerdotal, o vergonhoso comercio com o sagrado. Jesus percebe uma pobre velha sem identidade, invisível ao olhos de todos, mesmo estando no templo não foi acolhida, cumprimenta por ninguém, era uma marginal, uma paupérrima viúva que não chamava atenção, não tinha roupas vistosas, certamente ficara no ultimo lugar, mesmo nessas condições ela entra na fila do ofertório deu duas moedas de pouco valor.
Apagada para os demais essa viúva brilhava diante dos olhos do Santíssimo Redentor, que fita o interior, as retas intenções e profundidade da alma, no compreender de Jesus a pobre viúva deu a maior oferta, pois abrira mão do pouco que tinha para seu sustento. Ela só deseja Deus, o seu valiosíssimo e único tesouro. As duas viúvas é a perfeita imagem da humanidade, seca, sem vida, que precisa brotar da profecia e ser nutrida no Cristo. Deus nos conceda superar os obstáculos da aridez espiritual da viuvez perene e nos torne disponíveis e dedicados ao seu ao serviço.


Pe. Antonio Gouveia

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A JUSTIÇA, JARDIM CELESTE

              

A primeira leitura do livro da sabedoria (2,12.17-20) descreve o conflito entre o ímpio, simbolo do joio, e o justo simbolo, do trigo, ambos estão no mundo, na politica, na vizinhança, na família.... porem estão em guerra."Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio, o que serve a Deus e o que não serve"
(Ml.3,18)
No ímpio falta piedade, sobra maldade é um ser atormentado pela inveja, experimenta constantemente o desprazer de ver o justo vencendo, crescendo no jardim celeste semeado na terra por Jesus o filho de Deus, o justo é sempre vitorioso ainda que perseguido, isto revolta o impio, pois engana a si e Deus, age no impulso da maldade, esconde-se nos farrapos na carcaça de invejas, rivalidades, ódio, arma cilada contra o justo, que é revestido no poder de Deus, nunca o vence pois o justo é filho de Deus, só em Deus espera, vive na presença de Deus, Deus mesmo o defenderá, já o impio mais dias ou menos dias será derrotado.
Todas as investida, torturas do ímpio, apenas tem como finalidade fortalecer a serenidade, paciência do justo, lembre-se sempre disso. Fortalecido na esperança, sustentado em Deus, o justo caminha testemunhando a fé, desfrutando do auxilio divino. "É o Senhor quem sustenta a minha vida" reza o salmo da missa do vigésimo quinto domingo do tempo comum, com ele toda Igreja una, santa e católica, o povo de Deus:
Os da terra igreja peregrina mesmo em constantes e duras provações vindas dos orgulhosos, dos violentos, dos impiedosos, invejas, rivalidades, desordem, obras más, como nos diz São Tiago
(Tg 3,16-4,3). Para combater tais instintos demoníacos, Tiago propõe a sabedoria do alto, aquela que reside no justo e proporciona justiça, pois a mesma é pura, pacifica, modesta, conciliadora, sem fingimento, esperam sem desanimar em Deus, oferecendo-lhe um sacrifício de coração com alegria e louvor.
Da mesma forma a igreja celeste antes testada na provação, já purificada contempla a face de Deus e sua justiça; coragem! é para lá que caminhamos.
No evangelho a catequese de Marcos
(9,30,37) descreve Jesus atravessando a Galileia, caminho rumo ao sacrifício de Cruz, revelando aos seus discípulos a forma de como iria morrer, mas também falava de sua ressurreição o doce fruto de justiça. Os discipulos não compreendiam o que Jesus lhes falava, discutiam quem entre eles era o maior. Tomados pelo espirito das paixões carnais na cobiça, que nos fala Tiago, não ha como crescer, como acolher sabedoria do alto, queriam cada um ser maior do que o outro, as discussões vãs é um grave impedimento à escuta da palavra de Deus.
A busca por tal situação, vem do conflito interior, desejam o primeiro lugar, o destaque. O discípulo que busca ser o primeiro, sem consciência do servir, corre perigo de ser engolido pela impiedade. Na mentalidade de Jesus, maior, o primeiro é aquele que se dispõe servir a todos, como ele mesmo fez, lavando os pés dos discípulos, assumindo nossas dores, sendo luz... Para abrir o entendimento dos discípulos, também o nosso, Jesus mostra-lhes uma criança, simbolo da fragilidade, carente de amparo, proteção, é assim que Deus olha para todas as pessoas, as acolhe em sua infinita misericórdia.
Acolhamos da mesma, uns aos outros, nisso diz Jesus ,estaremos acolhendo Deus. A esperança simbolizada na criança crescerá. Cresça no mundo o reinado de Jesus ele é misericordioso, justo, pacifico, eterno conciliador. O tal almejado primeiro lugar será de todos. A impiedade assim como o impiedoso não terão força. Peçamos a interseção da santa virgem Maria de seu justíssimo esposo São José, para que sejam destruídas rivalidades, desordens, invejas, maldades... floresça nas famílias, vizinhança, comunidades, o amor, paz, caridade, acolhida em Cristo Jesus, só assim cuidaremos da justiça, jardim celeste na terra.


Pe. Antonio Gouveia

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

NÃO AO OPOSITOR

              



Marcos (8, 27-35) narra um dialogo entre Jesus e seus discípulos durante uma caminhada rumo ao povoado de Cesareia de Filipe. O que tem haver esse lugar com a narrativa?. Esse lugar, que antigamente chamava-se Panias foi uma região dedicada ao paganismo do antigo Israel.
Era um lugar destinado à adoração ao deus pã, um ser mitológico de origem grega metade bode, metade homem, quem não lhe deixasse oferendas seria atormentado perseguido, dai a origem do nome panico (medo) nos anos vinte A.C o rei Herodes, o grande, havia construído um templo nessa região em homenagem e divinização ao imperador Cesar Augusto, idolatria ao imperador que era visto como divino, era também uma pratica comum de paganismo.
A inimizade do ser humano com Deus é resultante do paganismo. Com a morte de Herodes, seu filho, Herodes Filipe, assume esse lugar, acrescentando seu nome à região: Cesareia de Filipe.
A graça de Deus se revela aos discípulos de Jesus, neste lugar onde a infidelidade, o paganismo prevaleceu, aí Jesus une os homens com Deus quebrando toda descrença, para semear amizade divina "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4). Sejamos ponte de amizade entre Deus e o humano, proclamemos o poderio de Jesus, ele está acima de tudo, de todos, foi elevado na cruz como vitima perfeita entre o céu e a terra, destruindo o mal com sacrifício redentor no amor.
Mesmo que essa obra redentora aconteça da pior forma possível, com sofrimento, desprezo, condenação, morte na cruz, escândalo para muitos, vergonha para uns, para Jesus Cristo é honra, para os pecadores salvação.
Foi nesse lugar que Jesus revelou-se aos discípulos. Profetizando rejeição, sofrimento que teria por parte dos anciãos, sumos sacerdotes, doutores da lei, também sua morte e gloriosa ressurreição.
Aí neste lugar que Pedro reconhecendo a divindade de Jesus o identifica como Messias, Salvador. Nesse lugar que lamentavelmente Pedro repreende Jesus tentando afasta-lo de sua missão, de testemunhar seu amor através da desumana, morte na cruz. A intenção de Pedro era proteger Jesus de tão grande suplicio, desonra... essa intenção de Pedro não agradou a Jesus, que também o repreende dizendo "Vai para longe de mim satanás! Tu não pensas como Deus e sim como os Homens"
O significado da repreensão de Jesus à Pedro, é a todos que opõe-se aos planos de Deus, por influencia do mal, é como satanás, opositor, adversário inimigo de Deus e dos homens, por um momento o mal se disfarçou de excessiva proteção á Jesus, nas palavras de Pedro, com finalidade de fazer Jesus desistir do santo sacrifício da imolação em favor dos pecadores. Tal repreensão deu a Pedro sabedoria que ele mesmo vai alertar os Cristãos contra a influencia do mal "Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós." (1Pedro 5:8;9).
Jesus percebeu o mal tentando causar oposição através de Pedro. É o próprio Satanás que é enxotado pela palavra e autoridade de Jesus, pois o mesmo antes irrito-se quando Pedro proclamou Jesus como Messias.
Pensar como os homens é pensar segundo a carne, é não se deixar conduzir no Espirito, com o Espirito, pelo o Espirito, é nesta condução que o discípulo encontra sentido para seguir Jesus, renunciando a si mesmo, tomando com coragem a cruz a ponto de perder á própria vida por causa de Jesus, da sua palavra o evangelho, foi o que aconteceu com Pedro, pois foi crucificado de cabeça para baixo, em Roma durante o reinado de Nero entre 64 e 67 depois de Cristo.
O demônio se opõe contra esse plano sobrenatural de Deus presente e realizado em Jesus. Quem é Jesus? é o servo sofredor descrito por Isaías "Ofereci as costas para me baterem, e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas" com essa atitude Jesus realiza a obra da salvação em favor de todos ao mesmo tempo ele semeia a fé. Obra e fé duas praticas que revelam a grandeza de quem esta sempre na presença do Senhor e se deixa conduzir na vontade de Deus.

