sexta-feira, 5 de abril de 2013

BÍBLIA - I

O fato de sermos todos criados por Deus, faz com que chamemos-nos de irmãos. Quando se trata de seguir uma fé. Este termo irmão "sofre" uma quebra, por exemplo, a diferença entre católicos e protestantes. O que separa é a forma que cada grupo tem de viver a sua fé, são muitas as diferenças, tanto de um lado como de outro, porém, o que nos une é antes de tudo a filiação divina: o amor de Deus.
Uma diferença forte aparece com relação à bíblia: as Igrejas protestantes dizem que a mesma é uma só.
 É observado que a bíblia usada pelos protestantes está incompleta, falta-lhes sete livros do Antigo Testamento, esses livros são tidos pelos mesmos como não inspirados.
Na bíblia católica estes livros estão presentes e são riquíssimos em ensinamentos, são eles: Tobias, Judite, Sabedoria, 1º e 2º dos Macabeus, Baruc, Eclesiástico e parte de Ester (10,4-16,14) bem como Daniel (3,24-90; 13,14), os apóstolos consideram esses livros inspirados pelo Espírito Santo desde sempre.
Não foi a Igreja Católica que acrescentou os sete livros na bíblia. O ex-monge e ex-católico Martin Lutero, que se desligando da Igreja não quis reconhecer o valor desses livros e os eliminou quando recopiou a bíblia do alemão para o próprio alemão (ele não traduziu a bíblia como é dito pelos protestantes).
A bíblia não surgiu de uma única vez, começou a ser escrita por volta de  1.250 A.C. Não foi escrita em um único lugar, e sim em vários. Grande parte do A. T. e do N. T. foram escritos na Palestina, outras partes foram escritas na Babilônia, outras no Egito, algumas do Novo Testamento na Síria, Grécia, Ásia MenorItália.
Não foi escrita em uma única língua, os originais aparecem em três línguas diferentes, o A.T. em Hebraico (língua da Palestina), parte do Antigo Testamento foi escrito em Aramaico, o livro da sabedoria e todo o Novo Testamento, foram escritos em Grego.
Esta diferença aconteceu porque no século terceiro A.C. foi feita no Egito uma tradução do A. T. em língua Grega, denominada setenta (porque foram setenta e dois sábios que a traduziram). A tradução dos setenta ficou maior que a tradução Hebraica porque comtemplou os livros que os judeus não consideravam inspirados. Os apóstolos preferiram a tradução Grega, era a língua popular falada por todos, isso facilitou o conhecimento e a divulgação da Palavra de Deus. Já os protestantes preferiram a tradução  Hebraica que não comtemplava os sete livros, pois como os judeus antigos não os consideram inspirados pelo Espírito Santo.
Para criar polêmica com a Igreja, Martin Lutero ao recopiar a bíblia da língua alemã para a própria língua alemã, rejeita os sete livros, que foram aceitos pelos apóstolos, aí  esta a grande diferença.
A Igreja católica se define como apostólica, porque segue o costume dos apóstolos, como este de aceitar todos os livros que compõe a bíblia como profundamente inspirados pelo Espírito Santo.
Em 393 o Concílio de Hipona define pela 1ª vez a lista dos livros sagrados, entre eles os 27 do N.T. e definiu como canônico aqueles que constam a mais na Bíblia Católica e desde a antiguidade foram acolhidos pela fé e pela prática dos apóstolos.
Em 419 esse conjunto de livros que forma a bíblia, torna-se usual na tradição cristã, foram reafirmados em 1442 no Concílio de Florença, depois no Concílio de Trento em 1546 e 1870 no Vaticano I, também em 1965 no Concílio Vaticano II. Esta é a verdadeira Bíblia.

Padre Antonio Gouveia

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