Plantada no chão e regada no sangue de Jesus, A CRUZ se eleva do pó da terra para as alturas celestiais, é a arvore da vida cujo fruto pendente, o Cristo Jesus não é mais proibido (como foi o fruto da árvore do paraíso), mas oferecido como pão à todos que querem saciar a fome de amor, fé, justiça e paz.
Assim como o pão feito do trigo é sovado e muitas vezes batido e amassado, Cristo o pão da vida, também passou por este processo todo, o seu sofrimento foi a preparação do alimento que sempre existirá (eucaristia), o pão da vida.
Jesus apresentado como servo sofredor, esvazia-se e se faz pão para os fracos e oprimidos pelo pecado, pela fome de amor e compreesão, "Este é o meu corpo, comam". Seu sangue é a seiva real, a bebida enebriante, o vinho novo da alegria eterna, a própria vida em Deus. "Este é o meu sangue, bebam", tudo de si é oferecido de forma gratuita e generosamente semeado para o bem de todos.
Comer o corpo de Jesus, é formar comunhão e vivenciar a eucaristia. Beber o seu sangue é mergulhar no mistério da comum-união (comunhão) do céu com a terra, dos homens entre si, tornando-se uno pela ponte sagrada: a cruz. Assumir, envolver-se com a proposta de Jesus na edificação de uma humanidade fortalecida e nutrida no alimento do amor, o pão da unidade, deve ser resultante da fé que abraçamos.
A transcedência deste evento (crucificção, morte e ressurreição de Jesus) é testemunhado por muitos. A ressurreição na manhã do domingo da passagem para a vida (páscoa), o sepulcro vazio, pois o mesmo não tinha como segurar o corpo de Cristo, há tempos Ele já havia se doado para o bem de todos.
O susto dos discípulos que não podiam ainda compreender, mas rompendo a expectativa do acontecido, a ressurreição de Cristo, foram aos poucos sentindo e crendo que Jesus é o Senhor dos vivos e dos mortos, o primeiro dos ressuscitados. Não há mais morte e sim ressurreição, e a morte o grande tormento não é mais fim. Podemos afirmar: até para a morte tem jeito, este jeito é exatamente a ressurreição, fato fundante da fé cristã e sobretudo católica.
Padre Antonio Gouveia
Padre Antonio Gouveia
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