Pe. Antonio Gouveia

sábado, 5 de setembro de 2015

OUVIR, FALAR E VIVER

       

O evangelho proclamado, pela igreja católica no vigésimo terceiro domingo do tempo comum, descreve Jesus curando um homem surdo que falava com dificuldade por isso tinha sua vida limitada. "Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão" (Mario Quintana) para quebrar o egoismo, falta de amor ao próximo resultante dos seus limites, surge Jesus em sua vida, (cap.7, ver.31,37). Através de Marcos sua catequese, podemos perceber que a surdez é um grande impedimento à proclamação, vivencia da palavra de Deus, pois quem não escuta, não pode falar, não pode praticar, "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus"(Romanos 10 : 17).
Marcos cita duas cidades Tiro e Sidônia, lugar de pagãos, terra de missão como nos dias atuais, portanto constatamos que há hoje muitos lugares de surdos à palavra de Deus. Ao curar o surdo Jesus lhe faz ouvir, experimentar o amor de Deus, perpassando-lhe o sentido da audição, anuncia- lhe o querigma. Façamos o mesmo com os surdos ao nosso redor.
Ao acolher esse pobre homem, Jesus se afasta da multidão, a sós lhe da toda atenção, certamente revelou-lhe o amor de Deus, escutou-o, sondou-lhe profundamente a alma, envolvendo-o em seu amoroso coração de bom pastor, age bondosamente em favor do pobre surdo, depois de impor-lhes as suas santas mãos, Jesus tocando-o, introduz o seu dedo nos ouvidos do mesmo, essa é a primeira parte do milagre: o toque, removendo toda sujeira que se alojara, através das falsas doutrinas, ensinamentos mentirosos, enganos...
A segunda parte desse milagre: a palavra, verbo de Deus. Jesus põe na língua do miraculado, sua força vital e espiritual, através de sua saliva, o verbo divino penetra por completo toda realidade deste que acolhendo Jesus, por ele sendo acolhido passa a ter vida nova. Se antes falava com dificuldade agora dialoga interiormente com sua nova realidade, de fé e amor.
O terceiro momento:é uma oração que Jesus faz em favor do incapaz, olhando para o céu suspirando Jesus disse: Efatá, que quer dizer abre-te! a graça aconteceu verdadeiramente, seus ouvidos se abriram sua língua se soltou, começou falar sem dificuldade livre de todos os bloqueios. O mundo é representado nesse homem surdo. A palavra de Deus hoje proclamada, vivida na Igreja seja capaz de limpar os ouvidos da humanidade, leva-la ser uma autentica anunciadora do Verbo Jesus, que todos sejam perpassados por Jesus, tenham força do verbo divino, realizem o que pede o refrão do salmo 145 cantado na missa de hoje "Bendiz ó minha alma ao Senhor. Bendirei o Senhor Deus em toda vida".
A leitura segunda
(Tg- 2,1-5) condena todo tipo de descriminação, essa pratica não combina com a verdadeira fé, o surdo desprezado é bondosamente acolhido em Jesus, por Jesus, da mesma forma na primeira leitura, (Is35,-4-7) acolhimento às pessoas deprimidas incentivando-as se libertarem "Criai animo, não tenhais medo!" uma alma nova à partir da escuta, acolhida da santa palavra de Deus. Que nossos ouvidos sejam curados, nossa língua sem embaraços proclame a vitoria do povo de Jesus contra cegueira, surdez, depressão, todo tipo de aleijo, é o que afirma Isaías "Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos"
Pe. Antonio Gouvei
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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

UMA LEI PARA A ALMA

             

Moisés na primeira leitura conclama o povo de Israel para ouvir as leis, decretos de Deus. O missionário Moisés tem como missão dialogar com o povo que lhes foi confiado por Deus através da lei. Trata-se da lei divina "A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma!"
( Sl-18,8) que tem como principio ordenar para o bem todos os que são dependentes da lei natural. Cumpri-la é um modo de fortalecer a alma para vencer o pecado, as fraquezas do natural compreendido como carne, "Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei." (I-João 3:4) e superar a debilidade para viver na nova terra prometida, ou seja, um lugar onde o espirito tenha autonomia e a lei do amor, seja o principio de superação das paixões, causa de desequilíbrio no ser humano.
Como um mapa que guia o caminhante no tempo rumo a eternidade, a lei de Deus nos aponta, o caminho espiritual, nos leva agir de forma prudente conduzindo a consciência para a retidão. É lei perfeita que imprime na alma o amor a Deus, guia o humano para a graça divina, ao cumpri-la corrigimos nossa vida moral, a mesma é plena isto é, completa "Nada acrescenteis e nada tireis" a lei vem ao encontro o humano para dar-lhe sabedoria, inteligencia. O pedido que Moisés faz ao povo, cabe perfeitamente aos dias atuais. Praticar a lei do Senhor é buscar a justiça. Não por mero legalismo, farisaísmo a lei deve ser observada, sim com fidelidade, amor, liberdade, nela se encontra verdade libertação e salvação.
Na segunda leitura São Tiago mostra a lei como dadiva que vem do alto, do pai das luzes, verdade preciosa fundada em Deus que sustenta vida edificando-a, na obediência, a mesma é para o bem do humano, obra de Deus portanto deve ser observada, acolhida, a ponto de ultrapassar os nossos sentidos da audição, os nossos ouvidos carnal "não sejamos meros ouvintes" com abertura de alma deixemos que a lei do Senhor encontre guarida em nossa vida interior, nos conduza à verdadeira religião aquela que é pura, sem mancha diante de Deus, ou seja, o cuidado com os pobres, apresentado por Tiago através dos termos órfãos e viúvas. O amor é o vinculo que nos religa a Deus, sua lei caminho perfeito.
No evangelho, os fariseus interrogam Jesus à cerca da lei grupo conservador, uma força politica que manipulava o povo, tinham uma pratica religiosa individualista, cegamente obedeciam os mais de seiscentos preceitos da lei, mas não mudavam interiormente, permanecendo com a alma debilitada ,corroída. "A Lei foi dada para que se implore a graça, a graça foi dada para que se observe a lei"
(S. Agostinho de Hipona).
Jesus mostra que a lei de Deus tem se destina à alma ,constrói vida espiritual, fortalece o humano, santifica-o. Antes abatido enfraquecido pelo pecado sem forças de viver a lei, usa falsidade, aparência, daí a queixa de Jesus "Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração esta longe de mim" (Mc-,7,6) a superficialidade na pratica da lei os torna cada vez mais impuro diante do Senhor.
Jesus deseja que abracemos sua lei para sermos recriados no amor de Deus pai, transformados, renovados interiormente. É no interior humano que se aloja as impurezas que deformam o caráter. Jesus chama o ser humano à responsabilidade de suas ações colocando diante de si a origem de todo tipo de impurezas "Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidade, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calunia, orgulho, falta de juízo". O vigésimo segundo domingo do tempo comum nos convida a arrancarmos as mascaras do descompromisso com Deus, com sua igreja com sua lei, o amor, com docilidade de espirito, rompamos com todo tipo de farisaísmo, vivamos a santa lei pra edificarmos um mundo novo.

Pe. Antonio Gouveia

sábado, 22 de agosto de 2015

PERMANEÇAMOS SEMPRE COM CRISTO

        

As leituras da santa missa do vigésimo domingo do tempo comum, apresenta o ato de servir Deus, como fruto de liberdade humana. Deus com o selo de sua misericórdia marca os seus, para eleva-los da situação de derrotados; à herdeiro da vida eterna.

Cabe ao ser humano decidir com o recurso da razão, conhecer Deus beleza suprema, infinita. Na primeira leitura (Js-24), profeta Josué falando em nome de Deus convoca, anciãos, chefes, juízes, magistrados, lhes questiona: quem quereis servir? os deuses mesopotâmicos dos amorreus.
Sabendo dos feitos miraculosos de Deus: sua bondade manisfestada já em nossos pais Adão e Eva, agindo em favor do seu povo, à todos concede sua benção como por exemplo, estabelecendo uma aliança com os seres vivos em Noé, unindo todos em Abrão, libertado-os da escravidão do Egito, é um Deus que caminha com o povo, um Deus que se faz presente, deixa-se conhecer, a plenitude desse conhecimento se dá em Cristo, verbo encarnado na vida, o Messias descendente de Davi. O sirvamos!
Tomemos para a nossa vida o questionamento do profeta Josué, perguntemo-nos de forma honesta, verdadeira, quem serviremos? o deus do superego, da auto-suficiência o deus dinheiro, deus egoismo.... Já o salmo faz um belo convite "Provai e vede quão suave é o senhor" é uma experiencia sensorial da real presença de Deus na historia, "O Senhor pousa o olhar sobre o justo", na vida pessoal do ser humano de fé "do coração atribulado ele está perto". O sirvamos!
Na segunda leitura, Paulo destaca a solicitude da igreja para com Cristo, imagem do amor, serviço afirma que Cristo amou e ama Igreja por ela entregou-se. Nesse modelo Paulo propõe edificação da comunidade familiar, pelo vinculo do santo matrimonio, um mistério vocacional para alguns homens e mulheres, que forem capazes de abraçar esse dom que o vivam na paz, concórdia, amor, são partícipes da criação, "Sedes fecundos e multiplicai". Dentro do contexto de sua época, Paulo destaca a mulher como aquela que é capaz de obedecer, assim todos os casados tenham uma vida de santidade. Sirvamos a Deus que convida, homem e mulher à obra da criação.
No evangelho, Jesus enfrenta a resistência de alguns de seus discípulos "Esta palavra é dura quem consegue escuta-la" embrutecidos, com um coração esclerosado, surdos espiritualmente preferem culpar a palavra. Em, Jesus a palavra é viva, edificante "Uma palavra escrita é muda, mas o verbo encarnado é vivo" (S. Bernado Claraval)
Jesus sabia que muitos não tinha capacidades para crer na palavra, o Verbo. Paciente, amoroso o supremo e bom pastor, os convida a buscarem realidades sublimes, ultrapassarem os limites da matéria "a carne não adianta nada". Pobre matéria, tomada pela debilidade, culpa, atormentado na corrupção o ser humano é incapaz, de acolher o verbo a palavra, "As palavras que vos falei são Espírito e vida" recusando uma vida alimentada na palavra do divino mestre, salvador, muitos discípulos a ignoram "A ignorância das Escritura, é ignorância de Cristo" (São Jeronimo). Por amor Jesus, Verbo de Deus se fez Carne para redimir, nossa carne corrompida.
Alguns discípulos abandonam Jesus, isso não o abala, ele pergunta aos doze "Vós também quereis ir embora?", Pedro assumindo o grupo responde "A quem iremos Senhor?" lembrando-se que Jesus lhes afirmara em outra ocasião "eu sou o caminho" já experimentando a eternidade afirma "Tu tens palavras de vida eterna" o mistério da fé nos mostra que Jesus é o Santo de Deus, pois só ele realiza na obra criada, a obra da redenção. Sirvamos, permaneçamos sempre com Cristo.

Pe. Antonio Gouveia

domingo, 16 de agosto de 2015

O céu como gloria

           

Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja, não se encontra explicitamente nas Sagradas Escrituras, mas implícita. Os protestantes acreditam que a Mãe de Deus, apesar de ter sido Tabernáculo vivo da Divindade, devia conhecer a podridão do túmulo, a voracidade dos vermes, o esquecimento da morte, o aniquilamento de sua pessoa.
Vamos analisar o fato histórico, contado pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste. Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, dirigira a infância do Filho de Deus. Ela terminou sua “carreira mortal” na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum. A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de “dormição”. Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima, aos seus apóstolos, discípulos que assistiram a “dormição” de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de S. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o mesmo conservou a narração desse fato.
Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.
S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Do túmulo exalava um perfume de suavidade celestial! Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram seu corpo imaculado o transportaram ao céu, goza de uma glória inefável.
Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus. Encontradas nos escritos dos Santos Padres, Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451. Como Nossa Senhora era isenta do "pecado original", ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à “árvore da vida” (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma “morte suave” ou uma “dormição”. Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à “árvore da vida”.
Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem. Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem“. É certo que Nossa Senhora escolheu passar pela morte, mesmo não tendo necessidade. Quais foram, então, as razões da escolha da morte por Nossa Senhora?
Pode-se levantar várias hipóteses. O Pe. Júlio Mria (da década de 40) assinala quatro: 


1) Para refutar, de antemão, a heresia dos que mais tarde pretenderiam que Maria Santíssima não tivesse sido uma simples criatura como nós, mas pertencesse à natureza angélica.
2) Para em tudo se assemelhar ao seu divino Filho.
3) Para não perder os merecimentos de aceitação resignada da morte.
4) Para nos servir de modelo e ensinar a bem morrer.

Podemos, pois, resumir esta doutrina dizendo que Deus criou o homem mortal. Deus deu a Maria Santíssima não o direito (por não ter acesso à “Árvore da vida”), mas o privilégio, de ser imortal. Ela preferiu ser semelhante ao seu Filho, escolhendo voluntariamente a morte, não padecendo como castigo do pecado original que nunca tivera. Analisemos, agora, Ressurreição de Maria Santíssima.
Os Apóstolos, ao abrirem o túmulo da Mãe de Deus para satisfazer a piedade de São Tomé e ao desejo deles todos, não encontrando mais ali o corpo de Nossa Senhora, deduziram, perceberam que Ela havia ressuscitado! Não era preciso ver à ressurreição para crer no fato, era uma dedução lógica decorrente das circunstâncias celestiais de sua morte, e sua santidade, da dignidade de Mãe de Deus, sua Imaculada Conceição, sua união com o Redentor, tudo isso constituía uma prova irrefutável da Assunção de Nossa Senhora.
A Assunção difere da ascensão de Nosso Senhor no fato de que, no segundo caso, Nosso Senhor subiu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao Céu pelo poder de Deus. Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora. Primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse de forma sobrenatural, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus. Se Deus a quis privilegiar com a Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa. Depois, a morte, como diz o ditado latino: “Talis vita, finis ita“, é um eco da vida. Se Deus guardou vários santos da podridão do túmulo, tornando os seus corpos incorrupto quanto muito mais deveria ter feito pelo corpo que o guardou durante nove meses, pela pele que o revestiu em sua natureza humana, etc.
Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe. Sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe, etc. Como permitir que sua carne, presente na carne de sua santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes tragada pela terra? Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas mesmas entranhas sofressem a podridão do túmulo o esquecimento da morte? Seria atentar contra o amor filial mais perfeito que a terra já conheceu. Seria romper com o quarto mandamento da Lei de Deus, que estabelece “Honrar Pai e Mãe“.
Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte? A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne. Ainda podemos levantar o argumento da relação imediata da paixão do Filho de Deus e da compaixão da Mãe de Deus, promulgada, de modo enérgico, no Evangelho, pela profecia de S. Simeão falando à própria Mãe: “Eis que este menino está posto para a ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada transpassará a tua alma” (Luc. 2, 34, 45).
Esta tradução em vernáculo (português, no caso) é larga. O texto latino (em latim) tem uma variante que parece ir além do texto em português. “Et tuam ipsius animam pertransibit glaudius” – o que quer dizer literalmente: o mesmo gládio transpassará a alma dele e a vossa. Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória? Tudo isso se levanta dos Evangelhos.
Assunção de Maria Santíssima foi sempre ensinada em todas as escolas de teologia não há voz discordante entre os Doutores. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo. Se a Virgem Imaculada recebeu outrora o Salvador Jesus Cristo, é justo que o Salvador, por sua vez, a receba. Não tendo Nosso Senhor desdenhado descer ao seu seio puríssimo, deve elevá-la agora, para partilhar com Ela a sua glória. Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho. Além de conservar a harmonia em sua própria obra, Deus devia continuar favorecendo a Virgem Imaculada, como Ele o fez, desde a predestinação até a hora de sua morte.
Ora, podendo preservar da corrupção do túmulo sua santa Mãe, tendo poder para fazê-la ressuscitar, para levá-la ao céu em corpo e alma, Deus devia fazê-lo, pois Ele devia coroar na glória aquela que já coroara na terra… Dessa forma, a Santíssima Mãe de Deus continuava ser, na glória eterna, o que já fora na terra: “a mãe de Deus e a mãe dos homens“. Tal nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: “Sentada à direita de seu Filho querido” (3 Reis, 2, 19), “revestida do sol” (Apoc. 12, 1), cercada de glória “como a glória do Filho único de Deus” (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave, terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que indo a Ela possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!

  www.lepanto.com.br/catolicismo/ciencia-e-fe/a-assuncao-gloriosa-de-nossa-senhora/


sábado, 15 de agosto de 2015

DOR




Metherell, médico pela Universidade de Miami, dá detalhes da morte de Jesus Cristo
Ele possui diploma de médico pela Universidade de Miami, na Flórida. E.U.A doutorado em engenharia pela Universidade de Bristol, na Inglaterra. È reconhecido como diagnosticador pelo American Board of Radiology foi consultor do National Heart, Lung, e do Blood Institute dos National Institutes of Health de Bethesda, em Maryland. Foi cientista pesquisador, professor na Universidade da Califórnia, Seus estudos engenhosos das contrações musculares foram publicados em The Physiologist e Biophysics Journal
o mesmo interpreta as dores de Cristo, sofrimento, tortura, anterior à cruz .
Os açoitamentos romanos eram famosos por serem terrivelmente brutais. O comum é que consistissem em 39 chicotadas, mas com freqüência esse número era ultrapassado, dependendo do humor do soldado que as aplicava. O soldado usava um chicote de tiras de couro trançadas, com bolinhas de metal amarradas. Quando o açoite atingia a carne, essas bolinhas causavam hematomas ou contusões profundas, que se abriam nas chicotadas seguintes. Havia também, presos ao açoite, pedaços afiados de ossos, que cortavam a carne profundamente. As costas ficavam tão maltratadas que às vezes os cortes profundos chegavam a deixar a espinha exposta. As chicotadas cobriam toda a extensão do dorso, desde a nuca até o traseiro e as pernas. Era terrível...
Um médico que estudou os castigos infligidos pelos romanos disse: "À medida que o açoitamento continuava, as lacerações atingiam os músculos inferiores que seguram o esqueleto, deixando penduradas tiras de carne ensangüentada". Um historiador do século III de nome Eusébio descreveu um açoitamento nestes termos: "As veias do sofredor ficavam abertas, e os músculos, tendões e órgãos internos da vítima ficavam expostos". Sabemos que algumas pessoas morriam desse tipo de suplício antes de chegar a ser crucificadas. No mínimo, a vítima sofria dores terríveis e entrava em choque hipovolêmico.
A agonia da cruz
Ele, Cristo deve ter sido deitado de costas, para que suas mãos pudessem ser pregadas em posição estendida na viga horizontal. Essa viga era chamada patibulum, até então separada da viga vertical, que estava fixada no chão de modo permanente...Os romanos usavam pregos grandes, com cerca de 15 centímetros, bem afiados. Com eles, atravessavam os pulsos...
Essa era uma posição firme que prendia a mão. Se os pregos furassem apenas a palma da mão, o peso do corpo a rasgaria e ele teria caído da cruz. Por isso perfuravam os pulsos, que eram considerados parte da mão, na linguagem da época. E é importante entender que o prego atravessava o lugar por onde passa o nervo central. Esse é o maior nervo que vai até a mão, e era esmagado pelo prego...
A dor era totalmente insuportável... Na verdade, ela está além da descrição por palavras. Foi necessário inventar uma nova palavra: dor excruciante. Essa palavra significa literalmente "da cruz". Veja só: foi necessário criar uma nova palavra, porque não havia nenhuma na língua que pudesse descrever a angústia terrível provocada pela crucificação. Depois de ter as mãos pregadas na viga transversal, Jesus foi erguido para que esta pudesse ser colocada sobre a viga vertical, e seus pés foram pregados nesta. Também os nervos dos pés foram esmagados, a dor era semelhante à das mãos...
Uma vez que a pessoa está pendurada em posição vertical... a crucificação é, em essência, uma lenta agonia até a morte por asfixia.
A razão para isso é que a tensão dos músculos e do diafragma deixa o peito na posição de inalar. Para exalar, a pessoa tem de firmar-se sobre os pés, para aliviar por um pouco a tensão dos músculos. Ao fazer isso, o prego rasga o pé, até se prender contra os ossos do tarso. Depois de conseguir exalar, a pessoa pode relaxar e inalar novamente.
Depois tem de empurrar-se novamente para cima, para exalar, esfregando suas costas esfoladas contra a madeira áspera da cruz. Isso se repete até que a exaustão total toma conta, e a pessoa não consegue mais se erguer para respirar. Ao diminuir a respiração, ela entra no que é chamado acidose respiratória: o dióxido de carbono no sangue é dissolvido em ácido carbônico, fazendo a acidez do sangue aumentar. Isso faz o coração bater de modo irregular. Quando seu coração começou a bater irregularmente, Jesus deve ter entendido que estava chegando a hora da morte, e disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Depois morreu de ataque cardíaco.
Uma questão para o coração
Francamente, não creio que uma pessoa comum teria feito isso... Mas Jesus sabia o que estava por vir, e se dispôs a passar por isso, porque essa era a única maneira de nos redimir: servindo como nosso substituto e sofrendo a pena de morte que nós merecemos pela rebelião contra Deus. Esse foi o motivo de sua missão ao vir à terra.

RETIRADA DA INTERNET - site origem e destino

sábado, 8 de agosto de 2015

A GLORIA DE DEUS É O SER HUMANO VIVO.

              

A palavra de Deus, nos recorda a bondade de nosso Criador, diante dos sagrados relatos abramos nossa inteligencia à luz fulgurosa da ciência divina, que vem ao nosso encontro através da ação profética, missionaria da Igreja, que na Trindade santa nos edifica em Deus, ele nos envolve em nossa pequenez, levando-nos à participar de sua vida bem aventurada, através de Jesus Verbo encarnado, Pão da Vida Eterna, vindo a nós na plenitude dos tempos, nos redime, edifica, recriando-nos para Salvação.
A santa Igreja portadora da fé recebida diretamente de Jesus, e dos apóstolos celebra bondade de Deus chamando-nos à participar da missão, ajuda-nos a entender a revelação divina em nossa vida. As leituras
do 15 domingo do T.C descreve a generosidade de Deus, com o profeta e missionário Elias, em um momento de desespero, solidão, aridez espiritual, caminhando em seu deserto pessoal, humanamente dessolado enfrentando suas fraquezas pede a morte para si "Agora basta, Senhor! tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais" (1Rs-19,3,4).
Recordemos que Elias foi um homem forte, pertence a Deus: corajosamente, ele enfrentou a maldade do rei Acabe (1Rs-18,18), orou e Deus mandou fogo do céu, contra os profetas de deus Baal (1Rs-18-30,38), orou e choveu sobre a terra (1Rs-18-4,46) totalmente ao contrario do pedido de Elias, Deus cuida dos seus até leva-los à perfeição, envia milagrosamente um anjo que o acorda do sono do desanimo "Levanta-te e come" o mesmo lhe oferece pão e água.
"A gloria de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus" (Santo Irineu) Deus conserva a vida, dela cuida. Este sagrado relato serve para nos fortalecer quando formos tombado pelo desanimo, fracasso, medo, desolação, nesses momentos, o ser humano assassina Deus dentro de si, sejamos corajosos enfrentemos o nosso deserto.
O salmo 33 mostra- nos que Deus é suave "provai e vede quão suave é o Senhor" ele escuta os humildes, livra-os dos temores, liberta-os das angustias, por tudo isso e muito mais nunca devemos duvidar do poder de Deus, pois a duvida é igual a contrista-lo.
São Paulo, pede na segunda leitura "Irmãos: não contristeis o Espirito Santo" ele é a marca, o selo de Deus em nós, é nossa libertação. Paulo nos convida sermos imitadores de Deus, evitando toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injurias, tudo que é mal, essas atitudes entristece o Espirito santo, corroí a alma. O antidoto poderosismo para esses males é o amor, porém, configurado com o mesmo amor que Cristo nos amou, entregando-se santamente por nós em um sacrifício de suave odor, perfumado com as mais elevadas, puríssimas fragrâncias celestiais de santidade.
No Evangelho São João mostra os Judeus a sua cegueira; vendo Jesus apenas à partir de sua linhagem humana, "não é este o filho de José e de Maria" iam contra Jesus, pois ele afirmara "Eu sou o pão que desceu do céu". Aquele alimento celeste que Elias provara na primeira leitura quando Deus o socorre, agora é oferecido à todos, em Jesus "Eis o pão que desce do céu". O filho amado de Deus desejava, deseja quebrar a divisão, unir vida material com vida espiritual, o céu com a terra, o ser humano com Deus, o espiritual com o temporal, realizando a nova aliança, que se cumprirá definitivamente na eterna páscoa Obediente às palavras de Jesus, a Igreja alimenta o povo de Deus peregrino neste mundo, com o Pão Eucarístico "Na Eucaristia, partimos o mesmo Pão, que é remédio de imortalidade, antidoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo" (Santo Inácio de Antioquia).


Pe. Antonio Gouveia

sábado, 1 de agosto de 2015

PÃO DA VIDA ETERNA

    
A primeira leitura desse domingo é de (Ex-16,2-4.12-15) destaca a bondade de Deus, em contraste com a incompreensão daqueles que eram guiados por Moisés e Aarão no deserto rumo a libertação prometida por Deus, preferiam viver como escravos "Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito,...comíamos pão e carne com fartura". Essa é a situação do pecador, uma vez dependente do pecado, não encontrando forças para sair do mesmo, se acostumam com privilégios do mal, porem a ilimitada bondade de Deus os socorre. Ouvindo queixas,dos revoltosos contra Moisés, Aarão o Senhor faz chover um pão vindo do céu, carne, codornizes (aves) para que se alimentem se fartem, reconhecem a bondade de Deus, diante de tão grande graça exclamam "que é isso!" Moisés lhes diz "isto é o pão que o Senhor lhes deu como alimento" esse comportamento se fez presente na vida de muitos que não conseguem ver a bondade de Deus cativos aprisionados no pecados, cegos na dependência do mal, blasfemam contra Deus e seus profetas, essa rebeldia é vencida no poder amoroso de Deus "O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundancia" (Sl-77).
A Igreja celebra a caridade divina que sempre socorre o ser humano em suas aflições e confiante pede a Deus, orando com o povo "Manifestai ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada" (M.R, pg ,362).
São Paulo na segunda leitura (Ef.4) convida o ser humano para que seja um homem novo que renuncie o passado de pecado "Renunciando a vossa existência do passado, despojai-vos do homem velho que se corrompe sobre o efeito das paixões enganadoras renovai o vosso espirito e a vossa mentalidade" O que Paulo deseja vem de Deus, um ser humano renovado capaz de refletir a imagem e semelhança de Deus e seja sinal de justiça e santidade.
O evangelho descreve uma grande multidão indo ao encontro de Jesus, que os recebe, os adverte, não estão aqui por causa dos sinais, mas por causa do alimento (fazendo referencia a multiplicação dos pães e dos peixes) nosso Senhor Jesus Cristo os procure não pelo o alimento material, mas com fé. Jesus é o verdadeiro alimento "Eu sou o pão da vida, Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede" com olhar de fé descubramos a presença de Deus que conduz o seu povo meios aos acontecimento da vida. Ofertemo-nos a Deus como oferenda restauradas, edificadas no pão da vida, saciados no amor de Deus Pai .
Pe. Antonio Gouveia

sexta-feira, 31 de julho de 2015

NÃO DEEM OUVIDOS A FALSAS DOUTRINAS!

      

Charles Taze Russell nasceu a 16 de Fevereiro de 1852 em
Allegheny, Pennsylvania, E.U.A Em 1872, lança os fundamentos do seu movimento, herético inicialmente com os nomes "Torre de Vigia de Sião" e "Arauto da Presença de Cristo", seria a futura seita Testemunhas de Jeová, nome baseado em Isaías: "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi" (Is. 43:10) de formação presbiteriana, com quinze anos, tem uma ‘crise religiosa’ não aceitava a bondade de Deus, e as penas eternas, como a predestinação doutrina ensinadas na Igreja presbiteriana: "Um Deus que tem poder para criar seres humanos os conhece e os predestina ao tormento eterno, não é sábio, justo, amoroso", dizia Russell.
Aos dezessete anos visitou igreja cristã adventista não ficou na mesma, vai estudar, bíblia com um grupo de sua idade, imitando, Jonas Wendell pastor adventista, pregava a volta de Cristo, o fim do mundo, Afirmava que desde 1874 Cristo invisível já se encontrava na terra, e no espaço, escreveu previu o fim dos tempos para 1914, nada aconteceu, não se rendeu, lançou nova data; 1918. Separou-se de sua mulher, acusado entre outras coisas, de conduta imprópria com outras mulheres, viajou muito, ganhou muito dinheiro pela venda de seus livros, enfrentou diversos processos durante a vida, além daquele para o divórcio. Dentre eles, o de. 1910, 1911 pois vendeu a seus fieis um trigo que custava um dólar o grão, dizendo que dava uma colheita cinco vezes superior ao trigo comum, o arrecadado seria usado para publicar seus sermões. O Brooklyn Daily (Jornal) publicou uma caricatura que apresentava Russell e seu ‘trigo milagroso’. Russell processou o jornal - alegando difamação - pediu uma indenização de cem mil dólares, averiguações feitas por entidades governamentais, provou ser um trigo normalíssimo, até inferior, de maneira que o jornal venceu a causa
(cfr. Walter R. Martin - Norman H. Klann, Il Geova della Torre di Guardia [O Jeová da Torre de Vigia], Napoli, Sec. Ediz. 1977, pag. 18-20).
Ele morreu, no Texas; suas últimas palavras foram: "Por favor envolvei-me numa túnica romana" (Watch Tower, 1 de Dezembro de 1916, pag. 365). J. F. Rutherford que tinha sido seu advogado durante os numerosos processos, assume o governo do grupo religioso, homem colérico, violento, com base em diversos testemunhos, também dado a bebidas alcoólicas, nascido em 1869 de pais batista. Rutherford, pregando fim do mundo leva a data para 1925, não aconteceu, desapontado em 1935 introduz no movimento a doutrina que só 144.000 mil vão reinar no céu (só eles são dignos de participar do pão e do cálice do Senhor), os outros, que fazem parte da grande multidão reinarão na terra eternamente; além disso afirmou que em 1918 se tinha verificado a ressurreição "espiritual" dos 144.000 já mortos e Cristo tinha assumido o reino sobre a terra.
Em 1942 Rutherford morreu, o terceiro lider foi Nathan Homer Knorr; estabeleceu datas profética que não se cumpriram. Preocupou-se em formar as Testemunhas de Jeová para que fossem capazes de apresentar de forma persuasiva a mensagem da organização, em 1946, surgiu entre as Testemunhas de Jeová a ideia uma própria tradução das sagradas Escrituras para expor suas doutrinas, formada uma Comissão, teve início a tradução, ou melhor, manipulação das sagradas Escrituras. A edição completa desta tradução foi publicada em 1961. Ainda nesse ano, foi proibido, transfusão de sangue punida com expulsão da organização. "Se continuar a aceitar transfusões de sangue ou a doar sangue (...) Como rebelde opositor e infiel exemplo para os conservos da congregação cristã, ele deve ser cortado dela pela desassociação" (A Sentinela , 15 Julho de 1961, pag. 446-448). Knorr morreu em 1977.
Isto é um pouco da história desta seita, uma pseudo-igreja cujos fieis não é difícil encontrar, sempre batem em nossas portas, sorridente oferecendo uma mentira, vendendo suas revistas, Sentinela e Despertai!, católicos não lhes deem atenção. Reúnem-se em lugares chamados Salões do Reino. As Testemunhas de Jeová devem ser definidas testemunhas falsas porque difundem mentiras: a sabedoria de fato diz que "a testemunha falsa se desboca em mentiras" (Prov. 14:5). Chamam-se Testemunhas de Jeová, mas não são testemunhas do Senhor, apenas impostores que sob este nome espalham heresias de perdição, enganam aqueles quem caem em suas redes habilmente construídas. As Testemunhas de Jeová suas doutrinas:
a rejeição da Trindade e da Divindade de Cristo .
a rejeição da personalidade e da divindade do Espírito Santo,
a rejeição da ressurreição corporal de Jesus Cristo,
a rejeição da volta visível de Cristo .
a rejeição da salvação por graça mediante só a fé,
a negação da existência da alma imortal,
a negação do tormento eterno dos pecadores,
a doutrina da prova milenar.
Proibições da seita: pode mudar com o tempo.
- Não cantar nada que enalteça a pátria, bandeira ou qualquer outra coisa (é proibido manifestar alegria cantando), nem mencionar a Deus.
- Não ler livros de ficção, livros mundanos, imprensa mundana, ouvir radio ou ver televisão, ao menos é aconselhável não fazê-lo.
- Quando der um presente, nunca deve figurar o nome ou identificação de quem o faz, no Natal, no aniversário não deve ter presentes.
- As mulheres não devem usar calças.
Os homens nem bigode, barba, cabelo comprido.
- Não casar com quem não seja Testemunha de Jeová nem se pode romper um compromisso matrimonial.
-Não celebrar o Natal, aniversário de Bodas.
-Fazer amizades íntimas é perigo de sectarismo.
-Não acompanhar o casamento de um familiar que não seja Testemunha.
- Não brindar levantando copos.
-Não pode ser esportistas porque cria nacionalismo.
-Não pode caçar ou pescar por esporte
-Não pode participar de loterias ou jogos por dinheiro.
-Não participar, apoiar as Olimpíadas são adoração pagã.
-Não podem organizar festas sociais com amigos menos ainda com os não testemunhas de Jeová.
- Não pode batizar nem ser testemunha quem fuma.
- Não devem celebrar aniversários.
- Não deve dar esmola aos mendigos.
- Não pode trabalhar para nenhuma outra religião.
- Não deve jogar xadrez.
- Não deve vestir luto.
- Não deve colaborar em campanhas caritativas.
- Não deve deixar fazer transfusões de sangue nem soro, antes deixar-se morrer.
- Não devem comer nada que intervenha o sangue.
-Não deve ir a hospitais religiosos para se curar.
- É obrigatório ensinar a Bíblia aos filhos mesmo quando para isso seja preciso fazê-lo com o látego na mão.
-É obrigatória a assistência as reuniões dos Testemunhas, sob pena de ser castigado.
- Há que batizar-se como testemunha, para ser salvo.
- Há que pregar sempre, ainda que esteja cansado, sem vontade.
- Há que assistir todas as assembleias.
- Não pode levar nada em ouro.
- Não pode servir em nenhum exército.
Pe. Antonio Gouveia

























sábado, 25 de julho de 2015

O REI E SUA IGREJA PESSOAL

      

A Igreja na Inglaterra sempre reclamou a sua independência histórica, se separou da Igreja católica por questões que envolviam diretamente os interesses da monarquia Britânica. Henrique VIII e a Igreja tinham relação pouco harmoniosa o mesmo forçou o episcopado inglês a apoiá-lo. Só o Bispo de Exeter, João Fisher, resistiu permanecendo fiel ao Papa; Henrique VIII cortou-lhe a cabeça. Foi proclamou Santo, mártir da Fé.
No ano de 1527, o rei inglês exigiu que o papa anulasse seu casamento com a rainha espanhola Catarina de Aragão, viúva de seu irmão, príncipe Artur, alegando que a mesma não teve condições de lhe oferecer um herdeiro forte, saudável. O papa Clemente VII não atendeu o pedido, raivoso com o papa rompeu com igreja católica, obrigando o Parlamento britânico votar uma série de leis que colocavam a Igreja católica sob o controle do Estado.
A partir dessa nova medida, tem anulação de seu casamento. Henrique VIII casa-se com a protestante Ana Bolena a mesma, três anos depois é decapitada por adultério. Casa-se mais seis vezes:
a) - Catarina de Aragão, de 1509 a 1533 ("divorciada")
b) - Ana Bolena, os três anos seguintes (executada)
c) - Jane Seymour, de 1536 a 1537 (morta 12 dias após dar à luz Eduardo VI)
d) - Ana de Cléves (repudiada pouco após o casamento, em janeiro de 1540)
e) - Catarina Howard (executada em fevereiro de 1542 com menos de 20 meses de vida em comum)
f)- Catarina Parr ficou viúva em 1547 após uma união de três anos e meio
Segundo os ditames da nova Igreja, chamada de anglicana o rei da Inglaterra teria o poder de nomear os cargos eclesiásticos, seria considerado a principal autoridade religiosa "PAPA". A Inglaterra conheceu uma nova religião, tendo o rei como chefe supremo da Igreja e do Estado. A partir dela surgiram novas igrejas protestantes: huguenotes (França), reformistas (Países Baixos), presbiterianos (Escócia) e puritanos (Inglaterra). Essas igrejas aboliram a obrigatoriedade do latim nos ofícios religiosos, desconsideraram a autoridade papal, adotaram como válidos apenas dois sacramentos:
o batismo,
a eucaristia,
acabaram com o celibato para os sacerdotes,
permitiram a livre interpretação da Bíblia,
criaram uma religião individual, em que os santos e padres passaram a ser dispensáveis.
a) - A 60 anos tem mulheres entre seus sacerdotes,
b)- há 10 anos admite gays no clero e recentemente celebrou um casamento entre homossexuais. Por ser tão moderna, está se desintegrando. É um resumo do anglicanismo.


Pe. Antonio Gouveia

sábado, 18 de julho de 2015

REZEMOS POR BONS PASTORES



A oração da santa mãe Igreja una, católica, apostólica eleva à trindade santa um culto de louvar e ação de graças em favor dos bons pastores, que edificam, edificaram na vida do povo, a fé, a esperança no solo fértil da caridade, formaram e formam o rebanho de Senhor, constroem e firmam Igreja na alma dos que se abrem para graça tão generosa de deixar-se guiar no eterno e bom pastor. Porem há também uma chamada de atenção para os maus pastores. "Aí dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho da minha pastagem, disse o Senhor".
A primeira leitura é do profeta Jeremias, ele nasceu aproximadamente em 647 A.C., na cidade Benjamita de Anatote, na família sacerdotal de Abiatar (1 Rs 2.26), nordeste de Jerusalém. Era filho de Hilquias, sacerdote no período da reforma do rei Josias. (Ed 1.1) em Judá. Ele condena os pastores que não tem compromisso com o povo. O profeta Jeremias não contraiu matrimônio, como sinal de sua consagração a Deus e disponibilidade para o serviço. "Não tomes para ti mulher e não tenhas filho e filhas" (Jr, 16.2). Seu ministério continuou até pouco tempo depois da queda de Jerusalém, exerceu seu profetismo até a invasão Babilônica em Jerusalém, este fato deixou o povo desorientado, os maus pastores são repreendidos por Deus, pela boca de Jeremias pois usavam povo para fazer valer os seus interesses. 
Deus deseja e quer novos pastores comprometidos com o seu povo "Suscitarei para as minhas ovelhas novos pastores" (Jr-23,4) somos convidados hoje a fazermos parte de um novo rebanho, é dos arrebanhados no Senhor que surgem os bons pastores. Deus deseja e a igreja povo de Deus merece, pastores capazes de agir com sabedoria, justiça, santidade, zelo, honestidade, doação do bem mais precioso a própria vida.
O salmo 22 apresenta o modelo de pastor à partir do próprio Deus, ou seja, capaz de conduzir o povo por caminhos de segurança, que lhes restaure as forças. "O Senhor é o pastor que me conduz; felicidade e todo o bem hão de seguir-me!".
Na segunda leitura Paulo, fala aos pagãos, aqueles que estavam longe de Deus "Vós que outrora estáveis longe" (V.-13). A intenção paulina é aproximar judeus e pagãos através de Cristo que superior à lei de Moisés, esta cheias de prescrições impediam os pagãos de fazer parte do povo de Deus. Assim Paulo destaca Jesus como meio de união e misericórdia "Ele fez uma unidade em sua carne. (é a eucaristia, sacramento de união) ele destruiu o muro de separação: a inimizade"
O evangelho mostra os discípulos, voltando da missão acolhidos por Jesus o eterno bom pastor, modelo perfeito de serviço, sinal vivo de integridade, fidelidade, coragem, zelo, enviados no amor de Cristo, são também acompanhados, assistidos por Cristo misticamente, na Onisciência, Onipotência, Onipresença, "Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco" quando em regresso, os mesmos querem, desejam refazer suas forças no amado mestre e Senhor Jesus, o eterno supremo pastor e guia, que amarosamente lhes mostra a verdadeira face do apostolado autentico, ele mesmo, Jesus. 
Deste modo o amabilíssimo filho de Deus se revela à todos, como Sacerdote Verdadeiro, Fruto Bendito de Deus, gerado na Santíssima virgem Maria, ele é para o mundo restauro das forças, segurança, vitoria, contra o inimigo, abrigo eterno por tempos infinitos para os seus. Legislador amoroso, modelo puríssimo de Pastor para Igreja que deseja e quer que assumamos o profetismo, fruto do nosso batismo que nos insere no discipulado, autênticos seguidores do Filho amado de Deus, nosso Eterno Redentor.


Pe. Antonio Gouveia

sexta-feira, 17 de julho de 2015

REFORMA PROTESTANTE E O REFORMADOR CALVINO

   

João Calvino nasceu em Noyon, na França. Seu pai foi um advogado da Igreja Católica. Em 1533 Calvino se declarou protestante, influenciado por Lutero. Foi um dos reformadores religioso do seculo XVI, deixou a França estabeleceu-se em Basileia, na Suíça. Calvino desenvolveu a igreja que atualmente é chamada de presbiteriana. Uma religião que tinha como princípio a predestinação absoluta. Segundo ele, Deus escolhia seus salvos antes de nascerem, estes por sua vez seriam grandes trabalhadores e teriam uma boa quantidade de dinheiro.
São muitos os que atribuem a Calvino a invenção do capitalismo. Lógico que esta doutrina ele criou para agradar a classe crescente da época, os burgueses, que eram combatidos na época pela Igreja Católica. No movimento reformista, Lutero não concordou com o "estilo" de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja católica enquanto João Calvino acreditava que a Igreja estava tão degenerada que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se desse objetivo, fundando, então, o protestantismo que não seguia tradições, mas apenas a doutrina registrada na bíblia .
Na reforma protestante, houve intolerância religiosa dos calvinistas. O pai dos Presbiterianos era intolerante e não tinha piedade. Entretanto, apreciava passar os seus tempos livres no lago de Genebra, lendo as escrituras e bebendo vinho tinto. Mandou para a fogueira um grande sábio, o humanista e médico Miguel Servet Grizar, que descobrira a circulação do sangue, por dizer que tal descoberta era anti-bíblica, por manifestar simpatia pelos Anabatistas. Calvino mandou à fogueira também muitos outros estudiosos e cientistas. Sem dúvida, não são poucos os exemplos de intolerância religiosa nos variados espaços que vivenciaram a Reforma Protestante.
Em 1560 o Parlamento Escocês influenciado por Calvino decretou PENA DE MORTE a todos os católicos, na Escócia. O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja “calvinista presbiteriana“. Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. (Westminster Review, Tomo LIV, p. 453)
Em 1570 foram enviados ao Brasil para evangelizar os índios, o Pe. Inácio de Azevedo e mais 40 jesuítas vinham a bordo da nau “S. Tiago“ quando em alto mar os interceptou o “piedoso“ calvinista Jacques Sourie, como prova de seu “EVANGÉLICO" zelo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978).
Os calvinistas eram os mais abomináveis piratas de todos os tempos... A sua cupidez era sem igual. Queriam fazer ressoar em toda parte o seu grito de guerra: A palavra de Deus segundo Calvino. "Saqueavam igrejas e conventos e infligiam aos Religiosos um trato tal que poucos paralelos se encontram na história dos povos" (Kervin de Lettenhove, Lês Huguenots et lês Gueux, tomo II Bruges, p. 408) Caiu nas mãos dos algozes um sacerdote chamado Vicente, de 85 anos de idade; meteram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos, e puse­ram-lhe no ombro uma cruz confeccionada às pressas, após o quê atre­laram o padre a uma carroça para que a puxasse; tendo assim tratado o ancião, deram-lhe o golpe mortal. No ano de 1547, James Gruet atreveu-se a publicar uma nota criticando Calvino e por isso foi preso, torturado duas vezes ao dia durante um mês e sentenciado à morte por blasfêmia, tendo os pés pregados a uma estaca e sua cabeça cortada.
Em Genebra, um dos berços da Reforma Protestante e onde ela se mostrou bastante radical, funcionou uma verdadeira “polícia da fé”. João Calvino (1509-1564), devido à sua autoridade sobre os protestantes suíços, era conhecido como o “papa de Genebra”. “João Calvino governou Genebra tão brutalmente quanto Josef Stalin, na Rússia” Robert Wrigh(1) - Ensaísta e escritor americano Ao organizar a Igreja Presbiteriana, instaurou comissões compostas de religiosos e leigos:
-A Venerável Companhia, responsável pelo magistério,
-O Consistório, que zelava pela disciplina religiosa.
-Promovia confissões,
-Denúncias,
-Espionagens
-Visitas às residências, levando muitos à prisão, à tortura, ao julgamento, em alguns casos, à morte.
Na Inglaterra, promoveu uma verdadeira caça às bruxas levou à morte centenas de mulheres acusadas de feitiçaria. A experiência persecutória inglesa foi ainda “exportada” para as colônias na América do Norte, como no famoso episódio das “bruxas de Salem”, ocorrido em Massachusetts, em fins do século XVII, em que várias adolescentes foram mortas, acusadas de promover reuniões em torno de uma fogueira nas quais, supostamente, invocavam espíritos.
Nos seus últimos anos de vida, a saúde de Calvino começou a vacilar. Sofrendo de enxaquecas, hemorragia pulmonar, gota e pedras nos rins. O mesmo morreu em Genebra em 1564. Relata-se que, no fim de sua vida, ele agradeceu aos seus colegas religiosos “por terem dado tanta honra a uma pessoa que com certeza não merecia”, implorou perdão por suas persistentes franquezas, impaciência, intolerância, ira.
O protestantismo nasceu dentro de um contexto de conflitos sangrentos, falta de comunhão entre os líderes, governos eclesiásticos incompatíveis entre si. A Bíblia é interpretada escandalosamente, cismas, heresias continuam a dividir o cristianismo. Foi com muita razão que o intelectual inglês e ex-protestante John Henry Newman afirmou: “Aprofundar o conhecimento a cerca da história é abdicar do protestantismo”.


Informações retiradas da internet






terça-feira, 14 de julho de 2015

LUTERO SEUS ULTIMOS DIAS

      

O Dr. Dietrich Emme, em seu livro: "Martinho Lutero – sua juventude e os seus anos de estudos, entre 1483 e 1505", Bonn, 1983, afirma que Lutero entrou no Convento só para não ser submetido à justiça criminal, cujo resultado teria sido, provavelmente, a pena de morte, por ter matado em duelo um seu colega de estudo chamado Jerônimo Buntz. Daí o seu “medo da morte” ao qual se referia freqüentemente. Então um amigo o aconselhou a se refugiar no Convento dos Eremitas de Santo Agostinho, que então gozava do direito civil de asilo, que o colocava ao abrigo da justiça. Foi aí que se tornou monge e padre agostiniano.
Lutero tinha um temperamento extremamente mórbido e neurótico. Depois de sua revolta contra a Igreja, a sua neurose atingiu os limites extremos. Estudos especializados lhe atribuem uma "neurose de angústia gravíssima", do tipo que leva ao suicídio (Roland Dalbies, em "Angústia de Lutero")
O suicídio de Lutero é afirmado tanto por católicos como por protestantes. Eis o depoimento do seu criado, Ambrósio Kudtfeld, que mais tarde se tornou médico:
"Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, se deixou vencer por sua habitual intemperança, e com tal excesso, que fomos obrigados a carregá-lo totalmente embriagado, e colocá-lo em seu leito. Depois nos retiramos ao nosso aposento sem pressentir nada de desagradável. Pela manhã voltamos ao nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Mas, que dor! Vimos o nosso patrão Martinho pendurado de seu leito e estrangulado miseramente. Tinha a boca torta e a parte direita do rosto escura; o pescoço roxo e deformado. Diante de tão horrendo espetáculo, fomos tomados de grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados da véspera, para anunciar-lhes aquele execrável fim de Lutero. Eles ficaram aterrorizados como nós. E logo se empenharam com mil promessas e juramentos, que observássemos, sobre aquele acontecimento, eterno silêncio, e que colocássemos o cadáver de Lutero no seu leito, e anunciássemos ao povo que o 'Mestre Lutero' tinha improvisadamente abandonado esta vida"
Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Anversa, no ano de 1606, pelo sensato Sedúlius. Dois médicos comprovaram os sintomas de suicídio relatados pelo seu doméstico Kudtfeld. Foram eles Cester e Lucas Fortnagel. As informações desse último foram publicadas pelo escritor J. Maritain, em seu livro: "Os Três Reformadores". Nesse livro o autor oferece ainda uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram.
Portanto, irmãos separados da Igreja Católica por esse falso e ébrio reformador, abram os olhos, e voltem à verdadeira Igreja de Jesus Cristo. É fácil de reconhecê-la:
Veja as suas opiniões sobre as coisas sagradas, bíblia, etc
Lutero disse: A Bíblia poderia ser melhorada
“A história de Jonas é tão monstruosa que é absolutamente incrível.” (Os fatos sobre Lutero, O’Hare, TAN Books, 1987, p. 202.)
“O livro de Ester, eu lanço no Elba (rio). Eu sou como um inimigo para o livro de Ester, que eu gostaria que não existisse, pois Judaíza demais e tem em si uma grande dose de loucura pagã.” (Ibid.) “É de muito pouco valor o Livro de Baruque, quem quer que seja o digno Baruque”. (Ibid.)
“… A epístola de São Tiago é uma epístola cheia de palha, porque não contém nada evangélico.” (Prefácio ao Novo Testamento, Dillenberger. Ed, p. 19.)
“Se disparate é falado em qualquer lugar, este é o lugar. Eu passo por cima do fato de que muitos afirmaram, com muita probabilidade, que esta carta não foi escrita pelo apóstolo Tiago, e não é digna do espírito do apóstolo”. (Servidão pagã da Igreja, Dillenberger. Ed, p. 352.)
Lutero disse: Persiga o povo judeu
“Os judeus são demônios jovens condenados ao inferno.” (Obras de Lutero, Pelikan, vol. XX, p. 2230).
“Queime suas sinagogas. Proibam- nos todos os que mencionei acima. Force-os a trabalhar e tratem-nos com todo o tipo de gravidade, como fez Moisés no deserto e matou três mil … Se isso não adianta, temos de levá-los fora como cães raivosos, de modo que não podemos ser participantes de sua blasfêmia abominável e de todos os seus vícios, e tendo em vista que não pode merecer a ira de Deus e ser condenado com eles. Tenho feito o meu dever. Vamos todos nos assegurar de que cada um faz o dele. Eu estou desculpado.” (“Sobre os Judeus e Suas Mentiras”, citado por O’Hare, em “Os fatos sobre Lutero, TAN Books, 1987, p. 290.)
Lutero disse: “Seja um pecador”
“Seja um pecador, e deixe os que vossos pecados sejam fortes, mas deixe que vossa confiança em Cristo também seja forte, e nos glorificamos em Cristo que é a vitória sobre a morte, o pecado e o mundo. Nós cometemos pecados enquanto estamos aqui, pois esta vida não é um lugar onde resida a justiça … Nenhum pecado pode nos separar d’Ele, mesmo se estivéssemos a matar ou cometer adultério milhares de vezes por dia.” (Que os vossos pecados sejam fortes, a partir de “O Projeto Wittenberg, ‘O Segmento Wartburg”, traduzido por Erika Flores, de Saemmtliche Dr. Martinho Lutero Schriften, Carta n º 99, 1 de agosto de 1521)
Lutero disse: Fazer o bem é mais perigoso que pecar
“Estas almas piedosas que fazem o bem para ganhar o Reino dos Céus, não só nunca terão sucesso, mas devem mesmo ser contadas entre os ímpios, é mais importante preservá-las contra as boas obras do que contra o pecado.” (Wittenberg, VI, 160, citado por O’Hare, em Os fatos sobre Lutero, TAN Books, 1987, p. 122.)
Lutero disse: Não há nenhum livre arbítrio
“… No que diz respeito a Deus, e em tudo o que traz a salvação ou condenação, (o homem) não tem ‘livre arbítrio’, mas é um prisioneiro, cativo e escravo, quer da vontade de Deus, ou da vontade de Satanás.” (Da redação, “Escravidão da Vontade”, Martin Luther:.. As seleções de seus escritos, ed por Dillenberger, Anchor Books, 1962 p. 190)
“… Nós fazemos tudo por necessidade, e nada pelo ‘livre arbítrio’, pois o poder de ‘livre arbítrio’ é nulo …” (Ibid., p. 188.)
“O homem é como um cavalo. Deus por acaso salta na sela? O cavalo é obediente e se acomoda a todos os movimentos do cavaleiro e vai para onde ele o quer. Será que Deus derruba as rédeas? Assim, Satanás pula no lombo do animal, que se dobra, anda e se submete à esporas e caprichos do seu novo piloto … Portanto, necessidade, não o livre arbítrio, é o princípio de controle do nosso comportamento. Deus é o autor do que é mal, bem como do que é bom e, assim como Ele dá a felicidade àqueles que não a merecem, Ele também maldiz aqueles que merecem o seu destino.” (De Servo Arbitrio; 7, 113 seq. Citado por O’Hare, em “Os fatos sobre Lutero", TAN Books, 1987, pp 266-267).
Informações, retiradas de sites da internet.
Pe Antonio Gouveia